Overgeared (OG) 11

Capítulo 2059

Não, foi um pouco diferente.

O que Agnus viu em sua janela de notificação foi simplesmente a menção de um fim completo. O mundo não havia sido mencionado na mensagem de Agnus.

"...O quê?"

Grid estava curioso. Um calafrio percorreu sua espinha. Além da tempestade de Energia de Aniquilação, um novo pilar cinza estava se erguendo logo após o pilar de cinzas que simbolizava a morte do Dragão Refrativo ter subido ao céu.

"Rebecca?"

Grid se apressou em recuperar sua Energia de Aniquilação, mas já era tarde demais. A tempestade roxa se levantou e revelou Rebecca, que estava gravemente ferida. Ela se parecia com Hanul, outro Deus do Início, pouco antes de morrer.

Grid apressadamente usou o Shunpo para apoiar Rebecca.

"Por que você não evitou isso?", perguntou ele. Quase parecia que ele a estava repreendendo.

Rebecca era a Deusa da Luz. A velocidade de ataque de Grid certamente era incrivelmente alta com sua Agilidade no máximo, mas isso era apenas o suficiente para bloquear a rota do Dragão Refrativo. Rebecca teve tempo suficiente para fugir antes que as quatorze mil espadas liberassem a Energia de Aniquilação, mas não o fez...

Rebecca conseguiu falar enquanto Grid a segurava em seus braços. Ela estava usando sua voz real, sem intenção.

"Enquanto eu estiver viva... Você sempre estará preocupado com minha existência."

Parecia que ela não queria que o mundo soubesse de sua morte. Ela temia que houvesse uma rachadura na paz que Grid havia se esforçado tanto para alcançar.

"......"

Grid não podia nem mesmo negar isso. Era verdade que ele havia tentado matar Rebecca em várias ocasiões. Ela era um Deus absoluto que sabia que este mundo era apenas um jogo. Ela precisava ser interrogada minuciosamente se ele quisesse mantê-la viva. Por mais que Grid tentasse se certificar de que ela não enlouqueceria, talvez ele não conseguisse se livrar da ansiedade e acabasse fazendo mal a ela.

"Eu... Em nome da proteção do mundo, eu o destruí muitas vezes. Constantemente traí e matei aqueles que confiavam e dependiam de mim."

Toda vez que Rebecca falava, uma divindade brilhante fluía como sangue. Sua alma, que se assemelhava à luz, estava sendo rasgada e dispersada.

"Sou um pecador que não deveria ser compreendido ou perdoado."

Rebecca estava claramente morrendo. Seus olhos dourados, que pareciam uma luz condensada, perderam o brilho.

"Quando você estava ao meu lado e eu fui salvo, a culpa que senti foi indescritível."

Não houve o menor exagero quando ela usou a palavra "salva". Os repetidos tumultos de Rebecca e o subsequente julgamento de ser um inseto se deviam ao fato de ela ser muito solitária. Todos, exceto ela, acreditavam que o mundo era real e eram fiéis para continuar vivendo, por isso ela sempre esteve sozinha. Ela não podia confiar em ninguém.

É claro que ela tentou. Contou a verdade a Yatan e Hanul, que haviam nascido junto com ela no início, e buscou a cooperação deles. No entanto, eles não a entenderam.

Yatan sentiu pena das vidas que Rebecca destruiu e criou o inferno. As almas dos mortos eram atraídas pela força gravitacional do inferno e revividas pelo rio da reencarnação. Os esforços de Rebecca para extinguir a vida e libertar as pessoas de um mundo que não passava de um jogo foram em vão.

A reação de Hanul também dificultou que ela continuasse com seu plano. Ele não se importava com a verdade do mundo. E daí se o mundo em que eles viviam foi criado artificialmente? O que isso tinha a ver com qualquer coisa? Afinal de contas, esse mundo era real e vasto. Eles podiam viver nele muito bem. Para ele, bastava que aqueles de quem ele não gostava fossem embora...