2 - Um Dia Normal

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Após toda aquela conversa sobre ir para Auradon, Malévola disse que a minha mãe queria falar comigo, oque me fez ter que ir até o palácio da Rainha de Copas.
Muitos me perguntam como é ser filha da empiedosa Rainha de Copas e como eu aguento viver de baixo do mesmo teto que ela, eu educadamente respondo à pessoa de que ela não vai querer saber.
Após o rei Fera vencer a guerra e mandar a minha mãe pra cá, ele teletransportou o palácio até a ilha, que foi muito bem cuidado pelos soldados de cartas da minha mãe que também foram mandados pra cá, até porquê, eles são como robôs, minha mãe diz que eles não tem sentimentos e que foram mandados pra cá porquê nem a Fada Madrinha conseguiu torná-los humanos outra vez.

Em fim, lá estava eu, de frente aos enormes portões que, na minha segunda batida, se abrem revelando o pátio do palácio, ouço meu nome ser anunciado, e logo em seguida ouço o da minha mãe.

– Sua majestade real. Sua graça. Sua excelência, a magnânima, majestade, imperatriz das maravilhas, a Rainha de Copas.

– Nossa majestade.

Reviro os olhos com toda essa serimonia.
Observo ela se aproximando de mim.

– Oi mamãe.– falo lembrando de Mal

Ela não responde, apenas me olha de cima à baixo e diz:
– Vejo que não se exportou em vestir-se melhor, eu acho essa roupas... ofensivas.

– Queria que ser eu não ofendesse você. – Respondi

Eu à vejo suspirar e dizer:

– Em fim, você já deve estar sabendo da novidade. Você e aquele bando de moleques estão indo para Auradon.

– Sei, e eu não vou.

– Não. Você vai sim!– Ela afirma

– Mas você sempre disse que Auradon é horrível!– Exclamei.

– É, mas com a minha filha lá, pode deixar de ser.

– Aonde quer chegar?

– Você acha mesmo que aqueles baderneiros vão conseguir roubar a varinha mágica da Fada Madrinha? Eles se fazem de durões mais vão se amolecer por aquele lugar, e você vai garantir que isso não aconteça.

– Eu não acho que isso vá acontecer.

– Eu sei muito bem do que estou falando, assim como o coração mais mole pode endurecer, o coração mais duro pode amolecer, não deixe que o seu amoleça!

Abaixo a cabeça para sua fala, desde pequena ela fica me avisando que "o coração mais mole pode endurecer", e que era pra eu me prevenir contra isso pro meu coração continuar duro feito uma pedra, mas o que ela não sabe é que o meu coração não é tão duro quanto ela pensa.

– Sim, mamãe...

– Lembre-se de pegar a varinha da Fada Madrinha independente do que for, custe oque custar – Ela disse e eu só assinto

Fiquei calada por um instante, pensando em como não desejava aquilo, em como minha vida viraria de cabeça para baixo, então falei:

– Mãe... Isso é mesmo necessário?

– O que? Eu esperei anos pra ser convidada de volta pra Auradon. Assim, se tudo der certo, logo eu terei minha vingança contra aquela ridícula da Alice e aquele bando de criaturas mágicas que escolheram o lado daquele reizinho tolo em vez de sua rainha- – minha mãe começa a se exautar e falar auto, mas logo respira fundo recupera a postura – Hunf, pra resumir, enquanto eu me vingo deles, você se vingará do rei Fera, quer saber como?

À olho de um geito curioso e ao mesmo tempo assuntado, e ela me responde:

– Punindo seu único herdeiro, o príncipe Ben!

– O quê!?!

– Como você será rainha, deixarei que decida de que modo, seja arrancando sua cabeça, empunhando uma espada em seu coração, – À cada palavra dela minha expressão vai ficando mais apavorada – Ou simplesmente o envenenamento, tal qual a Rainha Má fez.

E morreu logo em seguida, claro, antes do rei Fera ressuscitar todos os vilões que morreram e os mandarem pra cá.

A última coisa que eu desejo é me tornar uma assassina, ainda mais sendo do herdeiro de Auradon e filho do homem que nos condenou à essa vida. Eu não queria ver todas aquelas pessoas inocentes sofrendo por um ato que não teve nada à ver com elas. Eu odeio toda essa história de vingança e de ter que provocar uma guerra entre os reinos de Auradon com todos os vilões à solta e Malévola no poder.
Eu não queria nada daquilo!

Mas era a palavra de minha mãe, a palavra na qual eu não podia ir contra, então minha resposta foi:

– Certo... mãe.

– Perfeito. Outra coisa, estou te dando a missão de encontrar e recuperar o meu baralho magico daquele lugar.

– Mas como- sou interrompida

– Você dará um geito, até porque, você não é minha filha?

– Sou sim.

– Então onrre seu título de princesa de Copas e faça o que estou mandando!

Afirmo com a cabeça.

***

Os dias haviam passado rápido e logo o dia em que deveríamos ir para Auradon tinha chegado. Eu e os outros estávamos na casa de Malévola, ela havia acabado de repassar o plano para não esquecermos.
Ela já tinha passado esse plano umas mil vezes, é uma explicação muito entediante.

Mas em fim, a limouzinie já tinha chegado e logo eu estaria na Cidade de Auradon.
Me aproximo e simplesmente jogo as minhas coisas no porta malas, não tinha que me importar com aquilo.

Então vejo Carlos fugindo da mãe dele e entrando dentro do carro, em seguida Cruella o chama de ingrato.

– Lembre-se de sempre estar certa de que você será a mais bela de todas, e sempre Lembro-se de quem você é filha.– Rainha Má se despedia da filha mais velha

– Sim, mamãe, eu lembro.– Evie tinha seu sorriso doce no rosto

Eu queria ter uma relação assim com a minha mãe, já seria um grande avanço, mas ela nem mesmo pensou em se despedir de mim.

Coloco minhas coisas dentro do porta-malas do carro e entro no mesmo sem olhar para trás, e logo os outros filhos de vilões fazem o mesmo.
A veículo já estava em movimento.

– Tragam ouro!

– Tragam filhotes!

– Traga um príncipe!

Os vilões gritam.

Após alguns minutos dentro daquele lugar, os garotos observaram que aviam vários doces no carro, bom, pelo menos eu acho que são doces já que nunca os vi ou provei por não ter doces na ilha.

Evie estava passando maquiagem em Mal, a mesma não parecia estar muito animada com a ideia.

Eu ignorei a conversa e não prestei muita atenção.
Me escorei na janela do carro e minha mente ficou distante quando eu comecei a pensar.
Pensar em como seria estar em Auradon.
Em como as nossas vidas estavam prestes à mudar, mudar para melhor ou para pior, isso dependia de nós, estávamos tendo a chance de escolher o destino que teríamos, se seria igual ao dos nossos pais ou se escreveriamos nossa própria história, provavelmente a primeira opção.
As vezes eu me pego pensando em como seria amar e ser amada, minha mãe sempre me diz o quanto o amor é inútil, uma fraqueza e em como ele sempre nos decepciona.
Mas e se eu-

Ouço o som de uma música e olho pela janela, vendo que já aviamos chegado em Auradon e aquela era as nossa boas vindas.
O início de uma nova história.

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⏰ Última atualização: Oct 04, 2024 ⏰

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