Gelo e Fogo: Rivalidade Ardente!

Capítulo 2

Monólogo de Ethan.

(Enquanto a festa continua em um frenesi de risos e música ao fundo, Ethan se encontra sozinho no quarto, olhando pela janela com uma expressão contemplativa. Ele começa a falar, a voz baixa e carregada de emoção, como se estivesse conversando com a própria alma.)

Eu sempre me perguntei, no meio de toda essa opulência, se alguma vez eu encontraria algo que fosse verdadeiramente meu. Na agitação constante dos eventos, no brilho das luzes e no eco dos risos, há uma sensação de superficialidade que não consigo ignorar. Mas hoje... hoje é diferente.

Quando nossos olhares se cruzaram, algo mudou. Não era apenas o brilho dos olhos dela, não era apenas a forma como ela se movia, com uma graça que parecia desafiar o mundo ao nosso redor. Era a forma como eu me senti – como se, naquele momento, tudo o que eu tinha conhecido fosse apenas uma preparação para o que estava por vir.

Eu a conduzi para este quarto, não porque eu quisesse fugir da festa, mas porque eu precisava de um espaço onde o mundo exterior pudesse se desvanecer. Aqui, longe dos olhares e das conversas vazias, tudo se torna mais real. Eu a vejo, e é como se eu estivesse vendo o mundo pela primeira vez. Cada detalhe dela – o jeito que seu cabelo cai, a forma como seus olhos brilham – é como uma descoberta, uma revelação do que eu realmente desejo.

Quando nossos lábios se tocaram, foi como se o tempo tivesse parado. O beijo começou suave, quase como um sussurro. Mas logo se transformou em algo mais profundo, uma troca de sentimentos que parecia transcender a mera fisicalidade. Cada toque, cada suspiro era uma declaração silenciosa, uma linguagem de desejo e carinho que falava mais do que qualquer palavra poderia expressar.

Enquanto a festa continua lá fora, aqui, neste refúgio, eu me sinto em paz. Não porque estou longe do barulho, mas porque estou perto de algo que parece verdadeiro. Melinda, com cada beijo e cada toque, você me mostrou que há algo além da superfície, algo que vale a pena explorar. Sua presença é uma melodia suave em um mundo de ruídos, uma nota de sinceridade em uma sinfonia de falsidade.

E enquanto nossos corpos se encontram e nossas almas se entrelaçam, eu percebo que talvez, finalmente, eu tenha encontrado o que estava procurando. Um refúgio não apenas do mundo, mas de mim mesmo – um lugar onde posso ser verdadeiro, onde posso sentir profundamente, onde posso encontrar algo que seja verdadeiramente meu.