14. Kiss me

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Capítulo não revisado;
Não seja um leitor fantasma.

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Estava com a cabeça escorada na janela pensando em tudo que aconteceu, eu literalmente quase morri, pela segunda vez. A dor ainda era presente, mas eu nem me importava mais, bom, eu estava viva, e isso bastava.

Depois de tanto tempo finalmente pude sentir o alívio de se livrar da culpa que não era minha.

Meu rosto estava inchado pelo choro, meu cabelo se encontrava todo bagunçado, minha jaqueta que havia sido tirada por Johnny para enrolar uma faixa em meu braço estava sobre mim como um cobertor. A manga do meu cropped preto se encontrava em uma tonalidade mais escura devido ao sangue que escorreu ali.

Johnny então parou de dirigir e só então eu percebi que ele nos levou até o dojô do Cobra Kai, pude ver várias ambulâncias e policiais no local, além dos alunos do Miyagi-do e do Cobra Kai.

Eu abri a porta saindo do enorme veículo ignorando os protestos do meu pai pedindo para ir com calma. Caminhei mancando procurando por alguém em específico e me assustei quando Anthony apareceu na minha frente.

— Que susto garoto!— Exclamei dando um tapa em seu ombro.

— Ajuda com o karatê Akane? Sério?— Ele perguntou sério e eu sorri falsamente.

— Desculpa, eu não podia falar a verdade, Sam nunca me deixaria ir.— Me expliquei e ele revirou os olhos.

— Você deixou todos nós preocupados, principalmente Robby.— Anthony disse dando um sorriso fechado.— Acho que você deveria falar com ele.— Ele falou olhando para trás vendo Robby tentar conversar com o Kenny.

Anthony então me deixou sozinha e eu caminhei em passos lentos até o garoto quando o Kenny saiu com raiva de perto dele. Mas parei quando vi Tory se aproximando.

Não estávamos muito longe um do outro mas ele ainda não havia me notado ali, e eu não conseguia entender o que os dois conversavam.

Tory então disse algo com um sorriso e se virou para mim, Robby então olhou em minha direção, ele me deu um olhar surpreso antes de correr até mim. Fui de encontro a ele, minhas pernas acabaram fraquejando e eu iria cair se não fosse pelas mãos de Robby segurando minha cintura.

Olhei para ele que tinha seus olhos presos em mim com um pequeno sorriso, mas ainda sim ele carregava preocupação no olhar.

— Por favor, sem palavras melancólicas, já passei coisas demais essa noite.— Eu pedi e ele sorriu mais ainda segurando minha cintura.— Deve ter sido difícil sem mim aí.— O mais alto riu fraco concordando com a cabeça.

— A gente deu o nosso jeito.— Ele deu de ombros.

— Aposto que sim.— Sorri pra ele enquanto colocava meus braços ao redor de seu pescoço.

Alguns murmúrios foram ouvidos sobre o Silver, me virei vendo o homem algemado sendo levado até o carro da polícia.

Suspirei de alívio, ele não me dava mais medo, a única coisa que eu sentia por ele agora, era nojo, apenas.

— Acho que conseguimos, né?!— Perguntei olhando para Robby que concordou com a cabeça.

— Nós vencemos Akane, e só pra constar, eu gostei de você desde a primeira vez que nos vimos.— Ele olhou nos meus olhos e eu me senti em casa, como se tudo que eu passei finalmente estava fazendo sentido.

Todas peças do meu quebra-cabeça pareciam se encaixar, olhei ao redor vendo todos bens, Sam conversava com Miguel, Anthony e Devon pareciam estar se dando bem, Falcão e os outros pareciam felizes.

— Akane.— Robby me chamou e eu voltei minha atenção a ele, seu olhar descendo por alguns instantes para minha boca. O mais alto subiu seu olhar novamente e eu me perdi em seus olhos por uns instantes.— Como se diz "me beija" em japonês?

Sem pensar duas vezes, segurei o rosto do garoto o puxando para mais perto selando nossos lábios em um beijo calmo. Era como se o tempo parasse toda vez que nos beijassemos.

Nossas bocas dançavam em perfeita harmonia, uma de suas mãos deslizou até minha nuca me puxando para mais perto, se é que era possível.

O calor do corpo dele contra o meu era reconfortante, o beijo se aprofundou mais e eu desejava que esse momento durasse para sempre, tudo fazia sentido.

Nos separamos mas mantinhamos nossas testas grudadas, nossas respiração ofegantes, assim como nossos corações estavam acelerados.

Sorrimos um para o outro e depois de um tempo nos separamos, eu já não aguentava ficar mais em pé, precisava sentar, Robby então me ajudou ir até uma ambulância, meu braço em volta de seu pescoço e o seu me segurado pela cintura, a dor que eu havia achado estar suportável, se fez presente mais forte que nunca.

A ambulância parecia estar quilômetros de distância a cada passo que eu dava, eu estava praticamente me arrastando até lá.

— Robby...— Ele parou se voltando para mim.— Eu acho que eu não...— Gemi de dor me curvando um pouco.

— Calma, vem cá.— Robby disse se curvando um pouco me pagando no colo estilo noiva. Me assustei com tal ação mas não reclamei.

Minha visão foi se escurecendo a cada passo rápido que Robby dava em direção a ambulância, e então a escuridão tomou conta de mim.

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01. Capítulo pequeno pra fechar a temporada, pensando em postar um capítulo bônus antes de iniciar a próxima temporada.

02. Vou esperar a parte 2 da 6° temp sair para começar a escrever, muito ansiosa, se Deus quiser teremos o Robby estilo Robby 4° temp de volta, eu gosto do Robby bonzinho mas ele na 4° é o motivo do meu colapso.

03. Prometo que antes de sair a parte 2 eu volto aqui, muito ansiosaa socorro.

Até o próximo, beijos!

Be Your Muse - Robby Keene Onde histórias criam vida. Descubra agora