Demorou um pouco para ele me ver, mas assim que me encontrou do outro lado do salão não demorou muito para vir falar comigo, não me sentia incomodada com isso, claro que não, mas ele estava fazendo questão de levantar suspeitas sobre essa nossa amizade:
- Você era a última pessoa que eu pensava em ver aqui, Susan.
- Eu iria falar a mesma coisa. O DJ é amigo de um dos meus filhos e me mandou o convite então eu resolvi vir, e como você disse eu precisava me divertir de algum jeito, claro, não do jeito que você disse, pois eu não pretendo transar com nenhum jovem daqui...meu Deus eu acho que já estou bêbada.
Ele apenas me puxou para a pista de dança rindo, me lembro perfeitamente que a primeira música que estava tocando era uma música agitada demais para a minha idade, mas eu precisava me divertir, depois de um tempo fui procurar o nome da música, e achei "Stereo Love", podem me chamar do que quiser, mas a música era realmente muito animada, e já havia escutado no quarto de um dos meninos.
Richard foi até o bar e pegou um daqueles drinks que tem mais cor do que álcool e voltou a dançar, para mim ele não queria ficar tão bêbado quanto ficamos na noite anterior, disso eu tinha certeza. Quando ele voltou as músicas começaram a desacelerar, a pedido dele, e adivinhem? Começou a tocar a nossa música:
- Você fez isso de propósito não foi? Você quer acabar com o pouco que temos da nossa carreira. -Já falei pegando no ombro dele para começarmos a dançar.-
- Quê? Engano seu, eu só pedi para o rapaz uma música lenta para poder dançar com uma amiga e ele mesmo colocou essa. -Ele apenas riu e juntou o corpo e o rosto ao meu e começamos a dançar, parecia que não havia mais ninguém na pista a não ser nós dois, a cena de "Dança comigo?" estava se repetindo, mas na vida real, com os sentimentos reais, eu não consegui me controlar e dei um beijo casto no Richard, estava tudo escuro, tenho certeza que ninguém ali viu:
- Eu quero você, Susan... - Ele sussurrou no meu ouvido e se a luz não tivesse acendido naquele momento, eu teria feito amor com ele ali mesmo, na pista de dança:
- Richard, por favor, estávamos indo tão bem... - Eu disse me afastando o máximo e indo em direção ao banheiro, lá eu estaria a salvo. Fiquei em frente para o espelho, olhei meu reflexo e comecei a procurar rápido um batom para retocar. Quando olhei novamente, lá estava ele, sim, Richard tinha entrado no banheiro feminino e eu estava prestes a não negar nenhum sentimento que eu tinha por ele:
- Eu quero você, Susan... Quero você nesse momento... - Ele agarrou a minha cintura e me beijou tão fervorosamente quanto eu lembrava, céus, como eu adorava aquele beijo. Correspondi da mesma forma tirando o paletó dele e jogando sei lá onde. Foi quando ele desceu suas enormes mãos e apertou os meus glúteos, que eu caí em mim e me afastei do beijo:
- Não podemos fazer isso, Richard! - Eu disse não acreditando muito nas minhas próprias palavras:
- Existem coisas que mesmo sendo erradas, precisamos fazer. - Ele disse me convencendo novamente com aquele beijo intenso que depois de um tempo passou a ser...erótico. Está certo que eu sentia algo parecido com paixão por Richard, mas naquele momento, eu só precisava que ele me tocasse do jeito que ele bem sabia fazer. Pareceu que ele leu a minha mente e abaixou rápido o zíper do meu vestido e passou devagar os dedos quentes pelas minhas costas. Senti todos os pelos do meu corpo arrepiados, naquele momento um calor incessante subiu por entre as minhas pernas até consumir todo o meu corpo e nada mais importava. Nem paparazzis, nem carreira, nem nenhum dos possíveis empecilhos. Segurei o cabelo dele e aprofundei mais o beijo. Ele me colocou em cima da pia e terminou de tirar o meu vestido e passou a devorar o meu pescoço e busto, a cada toque dele, um gemido meu. Livrei-me das calças dele o mais rápido que pude porque toques e beijos já não eram suficientes, precisava senti-lo dentro de mim. Richard segurou o meu cabelo e tirou as nossas roupas íntimas e me beijou provocando-me, ele sabia o que eu queria, mas estava me fazendo implorar:
- O que está esperando? - Eu perguntei ofegante.
- Diga-me o que você quer. - Ele respondeu com aquele tom sexy.
- Quero que faça amor comigo... Quero agora. - Minha voz saiu como um delírio de pura luxúria, mas logo foi substituída por gemidos breves cada vez que ele entrava intensamente. Olhei em seus olhos e pude vê-los queimando assim como o resto do seu corpo. Passei a ponta dos dedos nas costas dele enquanto ele aumentou a velocidade e intensidade dos movimentos. Eu já quase não estava em mim e então joguei minha cabeça para trás e ele começou a libar os meus seios, foi o que me fez gemer mais alto e me encaminhar ao ponto G:
- Você é maravilhosa, Susan. - Richard disse no pé do meu ouvido, segurou novamente o meu cabelo e me beijou ardentemente. Comecei a movimentar um pouco para ajudar, enquanto ele ia mais, mais e mais intenso. Finalmente, quando estava achando que iria morrer de tanto prazer, cheguei ao ponto clímax como nunca tinha chegado, nem nos outros encontros com Richard, não demorou muito para que eu sentisse algo quente dentro de mim. Richard me beijava audaciosamente, quando fomos despertados daquele transe com alguma convidada querendo entrar:
- Meu Deus...o que faremos? -Falei rindo, mas não sabia ao certo se era de nervoso ou por causa do álcool.-
- Calma, você sai primeiro, e quando a mulher entrar em alguma cabine dos banheiros eu saio, fico escondido em uma delas, mas escute, me espere...
- Tudo bem garotão, agora feche meu zíper, pois estou sem condição alguma.
-Será um prazer. -Ele começou a subir o zíper e ao mesmo tempo beijar o meu pescoço e ombros, eu sentia uns arrepios e cócegas, estava me sentindo uma adolescente naquela cena, de repente, Richard para as carícias .-
- Susan, nós temos um probleminha aqui, o zíper, ele não quer fechar..
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A força de um amor.
RomanceUm amor pode resistir a mentiras? Ao tempo? A distância? Apenas o coração é capaz de responder essas questões.