Capítulo 12

5 1 0
                                    

— Jasmim, onde está?

Pietro perguntou do outro lado da linha, onde mais ele achou que eu poderia estar senão nessa maldita festa?

— Na festa ainda, vou para casa tomar um banho e depois vou para casa dos meus pais

Contei com detalhes o que estava passando na minha cabeça ainda, não era uma boa ideia ver a minha mãe com cara de bebida, ela já iria querer nos matar por deixar algo assim acontecer mesmo não sendo babá da minha irmã mais nova, entrei no meu carro ainda na ligação com ele, não pretendia ligar o carro antes de desligar, já estava correndo um perigo ao dirigir bêbada, mas perigo era meu segundo nome mesmo

— Me liga que te levo, se conheço sua mãe ela vai surtar

Soltei um suspiro ao ouvir ele, tinha como dizer que ele estava errado?

— Acho que vou precisar mesmo...

Murmurei desligando o telefone, dirigi em alta velocidade até em casa deixei o carro parado na frente de casa mesmo e caminhei até entrada, senti um enjoo horrível passar me fazendo correr para o banheiro, me debrucei na privada vomitando tudo o que havia consumido no dia de hoje, já estava me sentindo mais leve, aproveite que estava no banheiro e já tirei minha roupa entrando no chuveiro sentindo a água quente relaxar o meu corpo, talvez água fria fosse melhor, porém odiava esse tipo de banho, terminei meu banho e me direcionei até o quarto procurando uma roupa mais apropriada para procurar minha irmã.

QUEBRA DE TEMPO

Cheguei na casa dos meus pais junto com o meu amigo, já estava um pouco ansiosa, não por ter que lidar com o meu pai ou porque a minha irmã estava em perigo e sim por causa da minha mãe, ela sim era o maior perigo, preferia mil vezes estar no lugar da Cassie do que ter que contar isso para ela.

Entrei devagar na casa dando de cara com o meu pai sentado no sofá lendo o jornal— Oi, pai... — Falei baixo não querendo o assustar, ele abriu um sorriso amável para mim e para o Pietro, mas seus olhos procuravam alguém e eu já sabia quem era — Onde está a sua irmã? — Perguntou curiosa e ao mesmo tempo preocupado, suspirei não sabendo como começar essa conversa, qual era o melhor jeito de falar que a sua filha foi sequestrada — Ela foi sequestrada... — Pietro contou ao notar que eu não tinha coragem, olhos do meu pai se arregalaram de susto, a cor fugiu do seu rosto ao ouvir isso— Como assim, Jasmim? — Minha mãe surgiu do nada me assustando, dei um passo para trás tentando manter a maior distância dela — Como deixou sua irmã ser sequestrada? — Perguntou de novo impaciente, engolir em seco pensando no que dizer do jeito que ela estava falando parecia que eu tinha obrigação de cuidar da Cassie sendo que ela é maior de idade

— Eu não estava de babá hoje mãe, poderiam até me sequestrar se eles quisessem

Me arrependi no exato momento em que vi a raiva dominar os seus olhos, fui para trás do Pietro querendo usar ele de escudo, cazzo! Ela era a única que me dava medo, apertei os braços do meu amigo tentando afastar toda a ansiedade que estava sentindo

— A única coisa que vou dizer é se a minha filha morrer vou matar os três.

Ameaçou apontando para nós três, meu pai saiu do sofá se aproximando de mim e Pietro que ainda estávamos parado perto da porta era muito mais fácil correr dela caso tirasse uma arma daquele maltido short

— Cazzo, não fui eu que sequestrei ela

Meu pai tentou argumentar contra ela, minha mãe levou sua mão direita

para o short, tirando de lá uma Benelli MP 90S apontando para o meu pai, enguli seco, porra agoara tinha entendido o motivo para o meu pai ter medo dela

— Mas deixou, porra!

Gritou irritada com todos nós

— Mãe, se acalme, por favor, olha nada vai acontecer com a minha irmã nós vamos trazer ela sem nenhum arranhão, abaixa a arma, o meu pai é o amor da sua vida, se você atirar nele vai se sentir culpada depois...

Tentei argumentar com ela mesmo com medo, ela estava com o dedo no gatilho e por isso era tão perigoso, se ela atira se com toda certeza iria

sentir culpa quando a minha irmã estivesse de volta

— Não vou atirar nele, mas vocês têm dois dias para a minha filha está de volta se não ele não vai ser o único a tomar um tiro aqui

Ótimo além de ameaçar o meu pai também sobrou para nós dois, continuava me escondendo atrás do meu amigo, minha mãe ainda estava com o dedo no gatilho da arma, se ela fosse atirar em alguém que fosse no Pietro e não em mim — Vamos trazer ela tia, eu prometo! — Afirmou Pietro também tentando acalmar a minha mãe que só bufou irritada enquanto guardava a sua arma — É melhor sairmos daqui — Sussurrei para ele me direcionando para a porta — Onde vocês pensam que vai? — Meu pai perguntou também em um sussurro, ele só estava com medo de ter que lidar sozinho com a minha mãe — Procurar a sua filha — Pietro respondeu de volta — Não podem me deixar aqui sozinho com ela! — Tentou argumentar de volta, claro que eu podia deixar ele sozinho com ela, afinal foi eles que se casaram por livre e espontânea vontade, nada mais justo do que ele mesmo lidar com ela

— Lamento pai, mas dessa vez vai ter que lidar sozinho com a mamãe...

Sussurrei antes de sair junto com Pietro pela porta, respirei fundo recuperando todo o ar que havia perdido por causa da senhora Bianchini

— Na próxima vez deixou você vir sozinha

Pietro falou em tom de promessa, queria saber de onde ele achava que teria próxima vez, amava a minha irmã, porém se ela for sequestrada de novo não seria eu que iria contar isso para a minha mãe

— E quem disse que vai ter próxima vez?

O questionei entrando no carro, se ainda tinha algum resquício de bebida já havia saído tudo, era melhor nos concentrar em encontrar a minha irmã

— Vamos encontrar a Cassie antes que sua mãe nos mate, se lembra da placa do carro?

Pietro questionou entrando do lado do motorista, não me lembrava da placa, mas sim do carro, não era muito comum em São Paulo

— Não, mas me lembro do modelo era uma Lamborghini Urus preto, e um dos cara era alto branco, loiro dos olhos verde, parecia ser alemão na verdade

Me lembrava vagamente do sotaque e com certeza era de origem alemã, mas não tinha o menor sentido nisso, por que uns alemães estão atrás da minha irmã?— Acha que o Guilherme pode encontrar eles? — Não duvidava da capacidade do Guilherme, porém nessa hora do dia ele estava no décimo terceiro sono, teríamos que nos virar sozinho pelo menos até dá oito horas da manhã — A essa hora ele está dormindo, podemos voltar no evento e pedir as câmera de segurança — Sugere algo pelo menos por hora, não seria fácil, mas com toda nossa influência com certeza iremos conseguir

— Ok, vamos tentar isso, afinal só temos dois dias...

Pietro arrancou com tudo com carro, deixando meu ai lidar sozinho com o ataque de histeria da minha mãe 

Rainha da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora