Gelo e Fogo: Rivalidade Ardente!

Capítulo 4

Memórias ao Volante.

O sol da manhã havia dissipado as sombras da noite, e Melinda dirigia por uma estrada tranquila, o carro deslizando suavemente sobre o asfalto. O volante era um familiar ponto de contato, mas, hoje, ele parecia conduzi-la mais para dentro de si mesma do que para qualquer destino físico.

Com o rádio tocando uma melodia suave, as notas se misturavam com o som do vento que entrava pelas janelas ligeiramente abertas. Melinda ajustou o espelho retrovisor e, ao fazer isso, um sorriso suave surgiu em seus lábios. Era um sorriso que parecia iluminar não apenas seu rosto, mas também o interior do carro, preenchendo o espaço com uma luz interior.

Enquanto dirigia, sua mente se perdia nas memórias da noite anterior, cada lembrança trazendo um calor reconfortante. O toque dos lábios de Ethan, os beijos compartilhados, a intensidade silenciosa que parecia preencher cada espaço entre eles – tudo isso ressoava em sua mente com uma clareza inesperada. Era como se cada momento tivesse se gravado em seu coração, uma sinfonia de emoções que ela não conseguia deixar de revisitar.

Ela se lembrava da forma como Ethan a olhou, o brilho em seus olhos refletindo uma profundidade de sentimentos que parecia quase tangível. Os toques dele eram uma promessa, cada beijo uma declaração silenciosa de algo mais do que apenas desejo. Havia uma sinceridade nas carícias e nos olhares que parecia falar de uma conexão que ia além das palavras.

Melinda soltou um suspiro leve e satisfeita, o sorriso se ampliando. Ela girou o volante com um movimento gracioso, o carro fazendo uma curva suave. Cada curva e cada reta da estrada pareciam alinhar-se com o ritmo das memórias que dançavam em sua mente. A alegria de recordar aqueles momentos era uma melodia própria, um lembrete do calor e da intimidade que havia compartilhado.

Enquanto as paisagens se desenrolavam ao longo da estrada, Melinda sentiu que o mundo ao seu redor se tornava uma extensão das emoções que carregava. O vento fresco que entrava pelas janelas parecia trazer consigo ecos das palavras e promessas da noite passada. A luz do sol iluminava seu rosto e preenchia o interior do carro com uma aura dourada, quase como se estivesse celebrando sua alegria interior.

O destino não parecia importar tanto quanto o caminho percorrido e as memórias criadas. Melinda dirigia com uma sensação de contentamento, um sorriso tranquilo refletindo a profundidade de seus sentimentos. A noite com Ethan havia sido mais do que uma simples experiência; fora um vislumbre de algo verdadeiro e profundo, algo que ela carregaria consigo, uma melodia suave que continuaria a tocar em seu coração muito depois da viagem ter terminado.