A incrível Babá (2° Temporada)

°23

Pega fogooooo cambada🔥

Boa leitura💋

Maiara Carla Narrando

Enquanto estávamos no shopping brincando e sorrindo, recebi duas ligações, uma do detetive, outra de um dos meus seguranças. Quando atendi a do detetive, ele dissera que a Bruna estava com planos de sair do país, já que encontraram uma passagem no seu nome para daqui 3 dias. Já o meu segurança, que estava de olho nela todos esse tempo que descobrimos tudo, me disse que a mulher recebeu algumas visitas de homens, escutou algumas coisas quebrar lá dentro e depois os mesmos saíram de lá bravos.

Depois das ligações, eu sabia que iria precisar resolver isso ainda hoje. Falei para as crianças que iria buscar elas mais tarde, o Léo e a Maju não queriam ir embora mas consegui fazer com que eles parassem o chororo e fôssemos embora.

Deixei eles na Marília, saindo da casa da mesma o mais rápido possível, depois de dizer que amo ela. Fui diretamente pra minha casa, precisei fazer algumas ligações e me preparar mentalmente para o que eu fosse fazer.

Fui até meu quarto, coloquei uma roupa mais confortável, deixei meu cabelo solto, tirei toda minha maquiagem , peguei meu fone sem fio, e uma bolsa pequena, apenas pra deixar o necessário, nos pés calcei um tênis da Adidas.

Depois de pegar as chaves do carro, arrumei meu celular no waze para me levar até a casa da mulher, confesso estar mais tensa que tudo, até porque estava cometendo talvez uma loucura, e não saberia qual seria a reação dela.

No caminho, minha mente estava tão longe e conturbada, eu sentia um mix de emoção, ódio e medo. Quanto mais eu me aproximava da casa da mulher, mais raiva eu ficava por lembrar de tudo que passei por causa dela, mas o tempo se fazia presente ao ver que a casa dela era bem afastada da cidade e em um lugar escuro.

Quando estava a 5 minutos do local, liguei para o segurança que estava por ali, pedi pra que ele voltasse um pouco a estrada, pra que assim ela não visse nenhum carro ali por perto, o mesmo fez esperando na beira da pista, e então segui rumo. Assim que cheguei, vi a luz de um cômodo acessa, seu quintal estava acesso também, e tinha alguns cachorros por ali.

Ainda dentro do carro, liguei o gravador, deixei o contato da polícia na ligação de emergência pra que eu apenas tocasse na tela três vezes e então ligasse, o contato de um dos policiais ficou aberto também, apenas pra não correr nenhum risco maior, não pude esquecer de colocar o meu fone minúsculo em uma só orelha. Então eu desci, com a bolsa na mão, meu celular no bolso e fiz minha cara de sofrida.

-Bruna! -chamei a primeira vez.

Os cachorros que estavam ali começaram a latir bravos pra mim, e só pararam quando a mesma chamou atenção deles assim que saiu pela porta.

-Maiara? Tá fazendo o que aqui? -ela diz parada na soleira da porta olhando para os lados.

-Podemos conversar? Eu preciso muito. -falo com o tom de voz baixo.

Me controlei muito pra não grudar a cara dela no asfalto quando ela se aproximou de mim, ela veio até a porteira que eu estava e abriu chamando os cachorros para que eu entrasse.

-Eles não mordem. -ela comenta. -Aconteceu alguma coisa?

-Eu só quero conversar, você é a única que pode me explicar. -falo fingindo segurar o choro.

A mulher assente na minha direção e me chama pra dentro de sua casa. Quando entramos ela me pede pra não reparar, pois estava arrumando as malas pra viajar, e então me oferece uma água, me segurei muito pra não jogar na cara dela o que ela fez comigo quando ofereceu algum copo. Obviamente neguei com a cabeça, nos sentamos em sua sala e ela ficou esperando eu dizer qualquer coisa.