S/n foi bastante traumatizada quando mais nova pelo abandono paterno, convivendo apenas com sua mãe que virou seu alicerce. quando atingiu a maioridade procurou por empregos de meio período aonde ela possa ajudar sua mãe a pagar as despesas de casa...
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— Aonde vamos? - ela sussurrou.
É estranho, porque é a primeira vez que estou saíndo com uma garota desde que aconteceu tudo aquilo... De certa forma esse dia iria chegar, me sinto nervoso.
Mas quando estou ao lado dela, tudo fica mais tranquilo. Seu jeito de olhar para mim e seu sorriso acalma o caos que habita no meu interior.
Estamos indo para uma barraquinha de guloseimas, eu queria levá-la para outro lugar, um lugar mais aconchegante.
Mas ela disse para não me preocupar com isso. Estou meio sem jeito, sera que estou me saindo bem?
— Sobre seus amigos...- quando tentei falar ela deu um sorriso e balançou a cabeça que não.
— Estamos em um encontro, quero aproveitar bastante esse tempo a sós com você. - ela baixou a cabeça envergonhada.- vamos falar sobre coisas que acrescenta em nossas vidas.
— Esta certo, desculpa.- dei um sorriso tímido.
Estamos tomando sorvete tarde da noite, andando lado a lado. Quero muito pegar na mão dela, mas estou com medo dela achar ruim.
Fui surpreendido por ela segurando na minha mão, Estamos andando de mãos dadas. Meu sorriso estava estampado no rosto ate se desfazer.
Vi alguns caras pra quem eu trabalho na esquina, passei por eles de cara fechada, ficaram olhando para ela dos pés ate a cabeça.
— esta ficando tarde não é? - ela perguntou olhando para o lado.
— Sim, está.- forcei o sorriso.
Chegando na porta de casa depois de andar um pouco, meu celular vibrou. Ela estava girando a chave da porta quando olhei a mensagem.
—"Não sabia que nosso melhor assassino de aluguel tinha uma família."- engoli seco a saliva.
— Toji? Por que essa cara? - ela perguntou.
— So estou cansado, não é nada.- dei um sorriso forçado.
Chegamos em casa, As crianças estão na mãe dela e a casa está vazia. Deixei a minha vida exposta demais hoje, não deveria ter feito isso! Será que eles me seguiram?
— Você esta com fome? - ela perguntou.
— Comprei um vinho para a gente beber hoje, quero aproveitar a noite com você.- ela arregalou os olhos.
— Vinho? - vi ela tímida.
Peguei duas taças, ela sentou no sofá. Sentei ao seu lado e coloquei vinho para nós, ela é tão tímida e sem jeito. Me tira sorrisos bobos.
— Ta calor aqui, ne? - ela sussurrou e vi tirando seu casaco.
— O vinho te deixa com calor? - dei um sorriso.
— Estou soando frio, é culpa do vinho? - ela começou a da gargalhada.
(...)
Já é de madrugada, umas 3 horas por ai. Secamos a garrafa de vinho, ela esta sentada de cabeça baixa, com as bochechas vermelhas.
