Let The World Burn For You ┆ 𝐒𝐔𝐍𝐒𝐔𝐍

004. Because He Loves You

C A P Í T U L O  04
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"I'm gonna love you till my lungs give out
I promise till death we part, like in our vows"

— Say You Won't Let Go, James Arthur

No hospital, Seul —— 13h51pm

Sunoo despertou lentamente, seu corpo ainda exalando a sensação de peso e dor acumulada do acidente. O quarto ao seu redor estava envolto em um silêncio confortável, apenas perturbado pelo som distante de passos no corredor. Ele piscou várias vezes, tentando ajustar os olhos à claridade suave que vazava pelas cortinas brancas do hospital, deixando tudo com um brilho quase etéreo. O ar era impregnado com o cheiro típico de antisséptico e desinfetante, criando um contraste com o calor que sentia ao estar debaixo dos lençóis. Ao virar a cabeça para o lado, seus olhos enevoados captaram uma figura ao lado da cama. Seu coração se acalmou imediatamente quando reconheceu os cabelos loiros e a expressão carinhosa de Rosé, sua melhor amiga.

Rosé estava ali, sentada em uma cadeira ao lado da cama, com um sorriso aliviado que se esticava lentamente em seus lábios quando viu que Sunoo finalmente acordara. Seus olhos brilhavam com uma mistura de preocupação e carinho genuíno. O corpo dela parecia um pouco tenso, como se tivesse corrido para chegar ali o mais rápido possível. Ela se inclinou levemente para frente, sua presença emitindo uma sensação de segurança, algo que Sunoo estava precisando naquele momento.

—— Finalmente acordado, hein? —— a voz suave dela quebrou o silêncio, enquanto suas mãos delicadas seguravam as de Sunoo com um toque gentil e reconfortante. —— Desculpa por não ter vindo antes. Estava presa em compromissos e só vi a mensagem da Jennie agora de manhã. Mas, quando li, vim correndo. Meu coração quase parou —— ela sorriu, mas o brilho em seus olhos revelava o alívio por ver o amigo bem.

Sunoo piscou novamente, ainda meio sonolento, mas o calor da mão de Rosé em sua pele trazia uma sensação de conforto palpável. Ele soltou uma risadinha fraca, embora o movimento do corpo ainda carregasse um leve incômodo. —— Eu estou bem agora —— murmurou, fazendo uma pausa para refletir. —— Bom, estou melhor do que antes.

Rosé soltou sua mão de forma lenta, quase hesitante, como se não quisesse quebrar o contato. Suas mãos deslizaram pela colcha de Sunoo até pousarem suavemente sobre a barriga dele. Com movimentos leves, ela começou a acariciar a região, sua expressão suavizando à medida que seus dedos traçavam um padrão reconfortante. —— E o bebê... Ele está bem, né? —— ela perguntou, a voz delicada, mas carregada de preocupação, seus olhos voltando a se fixar nos de Sunoo.

Sunoo assentiu, um pequeno sorriso iluminando seus lábios enquanto ele também olhava para a própria barriga. —— Sim, ele está bem também.

Rosé suspirou profundamente, como se estivesse soltando um peso que carregava desde que soubera do acidente. —— Graças a Deus... —— ela murmurou, aliviada. O ambiente ficou imerso em uma leve tranquilidade, o tipo de silêncio que acontece entre amigos que entendem o peso das circunstâncias sem precisar de palavras.

—— Rosinha... —— Sunoo começou, sua voz levemente trêmula, enquanto seu olhar se desviava para longe, como se estivesse procurando coragem para continuar. —— Ele terminou comigo... —— dor embargava sua voz, mesmo que estivesse tentando mascará-la.

Rosé, que estava acariciando a barriga de Sunoo, parou o movimento por um momento. Sua expressão mudou, a leveza anterior desaparecendo enquanto uma sombra de tristeza tomava conta de seu rosto. Ela desviou o olhar, seus ombros afundando ligeiramente. —— Eu sei... —— a voz dela saiu baixa, quase como um sussurro. —— Eu sei, Sunoo, mas não foi culpa dele.