-No dia seguinte-
Sn Millicents
Hoje é domingo, exatamente 2 horas da tarde e eu estou aqui na praia, deitada na areia observando o mar.
O dia está lindo, um sol não muito quente, ótimo para pegar uma marquinha e um bronze.— Aproveitando o sol também? — Ouço alguém falar e abro os olhos, tirando o óculos de sol.
— Ah, oii Javon. É, resolvi dar uma saidinha para pensar na vida sabe.
— Tá certo, não encontrou meus irmãos por aqui não? — Ele falou e eu engoli em seco, irmãos..
— É, não, não vi ninguém. — Respondi.
— Eu tinha ido comprar picolé para o Dae, e pedi para eles me esperarem aqui perto. — Ele falou indignado e eu ri.
— Infelizmente não posso ajudar, não vi ninguém aqui.
— Tudo bem, se ver um deles, avisa que estou esperando no barzinho fazendo favor? — Javon pediu e eu concordei.
— Pode deixar. — Ele agradeceu e saiu, e eu voltei ao meu mundinho.
Passado uns 20 minutos, ouvi uma voz de criança me chamando, quando abri os olhos, vi Daelo correndo em minha direção.
Em reação inesperada, o abracei assim que ele pulou em meus braços, nos derrubando na areia.
— Daelo, droga, toma cuidado! — Alguém chamou a atenção dele.
Levantei com cuidado, ainda abraçando ele e sorri, com aqueles olhinhos.
— Oii pequeno, que saudade que eu estava!
— Eu também estava com saudades titia, quase que o Jad não deixou eu vir, mas eu saí correndo.. — Ele confessou rindo, e eu paralisei, não consegui falar nada, principalmente quando vi Jaden se aproximando de nós.
Ele estava apenas de bermuda, e parecia estar um pouco furioso.
— Daelo, já te avisei para não sair correndo desse jeito! — Ele esbravejou.
— Desculpa maninho, é que eu queria ver a tia. — Dae me abraçou mais forte e eu encarei seu irmão.
— Tudo bem Jaden, não tem problema nenhum.
— Para mim tem! Vamos Dae, estão esperando a gente. — Ele respondeu, na lata, sem nem olhar para mim.
— Seu irmão passou por aqui, disse que estaria esperando no barzinho. — Falei.
— Eu sei. Daelo, por favor venha de uma vez, não me faça ir te pegar no colo!
Quanto mais ele tentava convencer o garotinho, mais ele se agarrava em mim.
Sei que ele não quer chegar perto de mim, não quer ter que se aproximar tanto de mim.
É uma prova de resistência para ele..e para mim.
Chegar tão perto do rosto dele, assim, nessa situação. É difícil.— Dae, pequeno, é melhor você ir com seu irmão. — Aconselhei mas ele recusou.
— Se quiser, venha me pegar. — O garotinho falou, rindo.
Jaden, que parecia estar sem paciência, se aproximou de nós, agarrando o corpo do garotinho que colocava mais forças nos braços, para me abraçar, dificultando mais ainda.
Seu rosto tava tão próximo do meu, até que ele finalmente me encarou, fitou meus olhos profundamente. Sua respiração quente se misturava com a minha.
É realmente difícil resistir.
Existe uma enorme vontade de acabar com esse pequeno espaço entre nossos lábios.
De ambas as partes.— Tchau titia, até mais. — Daelo disse então, se soltando de mim e assim, acabado com aquela tortura.
— Tchau, pequeno.. — Respondi, aínda processando oque estava acontecendo.
Jaden não disse nada, apenas saiu rapidamente assim que o garotinho me soltou.
Eu suspirei, sei que parte disso é culpa minha.
Mas sei que estou fazendo a coisa certa.Notas da autora: se pra vc é tortura, pra ele é oque?
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Uma segunda chance para o primeiro amor
RomanceTudo parece dar certo para a jovem S/n, uma brasileira que está cursando pediatria, em Atlanta, a cidade onde mora desde seus 7 anos de idade. Sua vida estava calma, indo do jeitinho que ela sempre sonhou, até seu primeiro amor voltar para sua cida...