CAPÍTULO VIII

12 1 0
                                    


Duas semanas, duas malditas semanas que aquela cena não saia da minha cabeça. Eu estava praticamente no automático, não prestava mais a atenção nas aulas, vivia aéreo, não conseguia responder às mensagens de Eduardo, acho que eu não conseguiria olhar em sua face sem eu me resolver com o que estava acontecendo em relação ao demônio ruivo. Falando no dito, evitei meu lugar favorito de toda UNI para não correr risco de encontrar ele, senão, era capaz de eu voar no pescoço dele, aquele lindo pescoço branco com algumas pintas.

— Sai daí Alex — bati com a mão em minha testa — Esse caminho é perigoso, e você não está disposto a se machucar desse jeito, ele é comprometido e com seu amigo — me repreendo, sinto meu celular vibrar em meu bolso, ao olhar para tela, um sorriso brotou em meus lábios — Amor da minha vida — falei assim que atendi, podendo escutar a risada abafada do outro lado.

— Isso tudo é saudades coração? — respondeu Carl do outro lado.

— Você não imagina o quanto — respondi suspirando.

— Anda me conta, o que está acontecendo — pediu ele em um tom preocupado.

— Nada — tentei desconversar.

— Alex — pediu ele. Um silêncio se fez presente até ele voltar a perguntar — O que somos?

— Amigos — respondi sem pestanejar.

— O que mais — incentivou ele.

— Melhores amigos — respondi suspirando.

— Então, vamos lá, me conta o que está acontecendo com você — pediu ele.

— Senta que lá vem palestra — comecei a contar tudo que estava acontecendo sobre os meus pensamentos confusos com aquele garoto ruivo gostoso, mas totalmente comprometido.

— Você acha que ele fez isso para ter alguma aventura? — questionou ele curioso.

— Se não foi isso, então não sei o que é — respondi sentando em minha cama.

— Alex, você não acha que pode estar criando teorias apenas por ter visto os dois juntos? — indagou ele.

— Como? — não estava conseguindo acompanhar seu raciocínio.

— É meu amigo, já passou pela sua cabeça que eles dois poderiam ser apenas amigos em uma tarde de café? — sorriu ele — Você está fritando seus neurônios fugindo de encarar os dois e questioná-los

— Mas eu vi... — ele me interrompeu.

— Você viu duas pessoas conversando, sentadas em uma cafeteria, não duas pessoas deitadas em uma cama nuas após um sexo — respondeu ele sorrindo.

— Eu... eu — eu não conseguia formular uma palavra para respondê-lo.

— Você está com medo — suspirou ele — Está com medo de descobrir o que te encantou nesse rapaz

— Sim — respondi dando-me por vencido — Não queria admitir, mas de alguma maneira ele me chamou a atenção.

— Isso é ótimo meu amigo — ouvi ele sorrir — Faz um tempo que você não fica interessado em uma pessoa.

— Sim, é isso que está me deixando assustado — confessei — Não sei até onde isso pode me machucar — suspirei — Não quero sofrer.

— Novamente — completou ele.

— Sim...

— Você deve conversar com esse seu novo amigo e abrir o que está acontecendo, não deixe suposições tomar conta de sua cabeça mais do que já tomou. Permita se aventurar nesse desconhecido — respondeu ele.

Encontro de Um Amor Vol.2 DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora