4. this is our place, we make the rules.

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POV PEDRO


Não foi difícil conseguir esses dias do feriado com o João. Foi apenas, trabalhoso. Pedi para o Breno ir em casa jogar vídeo game e convencer minha mãe a deixar ir com ele a família para a casa de campo dos avós. É o lugar perfeito, onde sinal de telefone é inexistente e meus pais não me ligariam em nenhum momento. Ela me deixou na casa do meu amigo logo cedinho, então Breno, antes de ir de verdade para a casa de campo, me trouxe até a casa de João. Ele perguntou algumas vezes se eu tinha certeza do que estava fazendo e sim, eu tenho.


Não tem nenhum lugar que eu queira estar nesse momento do que aqui.


Me sinto completamente ansioso segurando minha mochila em meu ombro com força, apertando a campainha sem saber muito bem como é a versão do João na casa dele.


Ele abre a porta, me recebendo sem camisa e com uma bermuda de moletom, o cabelo está um pouco bagunçado e ele tem uma carinha de sono, como se tivesse acordado agora pouco.


— Oi — ele fala sorrindo e abrindo um pouco mais a porta — entra aí.


— Oi — falo um pouco sem jeito, me sentindo nervoso por estar aqui, passo meus olhos por todo seu corpo ao passar por ele — eu te acordei?


— Não — ele responde, trancando a porta e ficando atrás de mim — eu acordei agora pouco, mas estava deitado na cama te esperando. Você quer deixar suas coisas lá?


— Pode ser — falo olhando em volta, prestando um pouquinho de atenção no interior, mas desviando meu olhar pra ele novamente — eu demorei um pouco mais, porque estava combinado do Breno me pegar em casa pra me deixar aqui, mas no fim minha mãe quis me levar, era caminho pra sei lá onde que ela ia agora de manhã.


— Sua mãe acha que você está no Breno? — João segura meu pulso, me puxando até o quarto dele — você mentiu pros seus pais para vir aqui?


— Eu poderia ter pedido permissão pra eles falando: então, eu vou passar o feriado enfiado na casa do cara que eu tô ficando, que por um acaso vocês conhecem, é o João Vitor, meu treinador — respondo o olhando e tirando a mochila das costas, jogando em um canto do quarto — você prefere essa versão? Porque eu posso ligar agora mesmo e falar a verdade — falo pegando meu celular e o desbloqueando.


— Não, não precisa — ele fala rindo e se aproxima de mim — você nem me deu um beijo de oi, cara.


— Eu estava um pouquinho nervoso quando você abriu a porta e só queria entrar logo — admito rindo e passando a mão pela lateral do seu corpo, o puxando para perto de mim — desculpa, amor.


— Por que você estava nervoso? — Pergunta confuso, passando as mãos pelas minhas costas — algum motivo para estar assim nervoso?


— Porque eu estou na sua casa, é um pouco... um pouco — dou de ombros não conseguindo concluir o raciocínio — um pouco alguma coisa. Você vai me beijar logo?

HO'OMAU • PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora