~Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 4~

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Naquela noite, fiquei pensando no vizinho por um longo tempo. Ele era bem bonito, até que era... Fofo, também. O sorrisinho dele era admirável.

02/01/1999 (03:00 AM)

Eu não conseguia dormir direito, sempre vinha a imagem dele em minha mente. Jeongin até notou o quão inquieto eu estava, mas o bobão não fez nada, nem disse uma palavra sequer... Enfim, irmãos.

(08:45 AM)

Eu não consegui dormir muito, então me levantei da cama bem cedo. Fui para a cozinha, ao menos para beber água. Depois de beber, pude ouvir alguém bater à porta. Ninguém, além de mim, está acordado em casa. Fui até a porta, para atender quem era. Quando abri, mal pude acreditar, era o meu vizinho, com os cabelos quase cobrindo os olhos, ele exalava um perfume de grife, só não sei qual era.

- Bom dia. - eu disse, meio tímido.

- Bom dia. - ele mostrou uma bola toda acabada, com várias marcas de mordidas. - Isso é, digo, era seu?

Me lembrei da bola que havia caído no quintal dele, então suspirei.

- Era minha, sim. - disse com um sorriso.

- Poxa... Sinto muito, o Mike acabou com ela. Eu posso te dar outra, se quiser.

"Uma bola nova, vindo de um cara lindo desses? Eu seria burro de recusar, não?"

- Ah, não precisa se preocupar com isso. - tentei ser educado.

- Eu insisto, vizinho. - ele estendeu uma das mãos. - Me chamo Han Jisung. E você?

Tbm estendi a mão, fazendo um aperto amigável.

- Lee Min-ho, mas me chamam de Lee Know.

- Posso lhe chamar de Lino?

"Apelido novo?... Cacete, já amei esse cara."

- Pode, sem problemas. - sorri.

- Amanhã eu te trago a bola, pode ser? Daí a gente já estreia ela, que tal? - a animação era bem evidente em seus olhos, o que me fez dar uma risada.

- Está bem, eu chamo meus amigos também.

- Ótimo... Então tchau, Lino!

- Tchauzinho.

Ele sorriu antes de dar meia volta e partir. Ele descendo os pequenos degraus da varanda da frente foi tão... Nossa, eu estou ficando louco!

Subi para o quarto mais uma vez e troquei de roupa. "Será que meu pijama não estava bom? Ah... Olha o jeito que recebi alguém..."

(10:00 AM)

Há essa hora, eu não estou fazendo nada, apenas coçando o saco em cima do sofá enquanto vejo algo bobo na TV. Minha mãe desce as escadas, agora acordada (nossa, não me diga...).

- Já está de pé, querido? - ela perguntou, passando por mim.

- Faz tempo...

- E seu irmão? Ainda dorme?

- Ainda. - olhei para ela. - Posso dar uma volta?

- Para onde iria? - ela passa a mão pelos cabelos.

- Com os rapazes, na pracinha aqui do lado.

- Só volte cedo, está bem? - ela caminha em direção à cozinha.

- Tudo bem.

Peguei minhas chaves e parti.

(10:24 AM)

Cheguei na pracinha, não havia ninguém. Eu não marquei de me encontrar com eles, apenas queria fumar sozinho. Tirei a blusa e procurei pela cartela de cigarro nos bolsos. Quando ia acender um, Han apareceu. Eu joguei ele no meio do gramado da praça e guardando a cartela no bolso. Fiz tudo na pressa que quase me esqueci do esqueiro. Ele se aproximou.

- Olá novamente, Lino. Parece agitado, aconteceu algo?

- Oi. Não, não aconteceu nada, meu caro. - eu disse, rindo de nervoso.

Tá que eu poderia fumar tranquilo, mas não quero começar com uma imagem de quem é fumante (mesmo que eu seja um), ainda mais por ele, que é todo meigo com as coisas.

- É mesmo? - ele me analisou com o olhar. - Sabia que eu suspeito de garotos? - ele deu uma risada.

- O que que tem isso?

Ele se aproximou, logo deu um sorriso.

- Nada não. - ele se afastou. - Preciso ir nessa, até mais, Lino.

Antes de eu falar algo, ele já estava indo embora, como se não houvesse dito nada demais. Dei de ombros e acendi um cigarro, já tragando ele.

𝑫𝒊𝒂́𝒓𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝑽𝒂𝒈𝒂𝒃𝒖𝒏𝒅𝒐 - ℳ𝒾𝓃𝓈𝓊𝓃𝓰Onde histórias criam vida. Descubra agora