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ANGEL

Depois que a Gabriela saiu daqui do galpão eu fiquei fumando e bebendo com o moreno até anoitecer.

MORENO:tá cheirando pra caralho ja mano se controla-ele disse puxando as carreiras de cocaína que estavam em cima de um espelho velho

ANGEL:qual foi tá querendo cortar minha onda mano-eu disse levantando da cadeira mais caindo logo em seguida

MORENO:daqui a pouco teu nariz tá caindo de tanto que você cheirou-ele disse negando com a cabeça me fazendo dar dedo pra ele

ANGEL:me dá essa porra-eu disse puxando o espelho com brutalidade fazendo o pó voar pelo ar

MORENO:pronto cabo essa porra-ele disse jogando espelho pra longe

ANGEL:cabo o caralho fi-eu disse indo até a sala onde a gente colocava as drogas puxando um pacote cheio

MORENO:quer cheirar,cheira só não vem dizer depois que tá com dorzinha no peito-ele disse saindo de perto de mim me fazendo abrir o pacote com a faca puxando o pó e cheirando em cima da faca mesmo

Eu fiquei ali por mais de vinte minutos cheirando,fumando e bebendo.

Depois eu puxei meu telefone e mandei uma mensagem pra Bruna dizendo que não iria jantar em casa.

E minutos depois ela me respondeu e acabamos discutindo coisa que eu não tava afim de render pra ela,então eu desliguei o telefone e voltei a cheirar.

(...)

Sabe quando o teu corpo não corresponde aos teus comandos?

Era assim que eu tava me sentindo,um aperto no peito uma sensação de que a qualquer momento eu iria desmaiar.

Dito e feito.

Eu senti meu olho pesar me fazendo enxergar tudo preto.

MORENO:Camila acorda-ele disse dando tapas na minha cara bem de leve

CABEÇA:ela tá agonizando mano segura a cabeça dela-ele disse mais as vozes perto de mim já estavam começando a ficar distantes

MORENO:Camila porra-ele disse gritando mais eu não conseguia responder na real eu apaguei

(...)

Pi pi pi esse era o barulho que eu ouvia me fazendo abrir os olhos e fechando logo em seguida pela luz forte.

ANGEL:porra-eu disse olhando em volta vendo que a Bruna tava do meu lado em uma poltrona cochilando com a cabeça na parede

Eu levantei a coberta vendo que eu estava com uma roupa de hospital e com vários fios em volta do meu corpo.

Eu ainda tava meio zonza mesmo assim eu conseguia tirar os fios do meu peito e um do meu dedo onde verificava meus batimentos.

BRUNA:ei não,pode deitando-ela disse empurrando meu peito bem devagar me fazendo deitar na cama de novo

ANGEL:oque houve,eu tô fazendo oque aqui mano-eu perguntei colocando a mão na cabeça pela forte dor que eu senti assim que eu levantei

BRUNA:você teve uma overdose,a gente tá no posto do morro-ela disse colocando os fios todos de novo no meu corpo

ANGEL:e você tá fazendo oque aqui-eu perguntei vendo ela dar um sorriso colocando o bagulho novamente no meu dedo

BRUNA:eu sou sua mulher Camila-ela disse me cobrindo me fazendo sorri ladino

MINHA NARCOTRÁFICANTEOnde histórias criam vida. Descubra agora