Naquela noite, fiquei pensando no vizinho por um longo tempo. Ele era bem bonito, até que era... Fofo, também. O sorrisinho dele era admirável.
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02/01/1999 (03:00 AM)
Eu não conseguia dormir direito, sempre vinha a imagem dele em minha mente. Jeongin até notou o quão inquieto eu estava, mas o bobão não fez nada, nem disse uma palavra sequer... Enfim, irmãos.
(08:45 AM)
Eu não consegui dormir muito, então me levantei da cama bem cedo. Fui para a cozinha, ao menos para beber água. Depois de beber, pude ouvir alguém bater à porta. Ninguém, além de mim, está acordado em casa. Fui até a porta, para atender quem era. Quando abri, mal pude acreditar, era o meu vizinho, com os cabelos quase cobrindo os olhos, ele exalava um perfume de grife, só não sei qual era.
- Bom dia. - eu disse, meio tímido.
- Bom dia. - ele mostrou uma bola toda acabada, com várias marcas de mordidas. - Isso é, digo, era seu?
Me lembrei da bola que havia caído no quintal dele, então suspirei.
- Era minha, sim. - disse com um sorriso.
- Poxa... Sinto muito, o Mike acabou com ela. Eu posso te dar outra, se quiser.
"Uma bola nova, vindo de um cara lindo desses? Eu seria burro de recusar, não?"
- Ah, não precisa se preocupar com isso. - tentei ser educado.
- Eu insisto, vizinho. - ele estendeu uma das mãos. - Me chamo Han Jisung. E você?
Tbm estendi a mão, fazendo um aperto amigável.
- Lee Min-ho, mas me chamam de Lee Know.
- Posso lhe chamar de Lino?
"Apelido novo?... Cacete, já amei esse cara."
- Pode, sem problemas. - sorri.
- Amanhã eu te trago a bola, pode ser? Daí a gente já estreia ela, que tal? - a animação era bem evidente em seus olhos, o que me fez dar uma risada.
- Está bem, eu chamo meus amigos também.
- Ótimo... Então tchau, Lino!
- Tchauzinho.
Ele sorriu antes de dar meia volta e partir. Ele descendo os pequenos degraus da varanda da frente foi tão... Nossa, eu estou ficando louco!
Subi para o quarto mais uma vez e troquei de roupa. "Será que meu pijama não estava bom? Ah... Olha o jeito que recebi alguém..."
(10:00 AM)
Há essa hora, eu não estou fazendo nada, apenas coçando o saco em cima do sofá enquanto vejo algo bobo na TV. Minha mãe desce as escadas, agora acordada (nossa, não me diga...).
- Já está de pé, querido? - ela perguntou, passando por mim.
- Faz tempo...
- E seu irmão? Ainda dorme?
- Ainda. - olhei para ela. - Posso dar uma volta?
- Para onde iria? - ela passa a mão pelos cabelos.
- Com os rapazes, na pracinha aqui do lado.
- Só volte cedo, está bem? - ela caminha em direção à cozinha.
- Tudo bem.
Peguei minhas chaves e parti.
(10:24 AM)
Cheguei na pracinha, não havia ninguém. Eu não marquei de me encontrar com eles, apenas queria fumar sozinho. Tirei a blusa e procurei pela cartela de cigarro nos bolsos. Quando ia acender um, Han apareceu. Eu joguei ele no meio do gramado da praça e guardando a cartela no bolso. Fiz tudo na pressa que quase me esqueci do esqueiro. Ele se aproximou.
- Olá novamente, Lino. Parece agitado, aconteceu algo?
- Oi. Não, não aconteceu nada, meu caro. - eu disse, rindo de nervoso.
Tá que eu poderia fumar tranquilo, mas não quero começar com uma imagem de quem é fumante (mesmo que eu seja um), ainda mais por ele, que é todo meigo com as coisas.
- É mesmo? - ele me analisou com o olhar. - Sabia que eu suspeito de garotos? - ele deu uma risada.
- O que que tem isso?
Ele se aproximou, logo deu um sorriso.
- Nada não. - ele se afastou. - Preciso ir nessa, até mais, Lino.
Antes de eu falar algo, ele já estava indo embora, como se não houvesse dito nada demais. Dei de ombros e acendi um cigarro, já tragando ele.
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𝑫𝒊𝒂́𝒓𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝑽𝒂𝒈𝒂𝒃𝒖𝒏𝒅𝒐 - ℳ𝒾𝓃𝓈𝓊𝓃𝓰
Romance"Lee Know revisita suas memórias de 1999, registrando em seu diário os desafios e descobertas de seus 16 anos. Entre as páginas, ele narra suas aventuras, amizades e os momentos que moldaram sua juventude. Além disso, ele conta com emoção sobre o se...