Não lembro muita coisa de ontem no banho, acabei dormindo pelo visto. Acordo do lado do Luther. Me sento na cama, agarrada aos lençóis. Não sinto nada, então ele não deve ter feito nada comigo enquanto eu dormia. Assim eu espero.
— Fique calma, só dormimos — ele se espreguiça ao meu lado, totalmente lindo, olhos inchados e cabelos bagunçados, e peito a mostra e quando os meus olhos descem mais, consigo ver a barraca em sua calça de moletom, desvio os meus olhos rapidamente. Merda. Ele percebeu meu olhar, sorri. — Apenas isso... não sou um violador. E, além disso, tem a questão de que se for minha terá que ser dos meus irmãos também.
O quê? Eles dividem as mulheres...
Ele passa a mão pelo meu rosto em uma carícia. Fico nervosa quando ele tenta pegar a minha mão e levar até o seu pau, rindo com eu puxo a minha mão assustada e tento me afastar dele. E que pau ele tem, não pude deixar de notar ontem, enquanto ele se levantava para pegar as toalhas para nós dois.
Mas o quê?
— Dividimos tudo, menos mulheres... até agora. — Então eu seria a primeira... — Parece que você tem algo que nos instiga a querer experimentar — Luther passa a língua do meu ouvido até os cantos dos meus lábios. — Não adianta se desesperar e correr, isso vai acontecer, uma hora ou outra. Você é nossa agora. E queremos tudo o que pudermos ter. Então... vai ser aqui ou lá embaixo, Feyra?
— O... o q... quê? — pergunto, engolindo em seco.
— Tomar o café da manhã — ele me responde risonho.
— A... aq... aqui. — respondo, não sei que quero ter que encarar os olhos que me olharam com nojo e encontrar o Heros, seu olhar sobre mim me dar calafrios.
Caí na toca do lobo, ou melhor dizendo da matilha.
— Mas cedo ou mais você terá que descer meu amor, mas se quiser permanecer trancada aqui dentro desse quarto, fique a vontade. — ele se levanta, se espreguiçando e me deixa focada no músculo de suas costas. — Só achei que após dias trancada naquele porão, iria querer descer um pouco.
Ele dá de ombros e faz seu caminho até a porta do quarto, pulo da cama.
— Espera! — digo, o parando, ele sorri de lado — Preciso ir ao banheiro primeiro, lavar meu rosto e de uma escova para escovar os meus dentes.
Ele passa por mim, me dando uma piscadinha e me leva até ao banheiro, me entregando uma escova de dentes novas, antes de sair e me deixar a vontade. Ao voltar para o quarto, vejo-o sentando na sua cama com o celular na mão.
— Agora é a minha vez! — ele me dá outra piscadinha e vai até o banheiro sem se importar de fechar a porta, desvio meus olhos da porta e olha para o seu quarto reparando em coisas que não consegui reparar direito ontem.
Descemos para o café da manhã, encontrando todos os seus irmãos sentando a mesa, menos o de olhos verdes translúcidos, Heros.
É dele que tenho mais medo. Seu olhar é sempre tão frio e cruel.
— Uau! Agora, sim! Nem parece a mesma garota de antes — o moreno de cabelos negros, Zedekiah. — Me devolve um sorrio e olhar lascivo, e todos os meus instintos me dizem para ficar bem longe dele.
E que cozinha a casa toda era enorme e com tons escuros, deixando ela elegante e um pouco sombria. A casa tem muito deles, mas não foi apenas nisso que reparei a cada cante sempre tinha uma arma escondida em algum lugar. Com acessos discretos mais de fácil manuseio, talvez para caso deles terem um ataque inimigo a sua casa ao serem pegos desprevenidos.
Meus olhos percorrem as pessoas com quem mal tive contato nos últimos dias. Todos têm tons semelhantes de castanho nos cabelos, exceto Heros, que possui cabelos loiros escuros com algumas mechas mais claras, e Zedekiah, cujos cabelos são tão negros quanto a noite.
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Desejo Ardente
Roman d'amourFeyra, uma jovem aventureira, encontrou-se nas ruas frias de Moscou, apenas explorando a cidade, quando o destino a colocou no lugar errado na hora errada. Ao virar uma esquina, ela se deparou com uma cena de crime em um beco escuro. Testemunha ines...