A BABÁ DO MEU FILHO

02.

OIII DESCULPA POR ATRAPALHAR SUA LEITURA, SÓ QUERIA QUE VOCÊ DEIXASSE A ESTRELINHA E COMENTASSE OQUE ESTA ACHANDO.

BJSSS 😘

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       Helena

Dois anos depois.

Flutuava em um mar de névoa, a barriga inchada e leve. Senti o bebê se mexer, um golfinho brincando em meu mar interior. Era uma felicidade pura. De repente, um estrondo ensurdecedor me jogou para fora daquela paz. A escuridão me envolveu, e a dor se espalhou por todo o meu corpo. Abri os olhos com dificuldade e vi o rosto desesperado de Samuel. "Não me deixe", supliquei, mas as palavras se perderam no caus.

Acordo com a respiração ofegante e muito assustada

-foi só mais um sonho- digo levando minha mão até minha cabeça

Que pra variar eu estava morrendo de dor

Quando decido me levantar da cama escuto meu celular tocar, passo as mãos por baixo das cobertas tentando acha-lo, quando eu finalmente sinto ele de baixo do travesseiro a ligação para. E então, novamente alguém me liga

*Advogado Rogério

-Oii, boa tarde Helena. Podemos conversar hoje a tarde? Tenha notícias não muito boas-

Mais notícias ruins?

Sorrio sem achar a mínima graça. Na verdade eu senti um grande aperto no coração em imaginar oque se tratava.

-ah, claro claro. Só me diz o horário que devo estar no escritório- falo enquanto me levanto da cama e vou até a porta.

No chão em frente a porta encontro um envelope.

-oque será isso?- falo pra mim mesma.

-tudo bem Helena, as duas da tarde te espero aqui, até logo-

Soltou o celular na bancada da cozinha para abrir o envelope.

Arregalo os olhos ao ler um
AVISO DE DESEJO.
O aviso estava em vermelho bem no meio do papel.

Eu podia jurar que já tinha pagado o aluguel, mas agora serei despejada?

Pra onde eu vou?

Essa casa era minha única lembrança de Samuel e da pequena que estava na minha barriga.

Minha doce Olívia.

Sinto um vazio novamente e a dor de cabeça aumenta.

Eu só queria ter morrido no lugar deles dois!

Sinto uma fraqueza ao lembrar que já estava com nove meses antes do acidente, minha pequena estava prestes a nascer. Aperto os olhos, as lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto. A dor da perda ainda era crua, era como uma ferida aberta que pulsava a cada lembrança. A casa que antes era repleta de vida, agora ecoava um silêncio sepulcral. A foto emoldada sobre a cômoda, onde eu estava sorrindo ao lado de Samuel com minha barriga saliente. Essa foto era um lembrete constante do que eu havia perdido.

Passo a mão pelo meu rosto, enxugando as lágrimas. A vida havia me dado um golpe cruel, mas eu não queria e não me permitia desmoronar.

Só estou fazendo isso pois sei que seria a vontade de Samuel.

Com força que nem eu sabia que tinha, levantei da cama e fui até a janela. O dia amanhecia, e com ele, a esperança de um novo começo. Era hora de seguir em frente, por mim e por tudo que eu já havia vivido.