A incrível Babá (2° Temporada)

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Marília Mendonça narrando

Falta uma semana para o aniversário do Mathias, vou ligar mais tarde pra Maiara pra saber o que vamos fazer, se ela já tem alguma coisa em mente.

Bom, desde aquele dia, a quase 20 dias não nos falamos mais direito. Ela vem em casa, vê as crianças, pega no seus dias e apenas isso. Acho que ela não gostou mesmo, mas não posso fazer muito, ela tem que entender que não fiz nada de errado.

E melhor ainda, alguns dias depois, liguei pra Luísa pra gente conversar, e joguei o verde, obviamente colhi o maduro. Luísa disse que as meninas estavam sem show naquela semana, ou seja, Maiara inventou a primeira desculpa pra ir embora aquele dia. Ficando somente o motivo de ciúmes.

Ela ainda está bloqueada por mim, então toda vez que ela liga pra vir pegar as crianças, é pelo telefone fixo aqui de casa, e agora eu vou ter que ligar pelo mesmo.

Disquei o número da mulher, chamou 4 vezes e logo ela atendeu.

*Ligação on*

-Alô? -ela atende

-Boa tarde Maiara. Tudo bem? -pergunto sorrindo.

-Oi Marília, tudo! E você? Aconteceu algo pra tá ligando? -ela pergunta preocupada.

-Fica em paz, tá tudo certo. -dou um riso. -Então, o aniversário do Mathias tá chegando e eu queria te perguntar se já pensou em alguma coisa.

-Conversei com ele esses dias Lila, ele já sabe que iríamos fazer algo surpresa, então pediu que fosse somente a família. -ela ri. -Acho que nossa surpresa falhou.

-Você não contou não é? -pergunto indignada.

-Claro que não, ele deve estar esperando já que fazemos isso direto. -ela derruba alguma coisa. -Porcaria.

-Certo. Quer que eu ligue depois? Parece ocupada. -falo olhando o nada.

-Não magina, ia passar aí mais tarde pra falar sobre isso. Mas pode ser por aqui. -ela diz.

-Não, se quiser vir mais tarde, é melhor. -falo tramando. -Tem que ser na hora que ele tiver na escola ainda, e as crianças na soneca, se não já sabe.

-Não tenho muito tempo então. -ela respira. -chego em 15.

-Certo. Tchau. -falo e encerro a ligação.

*Ligação off*

Obviamente teria que ser pessoalmente, só assim pra eu saber como a mulher está. Claro que tramei tudo dizendo que teria que ser logo, assim ela viria com pressa.

Foi os 15 minutos contatos, deu tempo apenas de passar um café, e ela já batia na porta de casa.

-Entra Maiara. -falo olhando a mesma.

-Oi Lila. -ela me olha sorrindo. -Como você tá? -ela passa por mim.

Qual é? Porque não tentou um abraço? Ela sempre tenta.

-Oi Maiara, tô bem, e você? -falo fechando a porta.

-Bem. Então, sobre a festa. -ela senta no sofá. -Ele me disse que queria apenas a gente da família, nada muito grande, apenas alguns amigos. -ela vai direto ao ponto.

-Ok, mas ele do nada te falou isso? -falo me sentando.

-Foi, falei pra ele que logo alguém ficaria mais velho e ele já veio falando isso, pediu pra eu tentar te convencer a uma festa pequena. -ela sorri. -Você sempre gostou de festa grande.