Capítulo 4

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BERNARDO

A tarde voltava para a escola me sentindo mais irritado a cada minuto, quando penso na festa de ontem. Eu sei que Anna Lúcia comprou aquele vestido com os centavos guardados pensando que participaria na festa, mas ela estava tão apetitosa com aquele vestido que o convite ficou entalado na minha garganta. E também, tinha homens na festa, e eu sei como eles pensam quando veem uma mulher bonita, querem atacar ou fazer piadinhas. E também não era só isso, estou irritado com ela, a minha mulher defendeu o Alfredo.

Defendeu-o como se fosse namorada, e eu fui taxado de vilão por causa desse animal. Por acaso eu menti? Ele deveria agradecer por estar continuando morando nestas terras, filho da puta. Desde ganhou massa muscular, está ganhando muita atenção do sexo feminino, na escola só falam dele. Um jovem quieto com ar misterioso e estudioso, por que? Vai ser capacho para o resto da sua vida, e que eu saiba, os capachos não precisam de estudos. Recebem ordens como cão adestrado.

Estaciono a minha caminhonete azul em frente a casa. Quando iria descer, escuto a sua risada. Anna Lúcia sai correndo pela floresta com os cabelos longos e castanho-claro voando com o vento, usando um vestido branco, na sua humilde guarda-roupa tem só vestidos leves e soltos que a sua irmã faz para ela. Trinquei o maxilar quando vi o Alfredo seguindo-a sorrateiramente, é hoje que descubro se eles são amantes.

Saio da caminhonete, e sigo eles.

Meus pensamentos estão ficando cada vez mais crueis por essa mulher, Anna Lúcia não sai da minha cabeça nem que me esforçasse e às vezes a sua imagem bela vem quando estou debaixo de choveiro, como sou homem com necessidades sequer experimentei, aproveito e me toco. Percebi que eles tão indo na direção da cachoeira, eles banham juntos? Que intimidade é essa? Entrei na floresta, caminho devagar e nenhum sinal do Alfredo, que estranho.

Perto do riacho, escondi entre as árvores e observei a Anna Lúcia entrando na água fria. A Anna Lúcia está alheia ao seu redor. Ponho a mão dentro da minha calça, pego o meu pênis e começo a me masturbar, a Anna Lúcia tomando banho de cachoeira. Sou um nojento, essa criança cresceu comigo e do nada a vejo como uma mulher. A água corrente entre as suas pernas brancas e finas. O pano molhado está colado no seu corpo como se fosse a sua segunda pele, seus cabelos estavam todos para trás. Entretanto, dava pra ver os bicos rosados dos seus mamilos endurecidos.

É uma visão extremamente pecadora.

Que pele perfeita de tão macia e lábios carnudos.

Quando percebi, gozei entre os meus dedos. Limpei os dedos na casca da árvore e fechei a minha calça, tenho que sair antes que ela me veja e grite.

— Bernardo? Por que você está aí escondido?

Merda! Ferrou!

Tenho que inventar uma boa desculpa, virei-me, dei um sorriso falso. Comecei a caminhar até chegar lá embaixo, Anna Lúcia está no meio esperando a minha resposta. Engulo a seco, essas gotículas de água deslizando pela a sua pele branca e entrando no decote do seu vestido. Ah, se ela fosse minha, lambia até o seu cu.

Ponho a mão na cintura.

— Eu queria tomar banho, mas vi você.

Ela sorri, ah, seus lábios rosados. Vontade de beijá-los até sangrar.

— Venha, a cachoeira é grande e cabe bastante gente.

Não irei negar o seu pedido, comecei a tirar a camiseta e depois a calça, sobre o olhar inocente dela. Ela não desviou nenhum segundo, será que ela sente algo por mim? Ou é apenas uma curiosidade feminina?

Dou de ombros.

Entro na água, e depois dou um mergulho até chegar nela.

— A água está uma delícia. — Comentou.

Água fria não foi o suficiente para apagar o meu fogo.

— Daqui há duas semanas você estudará fora, está feliz?

— Sim!

Desde o início deveria ter arruinado de entrar nessa faculdade, deixar essa musa para trás o meu coração começa a doer. Muitos homens irão desejá-la, e o meu sangue ferve só de pensar sobre isso.

— Estou feliz por você.

Aproximei-me um pouco dela, puxei para o abraço. Sentir as suas mamas se encostando no meu peitoral, quase gozo, se acalma homem.

— Sentirei a sua falta, chefe. — Digo.

Quando nós estávamos crescendo, a Anna Lúcia começou a trocar "amigo" por "chefe". No início não me importei, mas com o tempo comecei a ficar irritado. Acho que foi na mesma época que comecei a sentir algo por ela. Algo gostoso e excitante.

— Estou aqui quando você precisar.

— Eu sei!

Anna Lúcia afastou-se, ficou me encarando. Ela é tão linda, tão perfeita, carregada de pureza e castidade. Fico surpreso quando ela colocou os seus dedos sobre os meus lábios, carinhosamente começou a passear. Conforme passeava, fechei os olhos, abri a boca e coloquei um dos seus dedos na minha boca e chupei.

A minha maçã proibida retirou os dedos.

— Me desculpa...

Atrás dela, Alfredo observando a gente entre as árvores. Preciso colocar esse animal no seu lugar, e também estou cansado de imaginar como é o sabor dos seus lábios virgens da Anna Lúcia. Agarrei a sua cintura e puxei para mim com firmeza, e a beijei.

UM AMOR DOMINANTE - LIVRO 3 (ANNA LÚCIA E BERNARDO).Onde histórias criam vida. Descubra agora