CAPÍTULO 2. Aulas

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Visão de Sanemi Shinazugawa.

Agora apenas faltam 6 dias para o casamento com o menino, não estou pronto. Dizem que ele é belo e gentil, mas nunca me contam uma característica, regra estúpida.

Ontem eu fui na residência dos Tomioka e lá conversei com um empregado, ele era metido, insuportável. Genya fala que eu não posso tratar os outros assim sem nem ter um bom contato, mas ele não entende nada sobre a vida.

Ele é uma das únicas pessoas que está ansioso com o futuro casamento, vive falando do Tokito, isso me irrita e muito, muito mesmo.

O pior, ele ainda nem chegou na idade de casar mas vive dizendo os boatos que escutou. Coisas do tipo: Muichiro é desatento, calado, um pouco arrogante.

Mas tudo bem, afinal, é meu irmão.

Vou até a cozinha e vejo meus pais conversarem, então começo a escutar tudo com atenção.

“Por que sugeriu aulas para o Giyuu, Shizu?”

“Meu bem, é um homem.. Ele não saberá como tratar o nosso filho, entende?”

“Tanto faz, não importa mesmo.”

Eles só falam do Giyuu, não aguento mais. Vou fingir que não escutei.. Mas agora fiquei com uma pulga atrás da orelha, ele vai ter aulas? Uau.

Do que estão falando?— Digo encarando os dois em minha frente, fingindo curiosidade.

Não é nada, estávamos discutindo sobre sua roupa no casamento.— É, ela mentiu na cara dura, mas não posso a julgar, não deveria saber nada sobre o garoto.

Ah sim, entendi. Obrigado.— Saio rapidamente após minha fala, não gosto de atrapalhar meus pais, mas agora fico pensando no menino.. 

Merda, de novo me pego pensando nele, não gosto disso, pareço um adolescente apaixonado de filme americano, isso é totalmente estúpido!

Acho que vou sair e comer ohagis, são minha comida favorita, sou fascinado, acho que é uma das únicas coisas que eu gosto.

Vou para meu quarto, indo até meu armário e pegando uma roupa verde clara, não gosto de ter empregados para essas coisas, então briguei com meu pai até ele permitir que eu não tivesse nenhum.

Apenas coloco a roupa, passando um perfume, iria tomar banho assim que voltasse.

Saio de casa e fico andando atrás de algum comércio que venda ohagis.

Visão de Giyuu Tomioka.

Q. D. T.

Eu estou escutando uma moça de cabelos longos e pretos com duas borboletas em cada lado, ela fala sobre como tratar meu marido, é sério que eu cheguei a esse nível?

Trate seu marido com carinho, seja submisso a ele, acorde primeiro e faça o café da manhã, o sirva ainda na cama.— Ela era calma, se eu não me engano seu nome é Kanae Kocho.

Entendido.. Irei fazer tudo isso.— Estava cansado, escutei ela falar sobre isso horas e horas, já são oito horas da noite, preciso de um descanso.

Lembre-se de sempre estar arrumado para ele, não se vista de qualquer maneira, sempre arrume o cabelo, coloque acessórios e uma roupa da preferência dele.— Mais uma vez ela repetia, eu só quero ir para minha casa.

Uhum, nada de ser desajeitado, você já me disse isso, se eu não me engano..— Digo com minha cara fechada de sempre.

Ah sim, mil perdões.. Bem, acho que você já pode ir, amanhã venha aqui novamente, reforçarei tudo o que falei hoje.— Ela diz com um leve sorriso. Não creio que irei escutar tudo novamente, que droga.

Enfim, saio de lá quase caindo de cansaço, torço para não encontrar ninguém no caminho, já estou cansado o suficiente.

Começo a chutar uma pedra no meio do caminho, pensando um pouco sobre o casamento, estou realmente preocupado, eu vou ter que consumar o casamento com um homem..

Enquanto andava de cabeça baixa, senti meu corpo esbarrar com o de alguém, era aquele mesmo homem de ontem, ele me encarava com raiva.

Você esbarrou em mim de propósito é? Esqueceu que é só um empregadinho de merda?— Esse homem é tão estúpido que continua me chamando assim, bem, não direi quem eu realmente sou..

Perdão, vossa alteza.— Peço desculpas em um tom de ironia, ele parece se irritar mais ainda.

Quando eu me casar, você será o primeiro empregado que irei demitir.— Ele apertava o próprio punho, realmente tinha muita raiva de mim.

Faça isso se puder.— Eu não entendia quem ele era pra dizer tais coisas, afinal, pessoas de outros reinos não podem se intrometer nos outros.— Babaca.

Você me chamou do que?!— Vejo veias aparecendo em seu rosto, ele se irrita fácil até demais, insuportável.

Eu te chamei de babaca.— Encarava o mais alto sem medo algum, ele não poderia fazer nada comigo, bem, era isso que eu esperava.

Derrepente sinto um ar se aproximar no meu rosto, minha vista fica escura por segundos, meu rosto começou a doer instantaneamente, ele me deu um murro.

Você nunca mais ouse a me chamar assim!— O mesmo que me deu um murro apontava para minha cara, eu estava em choque.

Qual o seu problema?!— Não penso duas vezes, parto para cima dele, começando a puxar seu cabelo grisalho, que por sinal não era nada cuidado.

Começamos a brigar no meio da rua, sei que não é algo elegante para a realeza, mas ele realmente me irritou! E olha que eu não sou de me estressar facilmente.

No final, fomos separados pelo mesmo garoto de moicano (por sinal, ele tinha um pedaço generoso de melancia em suas mãos no momento que nos viu) que havia acompanhado o outro quando tiveram que ir atrás de meus pais.

Aniki, você é louco?! Endoidou de vez?—O mais alto gritava com o irmão, sem se importar que eu estava ali.

Genya, não se intromete!— O de cabelo grisalho respondeu em gritos.

Não pensei duas vezes e sai de perto deles, não tenho tanta paciência para isso, já estou muito cansado, só preciso de um bom banho, um pijama confortável e uma cama macia.

Minha situação estava um tanto quanto crítica, digamos assim. Meu olho estava roxo, minhas mãos estavam com mordidas.. Aquele cara parece um cachorro, tipo aquelas raças mais agressivas, se eu não me engano o nome é pinscher.

Q. D. T

Ao chegar em casa, corro o mais rápido possível para meu quarto, nunca deixaria alguém ver meu estado.

Quando chego, tranco a porta do cômodo e vou para o banheiro me encarar melhor, eu realmente estava acabado.

Sem hesitar, tiro minha roupa e ligo o chuveiro, quando entro no box, sinto uma água gelada cair sob meu cabelo, passando pelo meu corpo.

Quando minha mão entrava em contato com a água, sentia uma leve dor, mas até que era suportável se eu fosse comparar com a dor no momento que eu recebi a mordida.

Pego o sabonete líquido e coloco um pouco em minhas mãos, começando a passar pelo meu corpo, não pensava em nada, minha mente estava em branco.

Após um tempo me lavando, desligo o chuveiro e pego uma toalha azul bebê, me secando com ela.

Eu havia separado um pijama verde, e por mais que eu ache que essa cor não combine nem um pouco comigo, eu coloquei o pijama e me deitei em minha cama.

Aquelas mesmas dúvidas voltaram a me atormentar, mas apenas por um momento, afinal, eu acabei dormindo.

DEMOROU MAIS SAIU, QUE BENÇÃO.
Eu posso me explicar tá. EU TIVE DIAS SEMANAS DE PROVAS SEGUIDAS. Então é complicado.

- 1.207 palavras.

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⏰ Última atualização: Sep 27 ⏰

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