CAPITULO 3

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Sair do escritório da investigadora de chifres foi como se estivesse finalmente tendo a minha libertação, de um atraso na minha vida que finalmente iria acabar.

Decidida a continuar com isso peguei no GPS o endereço da empresa do outro corno que estava no meio da história. Fuxiquei o Instagram dele mas só tinham fotos esquisitas de uns vidros artesanais bem diferentões.

Então só sabia o nome em questão do homem.

Dirigi mais calma e com a raiva controlada, todo o percurso fiquei me lembrando do quão óbvio o meu relacionamento já tinha acabado a vários meses. Poderia estar triste, magoada, me questionando o que aconteceu para ele ter feito o que fez, e todo tipo de sentimento normal que uma pessoa teria ao descobrir uma traição, mas aparentemente isso nunca funcionou comigo, todos esses sentimentos se transformam em raiva líquida e pura, que percorrem meu sangue como se fossem lavas de um grande vulcão em erupção.

****

Ao parar na frente da faixada da sua empresa eu vejo o quão o desing é diferente e inovador, o prédio era todo estranho feito de vidro espelhado, uma forma geométrica que nunca vi um prédio antes ser, era enorme.

Estacionei o carro ao lado calçada e sai impressionada com a arquitetura ao redor.
Respirando fundo, dei os primeiros passos até a grande entrada de vidro.

Fico chocada que nunca vim para esse lado da cidade antes. Ao entrar é até perturbador de ver que quase tudo é feito de vidro, desde o balcão das recepcionistas até as cadeiras.

Em todo local tem umas artes de vidros como se fosse uma galeria para que as pessoas apreciarem o desing esquisito. Vou até às recepcionistas decidida a encontrar com o dono da porra toda.

— Boa tarde, teria como eu... Hum... Ter uma reunião com o senhor Ducan? — Perguntei incerta.

— Bom... — Uma das meninas cutuca a outra nada discreta.

— Desculpe a pergunta, mas a senhora é a Pérola? Tipo... A Pérola — Aceno com a cabeça dando um sorriso amarelo. 

Uma mulher se aproxima de mim e nem parece que me ve, ja vai se direcionando para as meninas do balcão.

— Pelo amor de Deus, estou quase morrendo — Ela diz se escorando no balcão. 

Pelas suas vestes e o tablet em suas mãos eu ousar a chutar que o cargo dela seja secretaria. Uma das meninas pigarreia apontando seu queixo na minha direção. A moça arregala os olhos ao me ver parada olhando-a com uma cara de cu que eu sei fazer quando estou no escritorio.

— Perdão senhora, eu não tinha lhe visto aqui — Deixo meu comentario acido ser engolido.

— Meu Deus! Eu amo a sua editora! — Dando um sorriso mais pessoal para a moça do outro lado eu a encaro com a sua impolgação.

— Obrigado.

— Essa é aquela moça que eu te falei, a dona da editora dos livros que eu leio — A recepcionista diz para outra.

— Aqueles livros de putaria? — A que lê reconheceu rapidamente olha para mim.

Pelos seus olhos arregalados percebo que tema pela minha reação, mas estou tão tranquila quanto poderia estar.

— E o que a senhorita deseja? — A suposta secretaria pergunta.

— Um encontro com o senhor Ducan.

— Ah... Sinto lhe dizer, mas no momento o senhor Ducan está ocupadíssimo com uma obra de arte. — Aceno com a cabeça lentamente.

Bom...

A VINGANÇA É DOCE - Duologia Vingança - Livro 1  Onde histórias criam vida. Descubra agora