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Maiara Carla narrando

Como vou explicar pra ela que vai ser difícil ajudar a mulher, o máximo de respeito com a loira, mas santo Deus, fica difícil não olhar.

-Lila sério? -Maiara pergunta tensa.

A loira tenta se levantar e se joga na cama novamente, começa a rir sozinha e tentar tirar seu próprio vestido.

Resolvo ajudar a mulher notando seu nível de embriaguez. Faço ela levantar um pouco se apoiando em mim, puxo o vestido da mulher pra cima com um pouco de dificuldade, tendo em vista que ela é mais alta que eu. Assim que o vestido passa pela cabeça dela, baixo a vista rapidamente passando por todo seu corpo e olhando seus pés, a mulher se agarra em mim para não cair, enquanto pego a blusa do pijama e começo por em sua cabeça.

Depois de muita luta pra deixar a Marília adequadamente vestida, e lutar em tê-la colada em mim sem roupa praticamente, já que estava apenas de calcinha já que o vestido tinha bojo, consegui me desvencilhar dela e colocá-la na cama.

-Mai você tá só me enrolando né? Não vai comprar bebida. -a mulher diz enrolado.

-Não Lila, o que acha de deitar um pouco e depois vamos até lá? -minto fazendo um carinho no seu cabelo.

-Acho uma ótima idéia, vem. -Marília me puxa em sua direção.

-Lila! -me desequilibro e caio na cama. -Brutinha.

A mulher na minha frente ri e me deixa se ajeitar ao seu lado, ficando de frente pra ela. Marília se vira pra mim e fica me encarando, seus olhos estavam mais pequenos devido as cachaças que ela tinha tomado.

-Mai por que ficou sem falar comigo uma semana? -ela pergunta me olhando.

-Estava na correria, meu bem. -minto. -E também queria te dar um tempo.

-Está mentindo. -ela suspira. -Liguei para a Marabrisa. -ela ri do apelido. -Ela disse que vocês não tinham show.

-Fofoqueiras. Peraí, você desbloqueou minha irmã, mas não me desbloqueia? -finjo braveza.

-Isa não me fez nada. -ela sorri amarelo. -E não troca de assunto.

Olho cerrado para a mesma que sorri e pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos bem devagar.

-Talvez, eu tenha ficado com ciúmes do Murilo com você. -falo envergonhada.

-Com ciúmes? De mim? Aiai. -ela debocha.

-Qual a novidade? Sempre tive. -afirmo apertando a mão dela.

-Achei que a ciúmes tinha ido junto com seu amor por mim. -ela fala grogue.

Pensei um pouco pra responder, aquilo me feriu, mas sei que agora ela estava desabafando e provavelmente amanhã não lembraria de nada.

-To procurando. -falo olhando para o teto.

-Procurando o que? -ela olha na direção que eu estava olhando. -eu que bebo e você que endoida. -ela ri.

-Na minha mente, qual foi o segundo que meu amor por você foi embora ou ao menos diminuiu. -falo olhando ela.

-Naquele segundo que você fazia coisa errada. -ela responde rápido.

-Eu aposto, não lembro de nada daquela noite e espero que um dia acredite em mim, mas, aposto todas minhas fichas que naquele momento meu amor por você não era diferente. -falo olhando nos olhos dela. -Agora estou no meu auge, te amar é sufocante, eu nunca deixei de te querer, e você tá me pedindo pra sair da sua vida, e o problema é que é extremamente difícil, amor. -falo acariciando seu rosto. -Desculpa, preciso me acostumar.

A incrível Babá (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora