Palavras, palavras, pralavras
Eu as digo até chegar ao teu entendimento
Mas quanto mais eu falo
Só jogo palavras ao vento.
Seus ouvidos, estão tampados
E seus olhos vendados
Mas diz com tanta certeza
Algo que nunca foi visto ou escutado.
"Eu te amo"
Você diz para mim
Mas eu não entendo
Quem que ama assim?
Antes, temia o vento
Seus assovios fantasmagóricos me traziam pavor
agora virou conforto
Pois sei que és o único ao ouvir meu clamor.
Hoje temo suas palavras
Temo seu olhar sobre mim
Magoei-me de tanta formas
Mas nunca quis o fim.
Palavras cuspidas em minha cara
Como pedras lançadas
Sua voz, me perfura
Como uma dura facada.
Tudo mudou tão rápido
Seus beijo, se tornou frio
O seu falar, ríspido
Esse amor realmente existiu?
Não acho que tens a culpa
Na verdade, eu sou a real causadora
Pois pelo que você fizera
Eu abaixava a cabeça e lhe pedia desculpa.
Sinto raiva
Raiva de tudo, raiva de mim
Pois, tudo que eu vivenciava
Fui eu que permiti.
Mas que droga
Eu ainda te amo
Mas desde quando o amor se tornou uma carga?
Não quero este cargo
Apenas os meus versos
onde me entrego e te trago
Para o fundo da minha mente, que anseia mais um trago.
Penso em ir até você
Sair correndo na rua descalça
Tenho muito a dizer
Mas agora ao vento, só jogo fumaça.
