Toque físico | Samo

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As linguagens do amor (Parte 3)

Era uma tarde ensolarada, o raro tempo livre que o grupo TWICE tinha conseguido entre ensaios e gravações. As meninas tinham decidido relaxar no dormitório, mas Sana e Momo, que sempre preferiam algo mais íntimo e calmo, haviam se retirado para o terraço do prédio. A vista de Seul ao pôr do sol era incrível, mesmo depois de anos morando nesse novo país as duas nunca se cansavam.

Sana, aninhada no peito de Momo, fechou os olhos e respirou fundo, absorvendo o conforto daquele momento. Momo traçava padrões leves nas costas de Sana com a ponta dos dedos, um toque tão sutil, mas que fazia Sana se sentir mais amada do que qualquer outra coisa. Cada carícia era um lembrete silencioso de que, ali, naquele espaço compartilhado, elas estavam seguras.

— Eu estava pensando... — Sana começou, sua voz baixa, quase um sussurro. — Quando foi que você percebeu que a gente tinha essa... conexão? — Ela levantou um pouco a cabeça para olhar para Momo, curiosa. Sana gostava de revisitar esses momentos, de relembrar como tudo começou.

Momo parou por um instante, sorrindo enquanto pensava. Havia tantas pequenas memórias que a faziam perceber como sua relação com Sana havia crescido ao longo do tempo. — Acho que foi naquele dia em que você estava triste por causa daquelas críticas depois de um dos nossos shows. Lembra? — Momo perguntou, seus olhos fixos nos de Sana.

Sana assentiu levemente, se lembrando perfeitamente. Havia sido um dia difícil, e ela estava se sentindo insegura, preocupada com o que as pessoas pensavam dela. — Eu lembro... você veio até mim sem dizer nada, só me deu aquele abraço... e de repente, tudo parecia ficar bem.

— Exatamente. — Momo passou os dedos suavemente pela bochecha de Sana. — Eu não sabia o que dizer naquela hora, mas sabia que você precisava de mim. E acho que foi ali que entendi que, pra nós duas, só estar perto já era o suficiente. O jeito como você se acalmou nos meus braços... Eu soube que era isso que nós precisávamos, mais do que qualquer palavra.

Sana sorriu, tocada pela lembrança. Ela sempre soube que Momo tinha esse efeito sobre ela. Mesmo nos momentos mais turbulentos, um simples abraço de Momo fazia o mundo parecer menos caótico.

— Desde então, sempre que estou com você, sinto que tudo fica mais fácil. — Sana admitiu, sua voz suave e cheia de carinho. — Seu toque me faz lembrar que, não importa o que aconteça, eu tenho você.

Momo puxou Sana para mais perto, as mãos repousando nas costas dela, sentindo a familiaridade do corpo da namorada contra o seu. — E você sempre vai ter. — Momo murmurou, sua voz firme, mas repleta de ternura. — Eu sempre vou estar aqui, do jeito que você precisa.

Sana se inclinou para beijar Momo, um gesto suave, mas cheio de significado. Elas sempre encontravam conforto nesses pequenos gestos, sabendo que ali estava toda a segurança e amor de que precisavam.

Após o beijo, Sana se aconchegou novamente no peito de Momo, fechando os olhos. Elas ficaram em silêncio por um tempo, ouvindo apenas o som da respiração uma da outra e o leve zumbido da cidade abaixo. Momo, com os dedos ainda desenhando padrões preguiçosos na pele de Sana, pensava em como aquele amor silencioso e físico havia transformado sua vida. Ela, que nem sempre conseguia se expressar com palavras, sentia que, com Sana, o toque era a linguagem perfeita.

— Você sabe, Sana — Momo começou, sua voz tranquila, mas séria. — Eu nunca fui de dizer muito, mas com você, eu sinto que não preciso. Só de te tocar, sinto que posso te mostrar tudo o que sinto. É como se nossos corpos entendessem o que as palavras não conseguem explicar.

Sana sorriu, concordando completamente. — Eu sinto o mesmo, Momo. Cada vez que você me segura, eu sei que estou segura, que sou amada. E isso... — Ela parou por um momento, refletindo sobre suas próprias emoções. — Isso é tudo pra mim.

A noite envolvia as duas, e o frio que começava a surgir foi suavizado pela proximidade entre elas. Momo passou os braços em volta de Sana, puxando-a ainda mais para si, como se quisesse protegê-la do mundo lá fora. E, na verdade, era exatamente isso que Sana sentia: proteção, cuidado, e um amor tão profundo que não precisava de explicações. Apenas a presença uma da outra era o suficiente.

— Podemos ficar assim para sempre? — Sana sussurrou, sua voz suave e levemente sonhadora.

Momo riu baixinho, beijando a testa de Sana com carinho. — Sempre que você quiser. — Ela respondeu, com a certeza de que, mesmo nos dias mais difíceis, elas sempre encontrariam força nesse tipo de conexão única.

Ali, envoltas uma nos braços da outra, Sana e Momo sabiam que, enquanto estivessem juntas, o amor que compartilhavam seria forte o suficiente para enfrentar qualquer desafio. Porque, para elas, o simples ato de estar perto, de sentir a presença física uma da outra, era a forma mais poderosa de amar.

Twice Love Imagines (gxg)Onde histórias criam vida. Descubra agora