Na manhã seguinte fiz o que toda mulher faz para conquistar um homem, usei o meu melhor vestido, melhor perfume e o batom mais sedutor que tinha, mesmo Richard não ligando para esse tipo de coisa, eu usei aqueles apetrechos para dar segurança a mim mesma, não demorei muito para pegar o meu carro e ir no apartamento dele, toquei a campainha 1, 2, 3 vezes e nada dele atender. Tentei o telefone residencial, nada, ele não estava em casa! Mas também, o que eu tinha em mente, um homem solteiro e ainda com a fama de garanhão que o Richard tinha não iria ficar num sábado dentro de casa. Tentei o celular e nada também, estava fazendo o papel de idiota, ter "escutado" o meu coração naquele momento não tinha sido uma boa ideia, claro, em minha mente. Quando voltei para o meu apartamento lá estava Richard, fazendo a mesma coisa que eu havia feito em sua casa, a diferença é que ele não estava parecendo um chofer antes da 12h, e sim com uma sacola da 'Starbucks' em uma das mãos:
- O que você está fazendo aqui?
- Eu iria fazer uma pergunta melhor, por que você está vestida dessa forma às 10h?
- Não tire sarro, mas eu estava na sua casa, acho que precisamos conversar...
- Concordo, mas vamos tomar café enquanto isso?
- Claro! Nossa, mas que coisa não, por pouco iríamos nos desencontrar.
-Não se preocupe, eu iria atrás de você em qualquer lugar, não iria deixar você escapar novamente. - Senti as minhas bochechas corarem e apenas dei um sorrisinho e o convidei para entrar.-
- Então...se você quiser ir arrumando as coisas para o nosso café da manhã, eu irei trocar de roupa, acho que fazer a prostituta de luxo tão cedo não faz o meu estilo. - Ele apenas anuiu e eu fui me trocar, fiquei em dúvida se deveria continuar com o estilo "preciso te conquistar na cama", mas então eu lembrei, mesmo o Richard sendo galanteador, ele me amava de qualquer jeito, não precisava impressiona-lo, o importante ali era conversarmos e tentar levar para frente esse nosso amor, então fui de roupão e uma camisola leve:
- Iai bonitão, já preparou tudo aí ou vai precisar de ajuda?
- Pode deixar que tirar o café da sacolinha eu sou expert. - Ele sorriu e olhou para mim.- Agora sim, essa é a Susan que eu conheço, você quer começar a falar...ou eu posso ser o primeiro?
- Eu to morrendo de fome, enquanto você fala eu vou comendo.
- Certo...olha Susan, eu sei que o que aconteceu no passado te deixou muito magoada e chateada comigo, mas vamos ser maduros, vamos tentar agora sem mentiras, pessoas tramando para nos separar, sem covardia, o que acha? Sei que no começo não será fácil para você, tenho uma grande certeza disso na verdade, também tenho certeza que você sempre lembrará dos erros que eu cometi, mas eu mudei, você sabe disso, você viu como a minha mudança tem sido benéfica para as pessoas que me rodeiam, exceto para a Carey, para ela tudo se resolve com dinheiro...
- Pelo amor de Deus não cite o nome dessa mulherzinha dentro da minha casa...desculpe, continue
- Desculpe - Ele deu uma risadinha e segurou uma das minhas mãos e mais uma vez eu fiquei ruborizada com um sorriso bobo no rosto, tudo aquilo que ele disse nem precisava ser dito, eu já queria fazer as pazes com ele mesmo, mas não poderia a minha pose de lado:
- Você acha que eu estava indo para sua casa por quê? Richard querido, eu não quero esperar mais 30 anos e outra chance para falar o quanto te amo e...bem, não só você errou no passado, eu também errei, claro seus erros foram bem maiores, mas não iremos falar disso, ok? Eu estava indo na sua casa para te pedir desculpas, o fato de você ter errado comigo no passado não justifica o erro que eu cometi em não dizendo que a Eva era sua filha, está certo que aquele bilhete falso que a Carey mandou era bem maldoso, mas mesmo assim eu não tinha o direito de ter te negado essa informação, e claro, perguntar se ainda temos chance de voltarmos...na verdade nunca nos separamos porque o meu coração eu só entreguei para uma pessoa e esse é você! - O silêncio na cozinha por alguns segundos foi abundante, a única coisa que o reduziu foi o estalar dos nossos lábios, Richard não disse nada, apenas me beijou, tomei aquilo como um sim, pisquei os olhos e estávamos no meu quarto com ele ferozmente beijando o meu pescoço, dei outra piscadela e estava em cima dele murmurando algum tipo de gemido. Não sei ao certo o que Richard tinha, mas quando estávamos juntos, quando estávamos na cama eu me sentia uma outra mulher, ele passava as mãos pelo meu corpo e eu ia até o céu e logo voltava, parecia que eu estava sonhando, acho que transar com a pessoa amada depois de descobrir o que eu descobri estava sendo libertador, chegamos ao ápice juntos e eu fiquei deitada no seu peitoral escutando o seu coração bater com um sorriso enorme no rosto:
- Susan, posso te fazer uma pergunta?
-Claro -Dei um selinho muito fofo nele com um sorriso enorme no rosto e fiquei olhando para ele.-
- Você aceita se casar comigo? O que acha de passar o resto da sua vida ao meu lado?
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A força de um amor.
RomanceUm amor pode resistir a mentiras? Ao tempo? A distância? Apenas o coração é capaz de responder essas questões.