| Oi... acho que devo algumas explicações, né?
Primeiro, sinto muito pelo sumiço. Passei por muitas coisas durante 2023 que me sobrecarregaram e quase acabaram comigo, mas já estou bem. O começo desse ano também foi complicado, com os resultados de vestibulares saindo, SISU, PROUNI... eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser isso. Passei na faculdade (graças a Deus) e vim morar longe da minha família, em outro estado, somente com a minha melhor amiga e minha gata. Felizmente, estou bem e muito feliz aqui (que era o que mais me preocupava), MAS, como entrei no meio do ano, recebi uma enxurrada de informações que me deixou ainda mais afastada daqui, só consegui me reestabelecer mês passado, que foi quando finalizei esse capítulo.
ENFIM, peço mil desculpas por toda essa demora. Minha vida tem sido uma montanha russa e embora eu tenha dito que consegui me reestabelecer, ainda faltam algumas coisas para isso de fato acontecer.
Desde já, obrigado pela paciência. O capítulo de hoje é curto mas contém muita informação.
AH, perceberam que a história está de cara nova? Eu queria algo mais clean e soft e a stamoon conseguiu passar exatamente isso! Muito obrigada, meu anjo!
Espero que gostem! Boa leitura. <3
Perdida. Todoroki Rei se sentia assim neste momento.
Desde que acordou, não sabia o motivo de estar naquele quarto branco e monótono, onde seus pensamentos mais sombrios e obscuros dominavam sua mente.
Ela queria a sua casa. Os seus filhos: Touya, Fuyumi, Natsuo e Shoto.
Touya, seu primogênito. Ela o amava mais que tudo, embora fosse fruto de um amor não verdadeiro, assim como os seus outros filhos. Eles eram seu tudo, sua razão de continuar respirando.
O filho mais velho era seu maior orgulho e também o motivo de estar ali, internada. Estava instável, insana, com os pensamentos desorganizados, fazendo-a ter alucinações.
Se culpava intensamente por estar daquele jeito, mas sabia que tudo aquilo que havia acontecido consigo mesma e com seus filhos não era culpa dela, e sim de seu alfa, Todoroki Enji.
Forçada a se casar com o lúpus para salvar sua família da miséria, no início do relacionamento, Rei era tratada decentemente. Enji dava flores, levava-a para sair; era um bom alfa. Pelo menos, era o que achava até terem seu primeiro filhote.
Todoroki Touya nasceu com o futuro já escrito. Nasceu para ser o herdeiro de seu pai, herdeiro de todas as empresas que Enji liderava. Mas o alfa nunca quis aquilo. Pelo contrário, Touya desejava ser livre. Entretanto, com a pressão de ser filho único e, ainda por cima, alfa e lúpus como o pai, ele aceitou seu destino.
E, então, Fuyumi nasceu. Embora também alfa, seu pai não a considerou por ser uma mulher e por ela ter deixado claro seu sonho. Depois veio Natsuo, beta. Na visão de Enji, betas eram inúteis. Desde que o filho do meio escutou aquilo, passou a odiar o pai; não só por isso, mas também pelo modo cruel e insensível que ele tratava sua mãe e seus irmãos.
Entretanto, chegou o quarto filho da família: Todoroki Shouto. Ele era perfeito na visão do lúpus mais velho, mais perfeito que o primogênito — tal ponderamento fez Touya se rebelar, deixando Enji furioso —, mas então veio seu segundo gênero.
Ômega lúpus. Raros. Perigosos. Desejados no mercado negro e desvalorizados em toda a sociedade. Desde criança, Shouto foi desmerecido pelo pai, porém amado pelos irmãos e pela mãe. Todos cresceram em um lar instável, dominado pela raiva, desgosto, tristeza e inveja.
Shouto invejava seu irmão mais velho. Ele era forte, dominante, tinha poder e coragem o suficiente para enfrentar seu pai. Ser um alfa lúpus era tudo o que o ômega desejava. Mas essa característica era impossível de ser mudada. Ele estava fadado a carregar isso para sempre consigo.
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𝐕𝐈𝐍𝐂𝐔𝐋𝐔𝐌, tododeku
Teen FictionEle não pediu para nascer um ômega, não pediu para ser frágil, dependente e submisso demais. Ele não queria se prender ao seu subgênero, não queria viver amarrado e acorrentado nas sombras daqueles que estavam no topo. Por isso, decidiu ser livre, p...