• História original •
16+ | Das profundezas da escuridão, onde o fogo uma vez queimou com fúria, se erguerá uma figura solitária, envolta em brasas do passado e poeira de batalhas antigas.
O vento do destino soprar-lhe-á ao redor, mas ela permanece...
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420 Anos D.C
Autora
Any vestiu-se com simplicidade: uma calça escura de couro, uma blusa de linho, botas pesadas que abafam seus passos e uma capa com capuz que ocultava seu rosto nas sombras.
Ela havia retirado todas as suas joias, deixando para trás os anéis e colares que denunciava sua posição elevada.
Com um sorriso discreto no rosto, ela se preparou para o que estava por vir.
Com um último olhar para o quarto escuro, ela entrou em uma das passagens secretas que serpentinas sob o castelo.
A umidade nas paredes e o som de seus passos ecoando pelos corredores estreitos a acompanhavam.
Ela seguiu pelo túnel que levava à saída discreta, afastada dos olhares curiosos e atentos dos guardas.
Ao emergir na noite fria, encontrou Josh esperando por ela.
Ele usava uma roupa semelhante: simples, prática e escura, ideal para se misturar nas sombras. Quando seus olhos se encontraram, ambos sorriram de forma cúmplice.
— Josh — ela sussurrou, quebrando o silêncio.
— Any — ele respondeu com um aceno de cabeça.
Os dois se cumprimentaram rapidamente, conscientes do tempo que tinham.
Any olhou ao redor, seus olhos varrendo as ruas vazias à procura de qualquer sinal de movimento.
— Vamos logo — ela disse, a voz baixa e urgente. — Ninguém pode nos ver, e Luke pode acordar a qualquer momento.
Josh assentiu, também varrendo os arredores com os olhos atentos.
A tensão era palpável, e cada som parecia amplificado pela quietude da noite.
O vento soprava gentilmente, carregando o cheiro da cidade e o leve murmúrio das ondas ao longe.
— A primeira casa dos prazeres está a cinco minutos daqui. Podemos começar por lá — sugeriu Josh, sua voz rouca e cheia de antecipação.
Sem dizer mais nada, os dois começaram a caminhar rapidamente pelos becos estreitos e mal iluminados da cidade.
Suas figuras eram sombras entre sombras, deslizando pelos caminhos sinuosos que conheciam tão bem.
As ruas estavam desertas, mas a sensação de perigo era constante, como se a própria cidade estivesse espreitando em cada esquina.
