⁰⁴ ⚰️ | Devil's eyes

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[Cerca de uma semana depois]

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[Cerca de uma semana depois]

As palavras na página do livro diante de Jake começaram a se embaralhar, um sinal de que sua mente já não estava mais tão absorta na história quanto ele desejava. Ele suspirou, passando os dedos pelos cabelos em uma tentativa inconsciente de afastar os pensamentos que o assolavam sua mente.

Ele estava a mais ou menos dez minutos sendo o mesmo parágrafo, tentando entender o que estava escrito, mas a confusão de pensamentos em sua mente não permitia isso.

— Jake, estamos indo — chamou Chan, com um tom que Jake conhecia bem, misturando carinho e impaciência — Desce logo!

Instintivamente, ele marcou a página com um marcador colorido, seus olhos ainda presos nas últimas palavras que lera, ou tentava ler. Ele havia se refugiado nos livros muitas vezes, buscando conforto nas histórias de outros enquanto as suas próprias emoções se acalmavam.

Nos últimos dias, desde que voltou do hotel com Niki, ele tem se sentido melhor, já não tão abatido quanto antes; mas obviamente, não totalmente.

— Já vou descer, pai! — Ele elevou a voz para que seu pai ouvisse, ecoando pelas paredes adornadas com pôsteres de bandas e fotografias desbotadas.

Fechou o livro com um baque, e se levantou da cama. Sua jaqueta jeans estava desleixadamente jogada sobre a cadeira do quarto, as mangas dobradas de forma descuidada como se tivessem sido despojadas ali em um momento de pressa.

Ele a pegou, desdobrando-a e deslizando os braços pelas mangas, apressado em descer as escadas.

Por fim, seus pés encontraram seus sapatos favoritos, gastos nas bordas, mas ainda firmes. Jake se inclinou para calçá-los, atando os cadarços sem realmente prestar atenção ao que fazia.

Com a jaqueta ajustada e os sapatos calçados, Jake deu uma última olhada em seu reflexo no espelho antes de se virar e sair do quarto.

Ele desceu correndo os degraus, quase tropeçando em seus próprios pés.

— Não corre nas escadas, abençoado! — Seungmin repreendeu vendo a quase queda do filho. Chan por outro lado riu baixo — Se você cair vai ficar no chão, eu não vou ajudar.

Seus pais estavam ali, parados ao final da escada, suas figuras recortadas contra a luz suave que se infiltrava pela porta entreaberta.

A seriedade de suas expressões era acentuada pelas vestes negras que trajavam, tecidos que pareciam absorver toda a luz e toda a alegria do ambiente.

— Aonde estamos indo? E por que todo esse climão — A voz de Jake emergiu mais frágil do que pretendia, uma nítida insegurança traçando as palavras enquanto seus olhos percorriam os contornos sombrios da roupa de seus pais.

O preto era uma cor que raramente visitava o vestuário de sua família, reservada apenas para momentos que exigiam seriedade- como as reuniões da empresa de Chan, ou as visitas de membros VIP da gangue.

Silent Cry 2 | Laços de sangue (JakeHoon)Onde histórias criam vida. Descubra agora