~Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 2~

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Bom... A festa de fim de ano foi razoável. Meu pai, meus tios e mais uns amigos dele estavam jogando dominó, enquanto meu avô dirigia a churrasqueira. Minha mãe e umas amigas fofocaram dos colegas de trabalho. Jeongin jogava bola com os nossos primos e eu... Bom, trancado no quarto (como sempre), só sai para comer e ir ao banheiro.

Eu não queria estar nessa festa, é a coisa mais chata do mundo, pior é que ela rola todo ano... Quando as pessoas começaram a ir embora, eu já saí correndo do quarto para poder jogar um pouco com Jeongin, aliás, eu só gosto de brincar se for com ele.

01/01/1999 (09:00 AM)

- Aonde vai, meu filho? - pergunta minha mãe, me vendo pôr um casaco (o qual eu só uso para ir fumar, mas ela não sabe).

- Vou me encontrar com os meninos. - eu pego o meu pequeno molho de chaves.

- Volte antes do almoço, querido. - ela diz, com um tom amoroso.

- Pode deixar, mãe! - respondo, enquanto fecho a porta atrás de mim.

Lá fora, o ar fresco da manhã me envolve, e eu caminho em direção ao ponto de encontro habitual. Enquanto caminho, meus pensamentos vagam. Penso nos amigos, nas conversas que teremos e, claro, no cigarro que me espera. Chegando ao local, (cujo era uma pequena ponte, próxima a um lindo rio, com roseiras por todo o canto) avisto Hyunjin, Felix, Changbin e Seungmin conversando, enquanto Bangchan já acendia seu cigarro. Me aproximo deles.

Nós conversamos por um bom tempo, fumando e rindo das piadas toscas que Felix fazia. Já eram quase 11 horas da manhã, e nós estávamos bem tranquilos.

- Vocês têm hora pra chegar em casa? - perguntou Bangchan, olhando o rio, enquanto dava batidinhas com o dedo no cigarro, deixando a bituca cair.

- Pior que eu tenho... - diz Hyunjin, dando uma última tragada antes de apagar o cigarro.

- Acho que todos nós temos, você quem é a idosa que vive na rua jogando bingo. - disse Seungmin, para o Bangchan.

Eles soltam uma risada conjunta. Eu também iria rir, mas então, quando apago o cigarro, me lembro que não tirei o casaco.

- Merda... - murmuro para mim mesmo.

- O que foi? - perguntou Felix, que estava ao meu lado.

- Eu não tirei o casaco antes... Como eu vou para casa com cheiro de cigarro?

- Caceta... - ele também murmura baixo. - Quer o meu casaco emprestado?

- Daí eu vou ficar com o seu cheiro, sabe como a minha mãe é...

- Ah, verdade... - ele apaga o cigarro.

- E o dinheiro que eu te emprestei? - perguntou Bangchan, com um olhar de deboche, de braços cruzados. - Enfiou aonde?

- Na goela, só se for. - Changbin diz, rindo.

- Eu preciso guardar, cara. - eu digo. - Nunca se sabe quando realmente irei precisar usá-lo...

𝑫𝒊𝒂́𝒓𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝑽𝒂𝒈𝒂𝒃𝒖𝒏𝒅𝒐 - ℳ𝒾𝓃𝓈𝓊𝓃𝓰Onde histórias criam vida. Descubra agora