10. teu olho piscina me afoga e faz boca a boca.

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POV PEDRO



Desligo o telefone mas estou um pouco frustrado, porque não tenho certeza se meu pai me levou a sério, ele nem ao menos respondeu uma pergunta tão simples.

— Você é doido — João ri, me puxando para pertinho de si — o que o seu pai disse?

— Pra eu beber água porque estou bêbado, pra eu ir dormir e conversar com ele quando estiver sóbrio — falo resmungando — o que eu achei um absurdo, já que estou sóbrio. Foram só uns três goles de bebida.

— Sua mãe vai me matar — ele coloca o copo da bebida gostosa na minha mão — as coisas que você pediu chegaram.

— Você que falou pra gente se casar amanhã — falo olhando pras coisas e em seguida pra ele, tomando um gole da bebida gostosa — eu não consigo fazer um casamento rápido assim, mas meu pai consegue.

— Você ainda não me deu o beijo gostoso que eu pedi — a mão dele se encaixa na voltinha da minha bunda, me puxando e grudando os nossos corpos.

— Eu estou tentando resolver uma coisa séria, João — falo com voz chateada — porque ninguém me leva a sério.

— Porque eu quero beijar, Pedro — ele responde me encarando — e depois a gente faz planos de casamento.

Suspiro um pouco contrariado e então junto nossos lábios, o beijo é calmo, mas minha mente não parece estar de fato concentrada em nossas bocas, ainda assim me esforço para beijar ele com vontade.

João suspira um pouquinho alto e sobe a mão até a minha cintura novamente, se afastando um pouquinho dos meus lábios.

— Por que você não quer me beijar? — Ele pergunta fazendo um beicinho.

— Porque eu tô pensando no nosso casamento — falo suspirando triste — você falou brincando, né? Acho que percebi agora que era brincadeira...

— Eu quero casar com você, não é segredo — João passa a mão no meu cabelo — mas não precisa ser amanhã, lindo.

— Tudo bem — falo sorrindo de canto e deixando um beijo rápido em sua boca — quer chocolate? Ou morango... ou tudo.

— Quero de tudo um pouco — João vai até a cama, se jogando no colchão — traz tudo aqui, amor.

Confirmo com a cabeça e pego a bandeja com as coisas, colocando bastante chantilly na outra taça, passo o morango no chocolate e em seguida no chantilly, oferecendo para João em silêncio e com um sorrisinho tímido no rosto, bebendo longos goles da minha bebida.

João segura o meu pulso e senta na cama, mordendo o morango e me olhando com atenção.

— É gostoso — ele fala limpando o cantinho dos lábios.

— Eu gosto bastante — falo sorrindo e torno a passar o morango nas coisas, mordendo um pedaço — quando eu era mais novo eu comia todos os dias depois do jantar.

— Eu gosto — ele passa a mão pela parte posterior da minha coxa, me puxando de novo — amor, por que a gente está se estranhando desse jeito, hein?

— O que? — falo confuso — o que eu fiz agora? Eu falei alguma coisa errada?

— Não... mas esse lance de casamento, você ficou chateado? Tá tudo bem mesmo? — Pergunta realmente preocupado.

HO'OMAU • PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora