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Pete se despediu de todos os seus familiares; ele não estava tão feliz como pensava que estaria. As coisas não saíram como ele esperava, mas a vida dele nunca foi um mar de rosas.

- Que cara de enterro é essa? - Porsche cruza os braços.

- Cara, você acha que eu deveria ter escolhido a família que deixou claro que eu não poderia estudar em vez do milionário solteiro? - Pete cruza as pernas.

Os dois estão no aeroporto esperando o horário do embarque.

- O milionário solteiro é meu cunhado. - Porsche estala os dedos. - Pete, você quis esse intercâmbio por causa dos estudos; óbvio que você precisa de dinheiro e é por isso que você entrou em uma agência para encontrar uma família onde possa trabalhar e estudar. Aquela família queria você como um escravo; sua melhor escolha foi meu cunhado.

Pete assente, obrigando-se a parar de pensar demais.

- Você está assim por causa do término? - Porsche pergunta, sabendo a resposta.

- Ele era uma boa companhia... - Pete deu de ombros.

- Não, ele não era uma boa companhia. O relacionamento de vocês estava completamente desgastado; vocês não se suportavam mais. Estavam um com o outro apenas por estar. Terminar foi a melhor coisa que te aconteceu. Você está assim por não gostar de estar sozinho. No dia em que você se apaixonar de verdade, vai saber o que é realmente amar alguém.

- Você às vezes parece mais meu inimigo do que meu melhor amigo. - Pete sente seus olhos lacrimejarem.

- Pelo contrário, se eu fosse seu inimigo, não te falaria as verdades que digo. - Porsche estende a mão para seu melhor amigo.

Pete pega a mão dele, fungando um pouco e deixando as lágrimas caírem de seus olhos.

- Eu sinto muito; apenas quero que você agarre essa chance de recomeçar sua vida sendo você mesmo.

Pete esconde seu rosto no ombro de seu melhor amigo.

- Vai ficar tudo bem... - Porsche sussurra, acariciando os cabelos do mais novo.

- Obrigado por tudo o que você faz por mim. - Pete levanta a cabeça.

- Estamos juntos para sempre. - Porsche limpa carinhosamente as lágrimas do mais novo.

Pete sorri aliviado; chorar fez com que ele colocasse para fora tudo de ruim que estava sentindo.

- Me promete que vai recomeçar sua vida sendo você mesmo. - Porsche ergue o dedo mindinho para ele.

- Eu prometo; você estará perto, vendo tudo e se orgulhando muito de mim. - Pete junta os dedos mindinhos deles.

Porsche sorri, esperançoso e aliviado.

- Você poderia responder algumas curiosidades que tenho sobre meu chefe? - Pete pisca várias vezes, tentando conquistar o coração de seu melhor amigo.

- Não vou te mostrar foto dele. - Porsche alerta.

- Chato! - Pete resmunga. - Qual é o nome dele?

- Vegas.

- Quantos anos ele tem?

- Vinte e nove.

- Quantos filhos?

- Uma menina de quatro anos e um menino com nove meses. - Porsche conta, esperando não ter que responder muitas perguntas.

- O que aconteceu com a mãe das crianças?

- Queima de arquivo.

- O quê???? - Pete grita.

- Silêncio, escandaloso! - Porsche revira os olhos.

- Como assim, queima de arquivo? - Pete pergunta em voz baixa.

- Bom, ela era de uma máfia rival e foi usada pelo meu cunhado. Ela não viu a filha crescer, já que o marido dela, da máfia rival, descobriu sobre a traição e deu uma segunda chance por amá-la, mas ela traiu ele novamente. Foi então que meu cunhado a usou para ter o segundo filho e, como veio menino, ele não precisou ter mais filhos. Como presente para a máfia rival, ele a matou e mandou a cabeça como presente para o marido corno dela. - Porsche conta com muita calma, mas sabe que seu melhor amigo vai surtar.

- Me diz que você acabou de inventar uma fanfic.

Porsche fica em silêncio.

- Eu não acredito! Como é que a minha agência me deixa ir para a casa de um mafioso? Pior, seu namorado é um mafioso e você nunca me contou.

- Sua agência não sabe sobre isso; eu não poderia te contar antes. - Porsche segura a mão de seu melhor amigo, como forma de acalmá-lo.

- Porsche, isso é muito sério. - Pete olha nos olhos de seu melhor amigo.

- Sim, é muito sério. Você vai conseguir lidar com isso. - Porsche promete, com os olhos brilhantes.

- O filho dele vai ter que ser da máfia, né? - Pete pergunta, preocupado com o futuro do bebê.

- Sim, mas ele tem chance de escapar caso meu cunhado perceba que ele não vai aguentar entrar nesse mundo horrível. - Porsche mente; ele não poderia deixar seu melhor amigo ainda mais preocupado e tenso.

Pete vai fazer de tudo para que o bebê seja normal e não tenha que ser da máfia.

- Entendi.

- Vou avisar meu cunhado que já te contei sobre tudo. - Porsche aperta gentilmente a mão de seu melhor amigo.

- Ele te pediu para fazer isso? - Pete se sente um pouco confuso.

- Sim, ele estava com medo de você desistir de ser babá das crianças.

- Se ele tivesse me contado, eu não desistiria...
- Pete respira fundo.

- Sim, já que você ficaria com medo dele te matar.
- Porsche não resiste e gargalha.

- Não é engraçado! - Pete balança negativamente a cabeça.

- Você vai se acostumar com isso; estarei com você sempre. - Porsche promete, tentando passar segurança para seu melhor amigo.

Pete apenas enterra o rosto no ombro de seu melhor amigo.

Os dois começam a conversar sobre filmes até que chega a hora do voo deles.

{...}

Uma dica: Fiquem atentos a cada mínima informação.

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo.

Novo amor | VegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora