Capítulo 6

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Meu mau humor me acompanhou até a academia no domingo de manhã. Felipe estava com seu jeito brilhante e alegre de sempre, sorrindo quando me viu. — Eai!

— Eai. — eu respondi de volta.

Ele claramente percebeu minha falta de brilho e franziu a testa por um segundo. Seu sorriso desapareceu. — Tudo bem?

— Sim, sim — eu disse, tentando sorrir. — Só estou sentindo pena de mim mesmo. Me Ignore.

Ele parecia um pouco inseguro sobre o que dizer em seguida, e eu odiei tê-lo deixado desconfortável. — Tem certeza?

— Sim. Que tortura você vai me fazer passar hoje?

— Isso depende. Como você está se sentindo ? Ainda dolorido?

— Na verdade, não estou tão mal. Ou estou melhorando ou estou acostumado com a dor. — Para ser honesto, eu ainda estava dolorido, mas com meu coração partido dando um último grito, isso meio que não era nada em comparação.

Tenho certeza de que Felipe viu através de mim porque ele não me pressionou muito. Ele me fez fazer a esteira habitual e o inferno do elíptico, depois fizemos pesos no cabo e na máquina de polia. Quando Felipe não estava comigo, parado ao meu lado, ele estava me observando.

Eu sabia que estava me esforçando. Mas quanto mais eu empurrava, melhor me sentia. Eu podia sentir o estresse deixando minha mente, e quanto mais eu trabalhava meus músculos e fazia meus pulmões queimarem, melhor eu me sentia.

— Ok, isso basta — disse Felipe, efetivamente pondo fim aos meus aumentos na polia baixa. — Ou você ficará dolorido amanhã.

Levei um segundo para recuperar o fôlego e ele travou a máquina. Ele me entregou minha toalha. — Quer conversar sobre isso?

Limpei meu rosto e balancei a cabeça. — Voldemort.

— Ah. — Felipe assentiu com conhecimento de causa. — Achei que poderia ser.

— Você pensaria que depois de oito anos juntos eu poderia merecer uma resposta a uma mensagem, mas aparentemente não.

Ele mordeu o lábio inferior por um momento. — Sim. Você merece uma mensagem de resposta.

— Desculpe, eu não ia falar sobre isso — murmurei. — Mas eu só mandei uma mensagem para ele para dizer que ele pode vir e pegar suas coisas. Não quero mais isso na minha casa. Mas não, nem mesmo uma resposta de uma palavra. Talvez Anne estivesse certa. Talvez eu devesse incendiar tudo isso. Na verdade, se eu não tiver notícias dele até a próxima sexta-feira, é exatamente isso que farei.

— Você vai colocar fogo em tudo?

— Yep. Não dentro de casa, é claro, mas com uma queima cerimonial lá fora.

Felipe assentiu pensativamente. — Claro.

Deixei escapar um suspiro. — Acho que estou na fase de raiva do processo. A negação não durou tanto quanto pensei que duraria.

Ele me deu um sorriso triste. — Lamento que você esteja passando por isso.

— Me desculpa que minha amiga Anne te mandou um monte de perguntas inadequadas. E não eram coisas que eu queria saber em si, apenas perguntas para as quais não tinha respostas quando ela perguntou.

Ele estava sorrindo genuinamente agora e fez os alongamentos habituais comigo. Quando ficamos quietos por um momento, ele disse: — Anne parece legal.

— Ela é.

— Ok, passe o braço sobre o peito para mim; sinta-o esticar o ombro. — Eu fiz o que ele disse, então ele perguntou. — Qual é a história da Anne?

O Peso de Tudo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora