Como não te amar |° vs jikook

capítulo 15

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Os horários passaram lentamente e, quando a aula de biologia chegou, e eu estava batendo os pés sob a carteira. Mesmo depois de demoradas observações de corredores entre as aulas e eventuais passeios em frente às salas que eu sabia que Jimin tinha aula, não o tinha visto nenhuma vez a manhã toda. 

E ali estava eu, na aula de biologia, a única que eu tinha com ele. Quase todos os alunos tinham chegado, mas sua cadeira continuava vazia no fundo da sala e eu estava a ponto de sair dali para procurá-lo de tão grande a minha preocupação. Nenhuma das minhas mensagens foram respondidas por ele e as ligações nunca eram atendidas.

Um pensamento me assombrava: será que Kay tinha feito alguma coisa com ele para se vingar da humilhação que eu o fiz passar alguns dias antes? Se não, onde estava Jimin naquele momento e, por Deus, por que ele não tinha me respondido nenhuma vez?

Minhas pernas batiam tão forte que toda a carteira tremia e meu coração estava disparado. Nosso professor começou a aula, mas meus olhos continuavam a desviar em direção à porta, esperançosos de que, mesmo atrasado, Ji passasse por ela.

- Cara, você vai acabar quebrando a cadeira se continuar assim. - Disse Taehyung, batendo sobre o meu ombro. - O que aconteceu?

- Nada. - Desconversei, ignorando o olhar do meu melhor amigo. - Só estou irritado porque essas aulas parecem nunca terem fim.

- Hum. - Foi sua resposta.

Claramente, ele não tinha acreditado em mim, mas deixou o assunto morrer, vontando a conversar com Yoongi. No entanto, eu sentia seus olhos se voltarem para mim de minuto em minuto, sempre checando se eu ainda estava tão nervoso quanto antes. E eu sempre estava, pois não conseguia desviar do pensamento de que algo ruim havia acontecido com Jimin.

Por isso, o restante do dia passou como se estivesse em câmera lenta e eu não conseguia passar mais de cinco minutos sem checar o celular, na esperança de ter obtido alguma resposta. Mas a tela continuava vazia: apenas as minhas mensagens repousando, solitárias, em uma conversa de um só.

Foi quando tive a certeza de que algo ruim havia acontecido realmente. 

Quando o sinal para o fim das aulas finalmente tocou, nem me despedi dos meus amigos antes de correr para o carro. Saí do estacionamento às pressas e dirigir a toda velocidade até a casa do menino de olhos azuis. Parei no mesmo lugar de sempre e saltei, andando até a porta de entrada e tocando a campainha seguidas vezes.

A casa estava presa em um silêncio absoluto e, por alguns segundos, acreditei que ela estivesse vazia. Entretanto, pouco depois, ouvi o barulho da fechadura sendo destravada e me deparei com Sayure, segurando uma pequena e chorosa Minjin nos braços. A menininha tinha os dedos do ouvido e apertava os olhos fechados com força, o rostinho apoiado sobre o ombro da mãe.

Desespero. 

- O que aconteceu? - Quase berrei, entrando na casa sem nem mesmo pedir permissão. 

Vasculhei com os olhos a sala de estar e a cozinha, os dois cômodos divididos somente por uma parede baixa de mármore. Sem ter nenhuma visão de Jimin, andei em direção à escada, e quando estava prestes a pisar no primeiro degrau, fui detido pela voz rouca e indescritivemente triste de Sayure.

- Jungkook, não sei se é realmente bom você ir lá agora.

Meu coração despencou, quebrando-se em milhares de cacos pelo chāo. O que ela quer dizer com isso?