Capítulo 7

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Lauren passou a mão pelos cabelos e bufou.

- Não acho que você queira isso.

De repente eu me senti cansada, exaurida de tanto lutar contra mim mesma por causa dela.

- Quero, sim, de verdade. Foi... um erro.

Ela cerrou os dentes.

- Não foi. A maneira como me comportei depois é que foi um erro.

Olhei bem para ela, surpresa com sua capacidade feroz de negação.

- Eu não estava falando de sexo, Lauren. Estava me referindo ao fato de concordar com o tipo de relação que se estabeleceu entre nós. Estava na cara que ia dar errado desde o começo. Eu deveria ter seguido meus instintos.

- Você não me quer mais?

- Não é isso. É que...

- Não como eu disse no bar. De verdade.

Meu coração disparou.

- Do que você está falando?

- De tudo.

Ela chegou mais perto.

- Eu quero ser sua.

- Não foi isso que pareceu no sábado.

Apertei ainda mais os braços.

- Eu estava... insegura.

- E daí? Eu também.

Ela pôs as mãos na cintura. Depois cruzou os braços como eu.

- Por favor, Camila.

Vi que ela estava remoendo alguma coisa e senti um fio de esperança.

- Se é isso que você tem a dizer, estamos conversadas.

- Não estamos, não.

- Se você vai entrar em parafuso toda vez que a gente transar, não temos nem por que começar.

Ela estava visivelmente escolhendo as palavras.

- Estou acostumada a ficar no controle. Eu preciso disso. E você mandou essa ideia para o espaço na limusine. Eu não soube como lidar com isso.

- Jura?

- Camila.

Ela chegou mais perto.

- Nunca fiz isso antes. Pensei que nem fosse capaz. Agora que aconteceu... Não posso abrir mão. Não posso abrir mão de você.

- É muito simples, Lauren. Por mais que o sexo seja bom, uma relação puramente sexual pode mexer seriamente com sua cabeça se o convívio com a outra pessoa não fizer bem pra você.

- Nada disso. Admito que pisei na bola. Não posso mudar o que aconteceu, mas tenho o direito de ficar puta se você não quiser mais sair comigo por causa disso. Você impôs as regras e eu concordei, mas você não abriu mão de nada pra se adaptar a mim. Precisamos encontrar um meio termo.

Seu rosto estava carregado de frustração.

- Você precisa ceder pelo menos um pouco.

Olhei bem pra ela, tentando entender o que estava acontecendo e aonde aquilo ia chegar.

- O que você quer, Lauren?

perguntei calmamente. Ela me abraçou e segurou meu queixo com uma das mãos.

- Quero continuar me sentindo como me sinto quando estou com você. Só me diga o que preciso fazer. E não se comporte assim quando eu fizer bobagem. É tudo novidade pra mim. Um aprendizado.

Toda Sua - camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora