11. I won

636 65 182
                                    

Capítulo não revisado;
Não seja um leitor fantasma.

¥

O dia havia chegado ao fim e eu me encontrava em meu quarto procurando uma roupa descente e confortável. Quando voltava para meu quarto depois de um longo banho quente, escutei mais vozes e risadas vindo do andar inferior e deduzi que os meninos já haviam chegado para comer.

Após longos minutos olhando para o guarda roupa, vesti uma calça preta larga em cropped mangas longas que continha um pequeno buraco em cada uma feito para o polegar.

Antes de calçar os sapatos mas já com meias fui até a penteadeira sentando a sua frente procurei pelo rimel em suas gavetas, não demorou para que eu o encontrasse na que estranhamente estava tudo organizado.

Eu não gostava de passar rimel mas eu amava amava seu resultado. Me arqueei para mais perto do espelho para visualizar melhor onde deveria passar.

— Vai sair?— Me assustei com a pergunta e acabei borrando um pouco o rimel que ja havia passado em ambos olhos. Me virei para a porta vendo meu pai com as mãos para trás, parecia estar segurando algo.

— Hm... talvez.— Respondi.— Aconteceu algo?— Questionei quando percebi sua expressão apreensiva. Peguei então um algodão colocando um pouco de removedor de maquiagem limpando o canto do meu olho onde havia borrado.

— Não, nada.— Ele suspirou indo em direção a cama.— Senta aqui.— Ele pediu se sentando na cama e eu me sentei a sua frente notando uma caixa preta retangular grande a minha frente.

— O que é isso?— Perguntei e ele me entregou uma chave que deduzi ser de seu cadeado.

Girei a chave e joguei tanto ela quanto o cadeado na cama, com calma levantei sua tampa, assim que vi do que continha ali deixei a tampa cair para trás colocando as mãos na boca em choque.

Meu pai então se levantou pegando a Katana com ambas mãos e eu me levantei também, ele levou levou seus braços mais a frente e eu não sabia se deveria pegar ou não.

— Era da sua mãe, agora é sua.— Ele proferiu em japones e se curvou para mim.

Peguei a tão sonhada Katana de suas mãos ainda sem acreditar, sua Tsuka — o cabo da Katana— era vermelha assim como o Sageo, uma corda que ficava presa em sua Saya.

— Você a trouxe....— Proferi alternando meu olhar entra ele e o valioso objeto em minhas mãos.— Disse que deveríamos deixá-la em seu quarto.

— Eu estive pensando muito sobre isso durante todos esses anos, e eu acho, acho não, tenho certeza que sua mão iria querer que você ficasse com ela.— Meu pai me deu um sorriso fechado e então eu voltei meu olhar para a espada.

Essa Katana foi um presente que meu avô dera para minha mãe poucos anos antes de eu nascer, minha mãe amava ela, foi com essa Katana que a mulher me ensinou tudo que pode.

Lembro-me vagamente de nós duas no pequeno espaço que havia atrás de casa lutando sem cansar por horas, me recordo do papai nos observando sempre que voltava do serviço.

— Muito obrigada pai!— Eu então o abracei ainda com a espada em uma das minhas mãos.— Eu te amo!— Dei um beijo em sua bochecha me afastando dele.

— Eu também te amo!— O mais velho me deu um beijo no topo da minha cabeça.— Preciso sair com Daniel agora, mas os meninos estão lá embaixo.

— Talvez eu apareça lá.— Dei de ombros.

— Robby também está lá.— Ele proferiu me fazendo arquear uma sobrancelha.— Acha que eu não sei? Eu já tive sua idade raposinha.— Ele riu quando percebeu que me deixou envergonhada com tal resposta e foi embora sem se despedir.

Be Your Muse - Robby Keene Onde histórias criam vida. Descubra agora