Meu número.

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Jaden Walton

Depois de ter provado as roupas e pagado, eu e minha irmã estávamos finalmente saindo da loja.

— Jaden? — Ouvi sua voz vindo de dentro da loja e me virei, ficando de frente a ela.

— Sn? —  Sem entender ainda, ela pegou em minha mão colocando um papelzinho na palma e a fechando.

— Meu número.  — Ela disse sorrindo, e voltando correndo para a loja. Me deixando ali, com um sorriso bobo no rosto.

— O que acha de virmos mais vezes nessa loja? — Minha irmã perguntou cutucando meu braço e eu dei risada.

— Acha que eu tenho chances?

— Com certeza, ela tá solteira, você tá solteiro..só tem que concertar seu erro e conquista-lá. Você consegue irmãozinho.

— Obrigado por me ajudar, sei que ela é sua melhor amiga e que eu a machuquei muito. — Desabafei, e ela me abraçou.

— Acima de tudo, você é meu irmãozinho, sei que está arrependido Jaden, sei que você a ama, e sei que o amor dela por você, não morreu naquele dia.  — Ela beijou minha bochecha e pegou em minha mão, me puxando para entrar no carro.

Sorri com suas palavras e fiquei pensando em como vou conquista-lá. Primeiro preciso concertar meu erro, e depois reconquista-lá.

Depois de passarmos em mais alguns lugares, voltamos para nossa casa.
Ajudamos nossa mãe a arrumar o jardim de casa e depois fomos pra academia juntos.
Enquanto treinava, eu contei as novidades ao meu irmão, que escutava tudo atentamente.

— Então, ela te passou o novo número dela?

— Passou. — Respondi todo bobo.

— Isso significa que ela não viu suas mensagens porque tinha trocado de número então, não porque estava te ignorando! — Meu irmão disse, animado.

— Será? — Perguntei.

— Lógico, é a única explicação!

— Mas e as cartas? — Pedi.

— Ela mudou de casa Jaden, o endereço antigo é o dos pais dela. — Javon disse.

— E porque os pais delas não a entregaram?

— Eles não iam entregar as cartas do garoto que magoou a filha deles né!

— É. Faz sentido.

— Então, para onde vai levar ela no sábado? — Ele perguntou.

— No campo das tulipas. Esse era um dos lugares que ela sempre sonhou conhecer, são as flores preferidas dela.

— Caramba. Ela vai amar, tenho certeza, mas não esquece de levar ela pra comer também.

— Lógico. Até porque "nada melhor que receber as suas flores e sua comida favorita, do garoto que você ama". Era o que ela dizia. — Falei, fazendo sinais de aspas com as mãos.

— Irmãozinho. Boa sorte viu? — Ele disse. — Não quero que você passe pelo mesmo que eu, e tenha que ver quem você ama, com outra pessoa.

— Eu não aguentaria ver isso. Não vou desistir dela nunca. Ela é a minha pimentinha. E sempre será.

— Pimentinha. Nunca mais tinha ouvido você chamar ela assim. — Javon disse rindo.

Esse era o apelido carinhoso que eu dei para ela.
Eu costumava chamar ela assim porque ela sempre ficava vermelha quando eu a olhava, tocava ou elogiava.
Ela ficava bravinha, mas eu sei que no fundo, ela amava.
Meus fãs nunca entenderam porque eu tatuei uma pimenta no lado esquerdo do peito, mas quando eu apresentar o significado dessa pimenta, eles vão me entender.

Uma segunda chance para o primeiro amor Onde histórias criam vida. Descubra agora