Capítulo 2

567 40 26
                                    

NOTA: A cena de referência para este capítulo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NOTA: A cena de referência para este capítulo. Penso em escrever este momento completo desde o fim da S3 e finalmente consegui colocar no "papel". Espero que gostem!

Deusa, a teus pés a flor das minhas crenças, ponho!
Mulher, eu te procuro, eu te amo, eu te desejo!
Para a tua nudez, – a olhar do meu Sonho,
Para a tua volúpia, o fogo do meu beijo.

Divina e humana, impura e casta, o olhar tristonho,
Cabelos soltos, corpo nu, como eu te vejo,
Dá-me todo o calor dos versos que componho
E enche-me de alegria a vida que pelejo.
(...)

Vênus - Assis Garrido


CAPÍTULO II

Penélope acordou num sobressalto e sentou-se na cama. Tivera um sonho ruim, um pesadelo que agradecia aos céus por não ser verdade. Ela suspirou profundamente, tentando acalmar seu coração acelerado, enquanto olhava para seu lindo marido adormecido ao seu lado. Em algum momento durante a noite, Colin os cobriu com o lençol e a puxou para perto para que dormissem abraçados.

Ela passou a mão por seu rosto, com suavidade porque não queria acordá-lo, pois sabia que devia estar exausto. Seu cabelo caía sobre a testa e Penelope resistiu a vontade de colocá-los no lugar. O peito de Colin subia e descia suavemente, a expressão era serena e ela não pôde evitar as lágrimas de alegria que vieram aos seus olhos ao constatar que seus piores medos e pesadelos não se concretizaram.

Teve medo que ele a deixasse, teve medo que seu amor não fosse o suficiente para Colin esquecer as escolhas duvidosas, mesmo que justificáveis, que havia feito ao longo dos anos. Se fosse preciso, Penelope viveria sem ele, mesmo que ela soubesse que Colin levaria consigo metade do seu coração. Mas ela estava disposta a abrir mão dele para protegê-lo, para garantir que ele ou sua família não fossem afetados pelas consequências de seus atos.

Agora sabia que o amor dele por ela era forte o bastante para permanecer ao seu lado, para enfrentar todas as dificuldades juntos. E também tinha certeza que esse amor cresceria a cada dia, porque nunca deixariam de alimentá-lo com carinho, afeto, respeito e cumplicidade.

Ela suspirou novamente, enxugando as lágrimas teimosas que caiam em seu rosto e voltou-se para a mesa de cabeceira procurando água, mas não encontrou. Colin não havia dado tempo para os criados fazerem seu trabalho, ela lembrou com um sorriso.

As velas que Colin acendera continuavam acesas, percebeu com preocupação. Não era nada seguro dormir com velas acesas, mas devido as intensas sessões de amor que vivenciaram nesta noite, ambos caíram exaustos nos braços um do outro e adormeceram quase que instantâneamente. Ruborizou ao tocar os lábios e se lembrar do quanto era prazeroso fazer amor com seu marido.

Penelope olhou para o relógio que marcava quatro da manhã. Estava com sede, mas não queria acordar nenhum criado para isto, então se levantou e procurou o robe azul florido para cobrir sua nudez. Amarrou-o com firmeza na cintura, pegou um candelabro pequeno de duas velas que ficava na escrivaninha e saiu descalça pelo corredor, se dirigindo para a cozinha.

Reconciliation Onde histórias criam vida. Descubra agora