Conversas e encontros.

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O barulho da bota de Jimin fazia barulho no chão em uma sala silenciosa e ouvinte.
Jimin explicava o conteúdo de matemática para o próximo bimestre sendo que aquele nem havia começado direito.

Minjeong não sabia o porquê nem como havia começado a mexer em seu cabelo, o mesmo estava crescendo rapidamente mesmo com seus problemas.

A Kim enfiou a mão no bolso mais pequeno de sua mochila, tirando de lá um comprimido com ferro para suprir a deficiência de mineral no sangue. Ou vitamina b, mas fácil de dizer.

Pegou o restinho de água em sua garrafa termica e tomou o remédio goela a baixo. Alguns alunos a encararam mas ela nem tinha feito barulho nenhum...

Jimin explicava pacientemente e as vezes levava sua mão até seu cabelo, o acariciando e continuando a gesticular. Vez ou outra colocava sua mão em sua jaqueta e a arrumava, nem que fosse minimamente.
Aquele gesto deixava claro o nervosismo em estar em frente a sala de aula, mesmo que já tivesse anos de experiência.

Jimin quando calou a boca pôde ouvir o sinal do terceiro tempo bater e todos saíram como bichos presos em uma gaiola depois de serem soltos para a natureza.

Minjeong olhou para a porta e depois levou seu olhar até Ning, encontrando o olhar da mesma a chamando.

Minjeong fez o esperado, se levantou e caminhou até Ning, que estava a esperando na porta e sorriu para a outra.

- Pra que era aquele remédio? - perguntou de forma suave, tentando não a assustar pois parecia um bichinho indefeso naquela enorme escola.

- Vitamina B. - disse de forma simples e seguia os passos que Ning trilhava até a fila do lanche. - Mais especificamente... - deixou Minjeong continuar, não tinha experiências com remédios e não sabia quase nada pra oque eles serviam.

Fora os para gripe ou febre, certeza que até quando morar sonha vai ser um desastre mexer com remédios.

- É tipo um ferro para suprir a deficiente de mineral no meu sangue. - pacientemente disse, explicando para a chinesa que não tinha experiência com remédios.

Ning acenou positivamente de forma devagar em concordância enquanto podia ter uma Minjeong caminhando, agora, vagamente atrás de si.

Os olhos da coreana se fixaram em um ponto bem longe de onde estavam, suas íris se tornaram invisíveis no ato vago. A pupila da coreana se fez mais grande quando simplismente entrou em seu mundo.
E só saiu quando Ning a cutucou para sair do lugar.

- Minjeong, você tá bem? - a mesma enroscou seu braço no da chinesa, preferindo ficar calada. Não era nem por questão de problemas, mas abrir sua boca seria cansativo.

Então apenas acenou positivamente para não possivelmente preocupar a ruiva.

A fila andou, andou, e chegou a vez das duas, Minjeong não quis nada mas pelo menos pegou uma trufa, que nem comeu.

[...]

Já era de tarde e ninguém mais aguentava a aula de português. Minjeong poderia simplismente chutar todo mundo ali e rasgar a redação que levou duas aulas para escrever e ainda tirou 5.7 na cara da professora.

Mas decidiu aquietar a bunda na cadeira.
A sala não estava quieta mas era consideravelmente silenciosa, apenas quem terminou falava baixo e eram poucas pessoas.

Minjeong sentiu seu celular vibrar enquanto tinha sua cabeça deitada na mesa, encarando pela baixa janela uma linda árvore de flores roxas, o vento que batia não era bruto, mas sim suave, o suficiente para deixar a paisagem relaxante.

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