14 - CAPÍTULO - BARGANHAS DO DESTINO

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Cenas e diálogos retirados da série.
Perdoe-me os erros gramaticais.

Algumas situações foram adaptadas para melhor entendimento da fanfic. A linha temporária também foi alterada para dar prosseguimento à estória da Alyssa com Aemond.

 As tensões em Porto Real eram indescritíveis. Rhaenys olhava a grande árvore de folhas avermelhadas, novamente, ela não seria ouvida, seria jogada em meio as víboras dos Hightower e provavelmente perderia sua voz ali em meio aos nobres. No entanto, ela ainda sim, teria que tomar partido de um lado, Vaemond estava certo em exigir seu direito por sangue, porém, Baela agora era casada e a gêmea mais velha de Laena, e agora, esposa de Jacaerys Velaryon, filho de seu doce Laenor, bom, Corlys havia lhe dito anteriormente que a história se lembrava de nomes e não do sangue, no começo havia sido difícil aceitar, mas sua neta mais velha, sua herdeira, havia lhe feito uma proposta em nome de Rhaenyra, um casamento entre Baela e Jace que garantiria que a casa Velaryon continuasse por muitos e muitos anos no poder do Trono de Madeira.

— Princesa Rhaenys — Rhaenyra a chamou, ela voltou-se para a sogra de sua neta e a encarou com seriedade — Eu me perguntei por muito tempo qual era propósito em vir aqui. Se seria a favor ou contra à questão que sir Vaemond trouxe. Mas depois, eu percebi que sua intenção era advogar em seu próprio nome. Este não é um processo justo, é uma armadilha. — Rhaenys olhou-a de cima a baixo em um breve julgamento — Armada pela rainha e pela Mão, aposto, para proclamar a ilegitimidade do meu filho!

Rhaenys esboçou um sorriso sarcástico com as palavras de Rhaenyra, ela não odiava a herdeira do trono, afinal, ela foi capaz de lhe dar uma neta excelente e netos maravilhosos, mesmo que alguns não fossem de sangue em si. No entanto, Rhaenys acreditava que Laenor havia perecido pelas mãos ardilosas de Daemon em nome de Rhaenyra, isso a deixava furiosa de fato.

— E vocês fizeram muito pior com Laenor — Rhaenys suspirou e a encarou — Você não acha?

Aquilo pareceu baquear Rhaenyra, fazendo puxar uma respiração lenta sem saber o que dizer de fato, apenas, ser honesta com a situação que se estabelecia ali.

— Eu amava seu filho — Rhaenys soltou um riso debochado diante daquelas palavras — Pode não acreditar que seja verdade, mas eu o amei! Eu não encomendei sua morte, tampouco fui cúmplice, juro para você.

Rhaenys sequer a olhou, simplesmente lhe deu as costas, mas antes que pudesse partir, Rhaenyra usou sua única carta na manga.

— Questionar a legitimidade de Jace, significa questionar novamente a legitimidade de Alyssa — Rhaenys parou de andar, ainda de costas disposta a ouvi-la — Significa anular a união de Baela e tirar-lhe seu direito como a nova senhora de Driftmark.

Rhaenys odiava ver que Rhaenyra tinha razão. Casou suas netas muito cedo para lhes garantir uma vida e seu direito, e agora, com seu marido acamado à beira da morte, tudo poderia ruir para sua família. Ela amava suas netas e seus netos, eles lhe trouxeram alegria e boas lembranças de Laena e Laenor e, agora, em questão de segundos tudo poderia lhe ser tirado.

— Parece desesperada princesa, mas ainda sim tem razão — Rhaenys virou-se para encará-la por cima dos ombros — No entanto, não fará nenhuma diferença. Tente me convencer o tanto que quiser, traga minhas netas nessa conversa para amolecer minha decisão. Mas lembre-se que amanhã os Hightower poderão ser bem sucedidos em suas investidas. Eles podem te colocar de joelhos e, colocar minhas netas também, sabemos que não posso depender de você.

Rhaenyra sabia. Rhaenys sabiam. Todos sabiam que a qualquer momento sua coroa invisível poderia cair, mas, se fosse necessária, Rhaenyra abdicaria de seu direito em prol de sua filha, ela merecia tanto quanto a herdeira do trono.

𝑮𝒉𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒔 ❦ 𝑨𝒆𝒎𝒐𝒏𝒅 𝑻𝒂𝒓𝒈𝒂𝒓𝒚𝒆𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora