๋࣭𑜷 ˖ ━━ 𝑪𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐈𝐍𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐓𝐄𝐃
prologue; the lucid dream.⊹₊┈ㆍ┈ㆍ┈ㆍ୨୧ㆍ┈ㆍ┈ㆍ┈₊⊹
O ANOITECER trazia consigo uma frieza cortante, tornando o ar pesado e cristalino, como se cada respiração trouxesse consigo o gélido toque do inverno. A cada passo, o chão rangia e estalava sob os pés descalços dos jovens, e o vento, cortante como lâminas invisíveis, sussurrava pelos galhos secos das árvores desnudas. O céu, mergulhado em um azul profundo, começava a se salpicar de estrelas cintilantes, mas a beleza da noite não oferecia alívio contra o frio implacável que tomava conta de tudo.
Na Vila das Bruxas, o vento gelado roçava os rostos pálidos das crianças, que já se apressavam para dentro de suas cabanas. As menores seguiam rapidamente, com os mais velhos encarregados de garantir que todas estivessem em segurança nas poucas moradias dispersas na floresta densa. A brisa trazia consigo não apenas o frio, mas também um silêncio tenso, como se algo, além do inverno, espreitasse entre as sombras da noite que se adensava ao redor.
Após certificar-se de que todas as crianças estavam seguras dentro dos pequenos chalés, os mais velhos do vilarejo viraram as pedras que adornavam o chão e se dirigiram aos seus próprios abrigos.
Walpurga, acompanhada pelos outros jovens, dividiu-se entre os dois chalés disponíveis: as garotas se acomodaram em um e os garotos em outro. Embora não houvesse restrições para se misturarem, havia um conforto em manter-se separados, como se a divisão lhes conferisse uma identidade mais forte e um senso de comunidade.
A albina já se sentia arrastada pelo cansaço, pois, ao longo do dia, havia se dedicado a uma infinidade de tarefas junto aos outros habitantes da vila. Quando finalmente chegou ao chalé, mal tinha forças para se manter de pé. Depois de se banhar e alimentar os membros da comunidade, também se alimentou rapidamente, antes de se entregar aos estudos sobre o culto a Hécate, a deusa que personificava a bruxaria, a necromancia e as encruzilhadas. Por fim, vencida pelo sono, Walpurga desabou sobre o colchão, quase desmaiando, os olhos se fechando lentamente, até que a escuridão a envolvesse completamente.
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(the 1st dream point of view)WALPURGA SENTIU seu corpo doer, como se tivesse caído em algum lugar desconhecido. Durante alguns segundos, acreditou ter experimentado um de seus episódios de sonambulismo, despertando apenas após uma queda ou um impacto súbito. Contudo, logo percebeu que não era um mero acidente, mas sim que se encontrava em um sonho lúcido, onde a linha entre a realidade e a ilusão se tornava indistinta.
A albina se levantou do gramado que estava caída, começando a observar os lados, tentando pensar qual seria o sentindo do sonho. Sempre teve sonhos com significados, então teria que tentar descobrir o significado desse também.
Walpurga começou a se locomover em direção à floresta, onde avistou a silhueta de dois garotos: um maior e um menor, ambos imersos na penumbra. Além deles, uma outra figura flutuava na bruma, indistinta e etérea, como se estivesse sob um feitiço de invisibilidade. A atmosfera estava carregada de murmúrios, palavras soltas e desconexas que ecoavam em sua mente: "traição"; "Cronos"; "não ligam para a gente"; "a lenda das bruxas"; "oráculo"; "a árvore dos pecadores".
Enquanto tentava assimilar o que ouvia, a confusão a envolvia como um manto pesado, dificultando sua compreensão. De repente, uma sensação estranha a atravessou, e, antes que pudesse reagir, sentiu seu corpo ser sugado para dentro de um buraco negro, como se o chão tivesse se aberto sob seus pés. Ao cair, percebeu que a escuridão estava repleta de água vermelha, que a envolvia como um líquido espesso, quente e opressivo, enquanto a pressão aumentava ao seu redor, tornando sua respiração um desafio.
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WALPURGA DESPERTOU subitamente, seu coração batendo acelerado e sua pele coberta por suor frio, apesar de o sonho não ter se transformado em um verdadeiro pesadelo. O impacto de sua queda no vazio a havia assustado o suficiente para tirá-la daquele estado onírico.
Ela respirou fundo, tentando se acalmar enquanto seus olhos se ajustavam à escuridão do chalé. O silêncio era denso, quebrado apenas pelo som distante do vento sibilando entre as árvores do lado de fora. Ainda era noite, e, ao espiar pela janela, Walpurga estimou que deveria ser por volta de duas ou três da manhã, julgando pela posição da lua.
OO1 — marcação: wndgrimes_ ; sadiewife ; thaybushnell ; invynop ; xxx_Amber ; iovecass ; ANAAIKOy
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𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐈𝐍𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐓𝐄𝐃 REESCRITA (Luke Castellan)
Fanfiction━━┆ 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐈𝐍𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐓𝐄𝐃 ) ❝ Walpurga Schwasz é a última descendente de uma antiga linhagem de bruxas, nascida na Alemanha em 1982. Com sua aparência etérea - cabelos louro-platinados e olhos roxos com policoria -, ela carrega tanto...