Presentes | Chaeyoung

80 4 0
                                    

As linguagens do amor (Parte Final)

Chaeyoung observava as luzes da cidade piscando pela janela do carro enquanto voltava para o dormitório. A semana havia sido pesada para todas elas. Ensaios sem fim, compromissos ininterruptos e a constante pressão que vinha com a fama. Ela sabia que suas companheiras de grupo estavam exaustas, assim como ela. Nos últimos dias, o clima no dormitório estava pesado, como se uma nuvem de cansaço e tensão pairasse sobre elas.

Suspirando, Chaeyoung fechou os olhos por um momento, tentando encontrar uma forma de aliviar esse peso que todas carregavam. Cada integrante tinha suas próprias maneiras de lidar com o estresse, mas Chaeyoung sabia que as palavras não eram sua melhor ferramenta. Para ela, expressar o amor e a gratidão que sentia por suas amigas sempre foi através de gestos — e de presentes.

No dia seguinte, enquanto as outras se preparavam para mais um dia exaustivo, Chaeyoung acordou mais cedo que o habitual. Ela saiu sem fazer barulho, decidida a encontrar algo que pudesse trazer um pouco de alegria àquelas que, para ela, eram mais do que colegas de trabalho; eram sua família. Caminhando pelas ruas de Seul, ela passou por lojas e mercados, procurando por pequenas lembranças que pudessem transmitir um pedaço do amor que sentia por cada uma delas.

Ela começou com Nayeon, a mais velha do grupo. Nayeon, que sempre parecia tão forte e confiante, mas que Chaeyoung sabia carregar o peso de ser uma figura de referência para todas. Em uma pequena loja de artigos vintage, Chaeyoung encontrou um diário de capa de couro com detalhes em dourado. "Ela gosta de escrever", pensou. "Talvez isso a ajude a descarregar um pouco do que sente."

Para Jeongyeon, que tinha enfrentado suas próprias batalhas nos últimos meses, Chaeyoung comprou uma pulseira simples, mas com uma pedra azul delicada, que representava tranquilidade. "Ela precisa de paz", refletiu, desejando que aquele pequeno objeto pudesse, de alguma forma, ser um símbolo de serenidade.

Momo e Sana eram mais complicadas de agradar, mas ela sabia que as duas adoravam qualquer coisa que fosse fofa e reconfortante. Encontrou um par de pantufas macias em forma de animais para cada uma. "Algo simples, mas que faça elas se sentirem aconchegadas, como se estivessem em casa", pensou.

Já Mina, sempre tão calma e introspectiva, parecia mais distante do que o habitual naquela semana. Chaeyoung sabia que a solidão às vezes se infiltrava em Mina, mesmo quando ela estava cercada pelas outras. Para ela, escolheu um pequeno quadro com uma pintura delicada de uma bailarina, uma lembrança sutil da elegância e da força silenciosa que Mina carregava.

Quando chegou a vez de Dahyun, Chaeyoung pensou em algo mais prático. Sabia que Dahyun adorava cuidar de suas coisas e sempre tinha um caderno ou uma agenda por perto. Em uma loja de papelaria, encontrou um conjunto de canetas coloridas e um novo caderno de capa dura. "Ela sempre está cheia de ideias", pensou, "isso vai ajudá-la a manter as coisas organizadas, mesmo quando o caos parecer insuportável."

Por fim, Tzuyu. Chaeyoung sabia que a maknae também se sentia pressionada, apesar de muitas vezes não demonstrar. Decidiu comprar um colar simples com um pingente de estrela, algo que pudesse lembrar Tzuyu de que, apesar da juventude, ela já brilhava intensamente.

Com as mãos cheias de sacolas, Chaeyoung voltou para o dormitório no final da tarde. As outras integrantes estavam espalhadas pela sala de estar, exaustas após mais um longo dia. O ambiente estava silencioso, as conversas esparsas e sem a habitual leveza que costumava preencher o espaço. Chaeyoung entrou devagar, com o coração acelerado, mas determinada a trazer um pouco de luz àquela noite.

— Eu... trouxe algumas coisas para vocês — ela disse, interrompendo o silêncio. Todas se viraram para olhá-la, curiosas e um pouco confusas.

Sem dizer mais nada, Chaeyoung começou a entregar os presentes, um por um, explicando calmamente por que tinha escolhido cada um.

— Nayeon unnie, sei que você gosta de escrever quando precisa colocar os pensamentos em ordem. Espero que isso ajude.

Nayeon, surpreendida, segurou o diário com delicadeza, seus olhos suavizando enquanto passava os dedos pela capa. — Obrigada, Chaeng... eu vou usar.

— Jeongyeon unnie, para você... uma pulseira. Eu sei que os últimos meses têm sido difíceis, então achei que algo que trouxesse tranquilidade seria bom.

Jeongyeon sorriu fraco, tocando a pulseira e sentindo o peso das palavras de Chaeyoung. — É linda. Vou usar sempre.

Chaeyoung continuou a entregar cada presente, observando como a expressão de cada uma delas mudava, suavizando-se à medida que recebiam os pequenos gestos de carinho. Momo e Sana riram juntas ao experimentar as pantufas, e Mina sorriu melancolicamente ao ver a bailarina no quadro.

Quando finalmente entregou o colar para Tzuyu, a mais nova olhou para ela com olhos brilhando de surpresa e emoção. — Você sempre sabe o que dizer, mesmo quando não diz nada — disse Tzuyu, abraçando Chaeyoung com força.

O silêncio que antes parecia pesar agora se tornava mais leve, preenchido com um calor silencioso e reconfortante. As meninas começaram a conversar mais, os sorrisos voltando devagar aos rostos cansados. Chaeyoung se sentou ao lado delas, finalmente se permitindo relaxar.

Não foi apenas o ato de dar presentes que fez a diferença naquela noite, mas o que cada um representava: uma pequena lembrança de que, apesar do caos e das dificuldades, elas sempre estariam lá uma para a outra. Mesmo nos momentos mais difíceis, o amor e o cuidado delas nunca deixariam de ser a força que as mantinha unidas.

~

esse é o fim dessa mini série sobre as linguagens do amor que eu acredito que as membros do twice tem!!

muito amor por aqui

Twice Love Imagines (gxg)Onde histórias criam vida. Descubra agora