Sentimento de fuga.

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Capítulo 12 - Sentimento de Fuga

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Capítulo 12 - Sentimento de Fuga

Mano, minha cabeça tava a mil depois daquele fiasco na batalha. Eu nunca tinha travado daquele jeito antes, foi a primeira vez. E isso doeu pra caralho. Mas talvez eu merecesse, talvez meu cérebro tivesse me avisando que era hora de dar um tempo, de desligar um pouco.

Quando Any me chamou pra dar um rolê, aceitei na hora. Aquela mina sempre tinha as palavras certas pra me botar no eixo, mesmo quando eu me sentia um lixo. A gente comeu pastel, trocou ideia e, por uns minutos, eu esqueci que o mundo tava desmoronando.

Mas, claro, tudo isso era fachada. Quando voltei pra casa, o peso caiu de novo. Entrei no quarto e vi o celular piscando com uma mensagem.

Tavin 🤍: "Fala sumida. Tudo certo?"

Só de ver o nome dele no visor já mexeu comigo. Tavin sempre foi aquela parada complicada. A gente se dava bem demais, trocava ideia de boa, e ele sempre me fazia rir. Mas tinha alguma coisa no ar entre nós que nunca rolava direito, e isso me confundia.

Respondi, tentando parecer tranquila:

Eu: "Tranquilo, e aí? Faz tempo."

Ele respondeu na hora.

Tavin: "Tô aqui na quebrada. Quer dar um rolê?"

Suspirei. Tavin sempre aparecia quando eu mais tava precisando fugir da realidade. Parecia até que ele sentia quando eu tava mal.

Eu: "Bora, tô precisando."

Em menos de meia hora, ele tava parado na frente da minha casa. Quando abri a porta e vi ele, aquele mesmo arrepio de sempre passou por mim. Era estranho. A gente era só amigo, né? Mas ao mesmo tempo... tinha alguma coisa que eu nunca conseguia decifrar.

Tavin me olhou e abriu um sorriso de canto, meio de lado, do jeito que sempre fazia.

— E aí, Mah. Tá viva ainda?

Dei um soco de leve no braço dele, fingindo irritação.

— Cala a boca, moleque. Tô na merda, mas tô viva.

Ele riu e apontou pro banco do carona.

— Entra aí. Vamos dar um giro.

Entrei no carro( que na verdade nem era dele) e, sem nem perguntar, ele começou a dirigir. Tavin sempre fazia isso: me tirava da rota, me levava pra lugares que só ele conhecia, como se soubesse exatamente onde eu precisava estar sem nem me perguntar.

A gente ficou um tempo em silêncio, só o som da estrada, e eu senti que aquele era o melhor lugar pra mim no momento. Com ele, as coisas sempre pareciam mais simples, mais fáceis. Mas ao mesmo tempo, tinha aquela tensão que me deixava desconfortável. Tipo... será que ele sentia o mesmo que eu? Ou eu tava viajando?

— Soube da batalha hoje. — Ele disse, do nada, quebrando o silêncio.

Eu revirei os olhos.

— Não começa.

Ecos do passado. - APOLLO MCOnde histórias criam vida. Descubra agora