As Seis Esposas de Viserys Targaryen

Bônus: As Filhas do Rei

Como primogênita e herdeira de Viserys, o peso da coroa sempre esteve presente nos ombros de Rhaenyra. Desde pequena, seu destino havia sido traçado, e cada passo que dava era em direção ao Trono de Ferro. Agora, observando o futuro próximo, ela sentia a pressão crescente. Seus filhos, Maenar, Gaemon, Rhaenor, Daella e Visenya, já eram peças no grande tabuleiro de poder, assim como os outros membros da Casa Targaryen.

Rhaenyra não poderia negar o amor que tinha por seus irmãos, especialmente por Vhaelyra, sua irmã mais próxima em idade e que, apesar das diferentes jornadas, sempre a compreendeu melhor do que qualquer outro. Vhaelyra sempre fora mais tranquila, mais serena, talvez por ter encontrado uma felicidade genuína no deserto de Dorne, enquanto Rhaenyra se via presa na intricada teia política da corte de Porto Real.

Ainda assim, Rhaenyra sabia que seus laços familiares eram frágeis. As alianças, os casamentos arranjados, tudo fazia parte de um grande jogo para assegurar o trono. As promessas de casamento para Baela e Rhaena, as filhas de sua falecida madrasta Laena, com seus próprios filhos, Maenar e Gaemon, eram um lembrete constante de que sua própria felicidade, assim como a delas, nunca fora o foco. Ela precisava garantir a estabilidade de sua reivindicação ao trono, e isso significava manter sua família unida, mesmo que o amor verdadeiro fosse um luxo que poucos de sua linhagem podiam permitir-se.

Olhando para o horizonte de Pedra do Dragão, onde seus dragões ainda voavam livres, Rhaenyra se perguntou se algum dia seria possível encontrar paz no reino que lutava tanto para proteger.

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Vhaelyra sempre foi a sombra tranquila de sua irmã Rhaenyra, mas em seu coração, ela encontrara uma liberdade que poucas de sua linhagem haviam experimentado. Seu casamento com o Príncipe Qoren Martell de Dorne havia sido, contra todas as expectativas, uma fonte de verdadeira felicidade. A terra quente e ensolarada de Dorne lhe ofereceu uma nova vida, longe da frieza das intrigas da corte de Porto Real.

Qoren havia sido um marido apaixonado, e juntos, eles tiveram três filhos: Aliandra, Qyle e Coryanne. Cada um deles trazia em si um pouco das duas culturas que representavam: a força implacável dos Targaryen e o orgulho resistente dos Martell. Mas agora, casada novamente com Sor Harwin Strong, herdeiro de Harrenhal, Vhaelyra sentia que o destino a chamava de volta para o centro do poder.

Seus filhos com Harwin, Harrion e Rodrik, eram mais jovens, mas já começavam a se adaptar à dura realidade de serem Targaryens e Strongs ao mesmo tempo. Embora amasse seu novo marido, Vhaelyra sentia saudades de Dorne e de sua antiga vida. A paz que encontrara nas dunas de areia e no calor de Qoren parecia distante agora, substituída pela tensão das intrigas de Porto Real e pelas sombras que pairavam sobre o reino com a iminente morte de seu pai, Viserys.

Vhaelyra, porém, tinha um coração resiliente. Ela sabia que, ao lado de sua irmã Rhaenyra, juntas poderiam moldar o destino de Westeros, e garantir que seus filhos — seja os de Dorne ou de Harrenhal — tivessem um futuro seguro.

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Para Helaena, a vida sempre havia sido uma mistura de dever e sonhos interrompidos. Como filha de Alicent Hightower, Helaena era frequentemente deixada de lado, especialmente com a forte presença de Rhaenyra e suas reivindicações ao trono. No entanto, isso nunca a incomodou. Helaena tinha seu próprio mundo, feito de visões e sensações que pareciam fora do alcance da maioria. Ela sentia o futuro, às vezes o via em pequenos lampejos, mas raramente compartilhava essas visões, temendo que a chamassem de louca, como sua mãe frequentemente insinuava.

Agora prometida a Lorde Cregan Stark, de Winterfell, Helaena estava apreensiva, mas curiosa. Os Starks eram uma família diferente de todas as outras. O frio de Winterfell e a rigidez de seus modos a fascinavam de alguma forma, como se a terra do Norte pudesse, de alguma maneira, acalmar a agitação de sua mente. Cregan, com sua força calma e presença imponente, parecia ser alguém que poderia entender suas complexidades, ou ao menos respeitá-las.