Aquele dos pingos nos i's

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Regina estava em silêncio no banco do passageiro. Ela não precisava passar o endereço para Emma já que ela ainda se lembrava perfeitamente de onde era o antigo apartamento delas. Ela conseguiria fazer o caminho de olhos venddos se necessário.

Não foi a melhor decisão de ter aquela conversa naquele lugar.

Regina retirou a chave da bolsa e acenou para o porteiro do prédio.

-Menina Emma! Meu Deus, quantos anos eu não te vejo por aqui. Como você tá?

-Oi, Joseph. -Swan sorriu. -Eu vou bem e o senhor?

-Melhor agora. -ele sorriu tão grande que Regina já previa exatamente o que viria a seguir. -Então as duas se acertaram depois de todos esses anos?

-Ih, seu Joseph...essa mulher aqui já casou e teve filhos. Pra mim ela não volta mais não. -Mills deu uma risadinha e o senhor negou com a cabeça com um sorriso sem graça.

-Só você para fazer piada com essa tipo de coisa, cantorinha. -o senhor se despediu das duas que seguiram até o elevador.

-Precisava? -Emma cruzou os braços e se encostou na parede de metal.

-Você quem pediu para conversar, Emma. -Regina estava impaciente e ficando cada vez mais ansiosa. -E esse é o único lugar que eu sei que podemos conversar à vontade.

-Mas se for para ser passiva-agressiva assim eu prefiro ir embora.

-E você quer que eu seja como? Pacifica? Calma? Tranquila? Ah, Emma, vai se foder! -Regina ergueu os braços para cima. -Eu tenho cara de palhaça por um acaso?

-Regina, pelo amor de Deus. -Swan tentou tocar o braço da mais nova.

-Se você me pedir calma, Emma…juro que dou um jeito de despencar esse elevador com nós duas dentro.

A porta de metal se abriu e as duas saíram de lá caminhando em direção ao apartamento.

Emma não pisava os pés ali desde a última vez que o deixou. Sequer sabia se Regina o tinha ou não vendido.

Sua maior surpresa foi o fato de entrar naquele lugar e mesmo depois de dez anos ele ainda parecer o mesmo. Tudo ainda era a mesma coisa ali. Swan sentiu seu coração parar por alguns segundos.

-Você não mudou nada.

-Não. -Regina girou a chave na porta a trancando. -Eu fui muito feliz aqui apesar de tudo.

Emma não disse mais nada e esperou Regina voltar a se mover pelo apartamento para saber o que fazer me seguida. Ela sentia como se aquilo ali não lhe pertencesse mais, mesmo sendo uma parte importante e significativa da sua vida. Mesmo já tendo sido seu lar em algum momento.

-Deve ter um chá e água aqui. Você quer? -Regina coçou a cabeça ainda incomodada com aquela situação.

-Não, eu tô bem.

-Senta aí que eu vou pegar uma água para mim.

Emma fez o que a mulher disse e se sentou no sofá. Quando Regina voltou Emma tentou se levantar mais uma vez, apenas por não saber como se comportar. Regina levantou uma das mão mandando ela parar e sentou-se junto dela.

-Pode falar.

-Você não tá bêbada? -Emma apresentava uma preocupação genuína. -Não quero conversar com você desse jeito.

-Emma, vamos só direto ao ponto? -Regina colocou o copo na mesinha de centro. -Eu não bebi o suficiente pra ficar bêbada desse jeito. Então, fala logo.

-Eu não quero brigar, Gi. -Emma passou as duas mãos suadas pelo vestido. -Eu só quero que possamos esclarecer tudo. Estávamos bem trocando mensagem mais cedo…

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⏰ Última atualização: Sep 24 ⏰

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