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OS BARULHOS ABAFADOS DOS TRILHOS
me davam o mínimo de reconforto, era bom sair da pressão de Hogwarts, mas minha companhia era ainda mais intimidadora.

── Você tem certeza que seus pais não vão achar ruim ou...estranho? – indaguei.

Os olhos calmos da Granger saíram da janela, caminhando até minha figura.

── Não precisa se preocupar Nella – o apelido meticulosamente escolhido me deu um certo reconforto, enquanto Hermione se deixava levar para um ar brincalhão – É capaz deles te tratarem melhor do que a própria filha.

── Não tem irmãos?

── Não, consegui me livrar dessa maldição.

Então riu, um riso contagiante que logo se espalhou por toda a cabine, me fazendo rir também.

[...]

Meu olhar se prendia a qualquer coisa da cidade.

── Eu não posso acreditar que nunca andou por Londres – a garota fala em tom de indignação, andando rapidamente pela calçada, arrastando as malas.

── Na verdade já andei sim.

── Apenas para estação? – questionou, enquanto respondi em um murmúrio – Ah, claro.

Continuamos a andar, virando esquinas, Hermione constantemenge olhava para trás, para ter certeza que eu ainda a seguia.

Após alguns minutos chegamos a uma parte mais calma, enquanto ela subia alguns degraus até uma porta.

A casa era bela e simétrica, mas claro que não chegava aos pés da mansão Malfoy, mas eu podia sentir um ar mais confortável do que minha própria casa.

── Ah, querida, que saudade – a voz doce pegou a atenção de meu olhar, logo vi Hermione abraçada com a mulher mais velha.

Então cochicharam, e a mulher logo me olhou.

── Vamos, entrem – ela inclinou a cabeça levemente para o lado, me fazendo andar até a casa.

── Obrigada senhora Granger – murmurei.

── Não precisa agradecer, qualquer visita é bem vinda, sinta-se em casa.

Hermione subiu as escadas, enquanto me chamava com um gesto.

── Você fica toda quieta perto da minha mãe, nem parece a Odessa que conheço – ela solta um riso zombeteiro, abrindo a porta do próprio quarto.

── Eu não poderia provocar a sua mãe assim como faço com você – encolhi os ombros enquanto recebi um empurrão leve – E onde está seu pai?

── Provavelmente trabalhando – respondeu – Pode deixar suas malas aqui no canto.

Dei alguns passos pelo quarto, deixando minhas malas assim como Hermione havia dito.

── Podemos dar uma volta, se quiser, tem uma livraria bonita a alguns quarteirões.

A observei se sentar na cama para tirar os sapatos.

── Acho que não trouxe dinheiro...

── Hipócrita para alguém que se dizia ser bilionária.

[...]

Nunca fui a maior fã de livros, mas lá eu estava, passando as mãos pelos rótulos chamativos da sessão jovem adulto.

── Odessa! – Granger logo apareceu animada, com um livro em mãos – Olha só esse, acho que vou levar.

Ela me estende o livro, "O Amor Não É Óbvio", era uma capa bonita.

── Romance besta, bem a sua cara – levantei o olhar para Hermione, a qual revirou os olhos ironicamente.

── Não quer levar nada?

── Acho que não.

── Escolha um livro logo, eu pago.

Desviei o olhar para os livros, e agarrei o primeiro que tinha pregado meu interesse "É Assim Que Se Perde A Guerra Do Tempo", eu ao menos li a sinopse

Dont Wanna Call It Love - HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora