Capítulo 32

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O Interrogatório sob a Luz da Verdade.

A sala de interrogatório estava fria e austera, um contraste gritante com a luz suave que entrava pelas janelas. Aurora segurava Marina em seus braços, a pequena chorando suavemente, com seus cabelos ruivos e olhos verdes que brilhavam como esmeraldas.

A Presença de Marina:

Os detetives permitiram que a bebê ficasse próxima aos pais, talvez na esperança de que a inocência de Marina suavizasse a dureza do interrogatório. Enquanto Aurora a amamentava, as lágrimas da criança se misturavam à tensão no ar. Jack, ao lado dela, mantinha a expressão firme, mas os músculos de seu corpo estavam tensos.

"Estávamos em casa com nossa filha," Aurora repetiu, sua voz calma, mas o olhar carregava uma fragilidade que os detetives notaram.

Pressão e Suspeitas:

Os detetives trocavam olhares significativos, tentando decifrar a verdade que parecia escapar entre os sussurros e as palavras cuidadosamente escolhidas. "As evidências estão se acumulando," um deles disse, inclinando-se para frente. "Precisamos saber aonde vocês estavam na noite das últimas mortes."

Jack, sem hesitar, respondeu: "Se estivéssemos envolvidos, você acharia provas. Estamos aqui, cuidando da nossa filha."

O Jogo Psicológico:

Enquanto Marina mamava, seu choro se suavizou, e Aurora a olhava com ternura, como se aquela ligação inquebrantável pudesse fortalecer sua posição. Mas a pressão aumentava, e os detetives não pareciam dispostos a desistir.

"E quanto ao seu passado? O que podem nos contar sobre suas famílias?" outro detetive interveio, sua voz incisiva.

Aurora sentiu a tensão subir. "Nossas famílias não têm relação com a vida que construímos agora. Estamos focados em Marina."

A Vulnerabilidade Revelada:

O olhar de Marina, enquanto olhava para os pais, parecia refletir a inocência que eles desejavam proteger. Aurora sentiu a necessidade de ser forte, mas a pressão estava se tornando insuportável. Jack, percebendo a fraqueza momentânea da esposa, entrelaçou os dedos aos dela.

"Estamos aqui como uma família. Isso é tudo o que importa," ele disse, a força em sua voz proporcionando um alicerce.

A Decisão a Tomar:

Os detetives, percebendo a fragilidade do momento, decidiram recuar. Embora as suspeitas não fossem dissipadas, a presença da bebê Marina tinha um efeito que não podiam ignorar. As perguntas ficaram mais sutis, mas a sombra da desconfiança ainda pairava.

Enquanto Aurora e Jack se entreolhavam, um entendimento silencioso se formou entre eles: a proteção de Marina era a prioridade, e eles fariam o que fosse necessário para manter sua família unida, mesmo que isso significasse enfrentar as trevas que os perseguiam.

Dança das Trevas!Onde histórias criam vida. Descubra agora