CAP. 25

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Lisa estava sentada ao lado de Jennie em uma das banquetas da cozinha, enquanto a ômega terminava de beber um pouco de suco. Nada parecia estar no lugar. Uma confusão um pouco maior do que o esperado se instalou depois que os pais de Thomas souberam sobre a marca de ligação recém-feita, mas todos decidiram que seria melhor esperar pelo fim do cio para uma conversa séria com os dois adolescentes, mesmo sabendo que Benjamin não estaria em boas condições para conversar.

— Senhora Kim? — Lisa virou um pouco o tronco para conseguir enxergar o genro. Thomas estava um pouco acanhado, o rosto vermelho e as mãos trêmulas. — Acabou.

— Oh... — a coreana sorriu para Thomas e esticou a mão para o alfa se aproximar. — Venha até aqui, alfa, sente-se um pouco conosco.

— Como ele está? — a Manobal questionou enquanto servia um pouco de suco.

— Ele está acordado, mas não quer descer — explicou. — Uh, o Benjamin está com medo da reação de vocês, e ele também não consegue me olhar; ele só chora e está fraco demais. — O casal assentiu, incentivando o adolescente a falar. — Eu acho que ele precisa de um médico.

— Você o marcou? — precisava saber, precisava se preparar para lidar melhor com aquela situação. Thomas assentiu inseguro, e Lisa respirou fundo. — Tudo bem, pelo menos ele sabe que não foi rejeitado.

— Eu acho que ele só está assustado com tudo — disse, suave. — Você está bem, Thomas? Está um pouco abatido. Pálido.

— Estou cansado — mordeu o lábio. — Eu não consegui comer nesse último dia; ele não deixou. Bom, o Benjamin quis ficar abraçado, não me deixava levantar; estava tão estranho.

— É normal. Vocês são muito adolescentes, muito. Os instintos geralmente são mais "maduros" do que quem os carrega. Estamos falando da nossa parte animal, a parte irracional, mas ainda assim a parte que melhor sabe lidar com as coisas, e provavelmente ele te marcou em um momento em que os instintos estavam falando mais alto, algo que, com consciência, não faria. E agora a ficha está caindo, porque você tem uma bela marca no pescoço e ele carrega uma também. Vocês estão eternamente ligados, e isso assusta.

— Isso mesmo. Parece assustador de início e realmente é, mas saiba que vocês dois não estão sozinhos. — Jennie esticou a mão e segurou a de Thomas. — Sobre ele ter ficado mais manhoso com você durante o restante do cio, é o medo de ser rejeitado...

— Mãe... — a voz rouca e arrastada chamou a atenção de todos, mas, antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Benjamin foi de encontro ao chão, choramingando pela dor de bater os joelhos.

— Filho! — Lisa se apressou em correr até o ômega, alcançando seu rosto pálido, que estava úmido pelas lágrimas.

— Meu amor. — Jennie também se aproximou de Benjamin e, com um pouco de dificuldade, se abaixou, segurando o rosto do filho. — Não chore, meu doce, está tudo bem.

— Benj. — Thomas também se aproximou de Elliot, segurando sua mão. — Estou aqui, amor. Estou aqui com você, não chore mais.

— Eu estraguei tudo, não foi? — com a ajuda de Lisa, o ômega conseguiu sentar no chão, reclamando um pouco, enquanto teve as costas acariciadas; estavam muito doloridas. — Não queria ter feito isso, não queria. O meu corpo não estava me obedecendo, tudo estava muito confuso e eu achei que ele estava indo embora. Senti que meu alfa estava me deixando e, quando percebi, ele estava marcado.

— Isso explica algumas coisas. — Jennie pediu ajuda a Lisa para conseguir se sentar ao lado do filho. — Vocês dois precisam entender que, apesar da situação ser tensa, vocês não estragaram nada. — a ômega mais velha disse, suave. — Vocês são novos, ainda estão crescendo, mas, apesar de tudo, vocês sentem que é amor. Seu instinto de ômega reconheceu Thomas como seu alfa, meu amor...

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⏰ Última atualização: Sep 19 ⏰

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