JOHN SMITH?

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De certo, esse plano será de ultima hora, não o esperava, mas quem é melhor que Dexter para essa missão? O menino que aguentou a desumanidade da parte familiar, sem amigos, apenas com ódio do coração mas que se tornou o criminoso mais habilidoso de uma agencia muito procurada.

Nesse exato momento, me encontro em meio a um corredor olhando para Brithany que me observa esperando algum movimento meu, que já vai acontecer, mas não fora dessa empresinha de poucos funcionários, para falar a verdade, até a agencia tem mais pessoas:

- Me acompanhe senhor Adam. - Ela fala se voltando ao corredor á sua frente.

- Espere, por favor. 

Digo e ela se volta para mim com uma sobrancelha arqueada para cima com curiosidade, minha expressão está formal, pronta para difamar aquilo tudo:

- Gostaria de fazer uma reclamação de uma área da empresa.  - Ela devolve a minha fala com o cenho franzido.

- Não sou eu quem cuido desta parte. - Ela me responde séria mas atenciosa. - Mas me diga, depois passo ao meu superior.

- Certo, me siga. - Digo puxando um braço dela seguido de uma corridinha até o outro lado do corredor.

Ela se irrita

- Ei! - Ela puxa o braço tirando minha mão - Onde está indo?

- Te mostrar onde está o "problema"? - Deixo escapar um ar irônico.

- Não tem necessidade senhor Adam. É só me falar enquanto lhe acompanho até a porta.

Fico em silêncio, mas não é um bom, geralmente silencio quando estou pensando em algo ou quando estou em extremo ódio, mas não surto:

- Só vou lhe mostrar, senhorita Brithany. - Finalmente digo em um tom calmo.

Ela me olha de baixo á cima, com uma cara desconfiada mexendo nos cabelos loiros, mas logo me responde tirando a mão dos cabelos com uma posição séria:

- Onde fica? 

Sinto meu sangue ferver, meu cenho franze e ela vê minha reação, que diabo mimou essa garota? Puxo minha mala abrindo-a para aplicar um sonífero nela, que percebe meu silencio e expressão e suspeita, porém, fecho a maleta rapidamente quando sou interrompido por vozes e passos no corredor ao nosso lado.

Olho para a menina com curiosidade e ela me retribui limpando a saia rosa e jogando os cabelos para trás, isso me deixou muito confuso, quem estaria vindo?

De repente um homem alto de cabelos loiros, olhos verdes vestindo um terno cinza acompanhado de um outro homem de cabelos castanhos, olhos castanhos e com um terno preto. Eles nos observam curiosos, mas o de cabelos loiros fica com uma cara mais assustada observando Brithany.

- Está tudo bem aqui, Brithany? - ele fala

- Ah, pai! - Ela fala falhando a voz olhando para mim - Está sim...

Ah, esse é o diabo que mimou essa menina...

Ele se volta para mim que estou com os olhos semiabertos mas atento a tudo que a menina faz e fala. De repente, o homem diz:

- Qual seu nome, rapaz?

- Adam Salles. - levanto minha mão como formalidade.  

Ele se volta para a menina que estava esperando a resposta do pai igual a mim, ele se volta para mim olhando meu terno, cabelos, estava me analisando, vendo se realmente sou rico para pisar os pés nesta empresa e depois diz:

- Prazer, me chamo John Smith. - Ele começa apertando minha mão como forma de apresentação com um sorriso - Vou preparar um jantar á vocês dois

- O que?! - Eu e Brithany falamos ao mesmo tempo se entreolhando.

- Pai! O Adam é um consultor financeiro que apenas errou de empresa e... - Brithany tentou.

- Amanhã a noite. - Ele insistiu com um sorriso para mim - Aceita? 

Fico em silencio por alguns segundos  quase sem reação, mas mesmo assim tentando manter a formalidade, ele me ajudou mais do que pensa:

- Certo. - apenas isso sai da minha boca mas deixa o homem satisfeito.

Ele sai de nossas frentes caminhando devagar junto ao outro homem começando a conversa novamente, observo a reação de Brithany, irritada:

- Porque você aceitou ir a um jantar comigo? 

Fico em silencio, apenas observando seus cabelos loiros que iluminavam o local, mas rapidamente invento uma resposta:

- De minha parte faltaria civilidade se dissesse não  - Termino com um sorriso sedutor. - e também não haveria algum compromisso amanhã a noite. 

Ela suspira enquanto se dirige para sair de minha frente. 

- De qualquer forma...Vá embora, Adam!

Quando ela sai de minha vista, uso meu microfone para me comunicar com Dalton, um dos meus amigos que está me ajudando a realizar meu trabalho. Preciso chama-lo para falar com ele.

                                                .'°'.                                .'°'.                                  .'°'.

- Dalton... - Digo de dentro do carro ao lado de fora - Vamos traçar um novo plano.

- O que aconteceu? - Ele pergunta em um tom de piada - Se apaixonou pela menina e não conseguiu terminar o serviço?

Silencio.

- Não, nada disso - Digo aliviando-o - Não brinque com a morte.

- Hã...certo. - Ele diz sem entender - Qual o plano?

Faço um sorriso no canto do rosto deixando ele com um outro desconfiado:

- Conheço essa cara...desde o dia em que deu uma de rebelde e saiu de casa, Dexter. Oque está pensando?

Fecho a cara de repente olhando para ele com uma cara de "precisava disso?":

- Não fale de minha vida assim, Dalton... - Ele fica em silencio - Não somos tão próximos.

- Qual é Dexter! Nos conhecemos na mesma idade, somos quase como irmãos. A diferença é que você atira e eu fujo.

Sorrio para ele, realmente somos quase irmãos:

 - Posso confiar em você, certo?

De repente ele quebra os dois rastreadores ao nosso lado sorrindo enquanto fico surpreso;

- Porque você fez isso, Dalton?

- Você vai contar um segredo, certo? Ninguém precisa ouvir. Em mim você pode confiar.

- Como você é idiota, cara - Coloco uma mão no rosto rindo mas depois tiro - Eu sei que posso confiar em você, passamos anos lado a lado, sempre me ajudou em tudo. O tom vai te matar, sabe como é caro essas tecnologias. Mas preciso te perguntar uma coisa antes de te contar o plano. 

Dalton fica em silencio preocupante, de certa forma, ele nunca recebeu uma pergunta como a que vou fazer:

- Olha...se alguma coisa nesse plano falhar sem volta... - começo fazendo-o ficar surpreso - Não me esqueça ou me abandone, está bem? Eu sempre volto. 

Ele sorri confiante:

- Posso não ser o amigo exemplar, porém, nunca abandono alguém quando precisa de mim. - Ele sorri e eu também - Me conte o seu plano.

Nunca precisei de ninguém e nem precisarei, mas quem sabe um dia, Dalton seja útil?

Dou um sorriso no canto do rosto para ele que se prepara para ligar o carro e ouvir minha ideia.

                                              Esse jantar vai ser perfeito para o meu sequestro    

TUDO OU NADAOnde histórias criam vida. Descubra agora