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Sai daquela sala totalmente atordoada e ansiando por mais, meu corpo implorava por mais e mais, como se o toque dele fosse algum combustível que me fazia respirar — O que você fez com o meu secretário? — Ouvi meu amigo totalmente surpreso, me aproximei
dele ainda sentindo a mesma dificuldade para andar, depois que encontrasse a minha irmã iria precisar ir em uma balada para resolver isso
— Como assim? — Perguntei tentando focar no momento, Pietro me encarou por alguns segundos procurando algo — Qual é Jasmim? Poderia achar que estava se agarrando com qualquer um no escritório menos com ele — Pietro estava realmente falando sério? Era tão estranho me ver daquele jeito com o Martti? 

— E por que não?

Perguntei enquanto tentava segurar o riso, na verdade também me assustei com o comportamento dele…

— Ele é certinho demais ou era antes de te conhecer

Coloquei minha mão em seu ombro apertando um pouco antes de decidir contar o que aconteceu com o seu querido secretário — Ciúmes é uma arma muito poderosa — Pietro deu uma gargalhada ao me ouvir logo em seguida beliscou devagar a minha bochecha  — Você não presta, encontramos o carro das filmagens já mandei alguns homens para lá, fiquei feliz ao ouvir isso, queria acabar com isso o mais rápido possível, caminhei em direção ao seu carro indo direto para o lado do motorista, Pietro parou de andar ao me vê ali — Vou dirigir dessa vez!  — O avisei sem dar nenhuma chance para discussão, mesmo contrariado ele acabou entrando.

Já estava a quase vinte minutos dirigindo o seu carro, muitas coisas tínhamos em comum e o gosto para carros rápidos era uma delas 
— Está tentando nos matar?

Ouvi ele gritar do nada, olhei realmente confusa, não estava nem a 100km/h então porque esse exagero todo

— Para de exagero estou dirigindo muito devagar

Desdenhei dele aumentando um pouco a velocidade — Cem quilômetros por hora em uma avenida movimentada é devagar? Diminui essa merda!

Chegava a ser engraçado o desespero dele considerando como era um assassino tão cruel, revirei os olhos irritados — Tudo bem… — Sussurrei tirando o meu pé do acelerador até chegar a cinquenta quilômetros por horas   — Está feliz agora? — Perguntei irritada com ele,
— Muito!
Afirmou relaxando no banco do carro, voltei meu foco para a minha irmã esperava conseguir alguma coisa no carro
— Espero que conseguimos encontrar algo nesse carro 

Chegamos no matagal e ali estava aquele maltido carro, para a nossa sorte eles não tinham colocado fogo nele, os capangas do Pietro se afastaram ao notar nossa presença ali,  começamos procurar alguma coisa nele no banco de trás havia três  hambúrgueres, três cocas colas, mas o que me chamou atenção foi uma mancha grande de sangue ali, senti meu coração parar e a cor fugir do meu rosto, aquele sangue não poderia ser o da minha irmã   — Isso é da Cassie? — Sussurrei para o meu amigo, não sabia nem o motivo pelo qual estava falando tão baixo
— Calma, Jasmim, podem ser de qualquer outra pessoa

Nem havia percebido que estava desesperada, porém como não ficar quando a minha irmã poderia estar sendo machucada

— Eu vou matar eles!

Afirmei tentando colocar as minhas ideias em ordem, voltei a procurar alguma coisa que ajudasse, passei minha mão direita no vão do banco motorista e senti um papel, o puxei torcendo muito para ser algo relevante, era um folheto de uma fazenda no interior de são Paulo, pelo o endereço seria de difícil acesso

— Vamos ligar para os donos

Pietro falou já pegando o seu celular e discando o número e entregando o celular para mim

— Boa tarde, eu fiquei interessada em passar alguns dias na fazenda, teria como?

Perguntei totalmente interessada, ouvi a voz doce de uma senhora do outro lado da linha
— Lamento, mas nessa semana já está alugado

Me informou cordialmente, senti um sorriso se formar nos meus lábios, eles estavam lá, não tinha nenhum outro lugar para eles estarem, desliguei  a ligação

— eles estão lá !

Afirmei para ele enquanto ligava para o meu pai, precisávamos do jatinho o mais rápido o possível, junto com o jatinho meu pai mandou mais dez capangas dos melhores, eles eram tão cruel quando as nossas mães, chegamos na fazenda que estava totalmente silenciosa, nem parecia que tinha alguém ali, decidimos nos separar, eu Pietro e um segurança fomos pela frente e três por trás da casa, entramos devagar na casa não queríamos que a minha irmã corresse mais perigo, fomos para cozinha quando percebi uma sombra ali, mirei a minha arma, pronta para atirar caso precisasse — Jasmim, eu estava com tanto medo — Abaixei a minha arma ao ouvir a voz dela, por que ela está solta? Ou melhor de quem era aquele sangue no carro já que ela estava sem nenhum arranhão aparente? Como ela estava bem?

Cassie correu na minha direção me abraçando com todas as suas forças, fisicamente ela estava bem, mas mentalmente não — Estou aqui não se preocupe — murmurei para ela tentando acalmá-la antes que chamasse a atenção para nós e desse merda — Pietro vou levar ela e depois volto para te ajudar — O informei saindo com a minha irmã e com o segurança que estava com a gente, sabia que o Pietro não precisava de ajuda caso encontrasse alguém — Me sinto tão mal — ouvi minha irmã choramingar, o que aqueles bastardos tinham feito com a minha irmã?
–— Eles fizeram algo para você?

Questionei realmente preocupada com ela, mas Cassie só conseguia chorar e chorar mais ainda, parecia que quanto mais questionasse o que aconteceu naquele curto período mais ela entraria em desespero –— Eles… Eles… ah….  — minha irmã estava quase entrando em colapso, precisava levar ela logo até o jatinho, ainda bem que não estava tão longe

–— Tudo bem, vem comigo!

A levei até lá e mandei levar ela para casa junto com o segurança, no estado que ela estava não conseguiria andar sozinha, assim que o jatinho abriu voo voltei para a fazenda, prestando toda a minha atenção no caminho ouvi os gritos do meu amigo, ameaçando o cara caso não abrisse a boca, fui até o quarto onde estava os três homens rendidos –—  Foi ideia dela! — um dos alemães grita desesperado, então tinha sido uma mulher que havia orquestrado tudo isso –—  Dela quem? — Perguntei o óbvio, mas quando foi me responder ele caiu no chão em uma convulsão sendo seguido pelos outros dois, que merda era aquela? E se a minha irmã também tivesse sido envenenada?

Rainha da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora