𝗗𝗘𝗣𝗢𝗜𝗦 de enfrentarem grandes obstáculos em seu casamento, Gustavo e Ana Flávia tentam equilibrar o relacionamento, carreira e vida social enquanto estão á espera de seus filhos após uma gravidez não planejada. Entre risos, mamadeiras, fralda...
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Encostei minha cabeça na cabeceira da cama enquanto observava minha esposa fazer cachos no cabelo. Finalmente chegou o dia, faltam exatamente dez minutos para descobrimos se teremos duas meninas, dois meninos ou um casal.
Não posso negar minha felicidade, passei o dia inteiro agoniado até que o bolo chegasse e quando chegou, Ana Flávia disse que queria fazer a revelação no pôr do sol.
Resolvemos fazer algo intimista, apenas nós dois. De início, pensamos em algo grande, mas simplesmente não combinaria com a gente.
Ana Flávia e eu sempre fomos muito reservados. Nosso pedido de namoro foi reservado, nosso relacionando foi reservado —o máximo que pudemos—, eu a pedi em casamento em um momento íntimo e fazer uma grande festa para descobrir o sexo dos bebês, pareceu não ter sentido entre nós dois.
Por isso, Boo foi encaminhada de receber o resultado do exame e mandar para confeiteira, que fez um bolo cujo terá o resultado.
Por mais que não tenha nenhuma festa, Ana fez questão que nós nos arrumássemos para gravar esse momento. Então, aqui estou eu, vestindo uma bermuda branca e com uma camisa cor creme com os primeiros botões abertos.
Ana Flávia vestia uma espécie de vestido longo branco de mangas compridas, que deixa toda barriga de fora e uma fenda em sua perna. Ela estava linda. Os cabelos longos e agora com algumas ondas, uma maquiagem leve apenas ressaltava sua beleza.
— Está pronto? —Ana Flávia me perguntou.
— Fazem duas horas que estou pronto. —ela me deu dedo— Podemos ir para a festa, princesa?
Ana Flávia riu e revirou os olhos, saímos do quarto e fomos até o jardim. Peguei minha câmera que imprimia fotos na hora, minha esposa carregava com si o tripé e o celular que iria gravar o momento.
O jardim estava arrumado com um lençol branco, algumas flores e no centro tinha o bolo e duas taças. Porém, o que mais se destacava ali era o céu perfeitamente alaranjado e com alguns tons de rosa. Simplesmente incrível. Ana Flávia posicionou tudo e nós sentamos no lençol, prontos para a revelação.
Agora é real.
O bolo está em nossa frente, e eu sinto minhas mãos tremerem enquanto seguro a taça transparente. Meu coração parece que vai sair pela boca.
— Tudo bem? —perguntei para Ana Flávia, que tinha um olhar nervoso.
— Sim sim, e você? —assenti.— Será que tá gravando mesmo? —espremi os olhos para câmera e vi a luzinha vermelha piscando.
— Está sim.
— Então... vamos? —respirei fundo e juntos, posicionamos a massa em cima do bolo.
— Merda, acho que não consigo. —Ana Flávia fungou e só então percebi que ela estava chorando.
— Amor, calma. —coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e beijei sua boca rapidamente.— Calma, assim eu fico nervoso também.
— Ai Gu... parece que eu vou ter um treco!
— Não vai. —limpei sua lágrima com o polegar.— Eu te amo, Ana Flávia.
— Eu também te amo. —me beijou.
— Estamos prestes a descobrir algo que vai transformar nossas vidas para sempre, e eu me sinto completo por estar vivendo isso com você.
— Ah Gu... —espremeu os olhos deixando mais algumas lágrimas caírem.— Eu te amo tanto.
— Vamos? —indiquei o bolo com a cabeça e ela assentiu mordendo o lábio.— Contagem regressiva.
— Tudo bem... —respirou fundo colocando a mão no peito.— Não desvie do meu olhar, vamos ver juntos.
Eu assenti.
— Um.
— Dois.
— Três. —afundamos a taça e senti meu peito quase sair pela boca.— Espera, não olhe.
E tudo que sonhamos se realizou. Dentro de você, a prova do nosso amor. Em meio a tanta guerra a gente protegeu, sabia que desde o início era presente de Deus
Ana Flávia pediu e eu dei uma risada de nervoso. O mundo para por exatos dez segundos, sinto as lágrimas vindo. Não conseguindo me segurar, eu choro também. Estamos chorando feitos duas crianças.
Minha esposa assente e nos olhamos para o bolo, que tinha a massa e o recheio na cor... roxa. Espere. Roxo? São duas meninas?
— Não era pra ser rosa? —franzi o cenho.— É a Sofia e a Aurora?
— Eu pedi para que fosse rosa se fosse duas meninas e azul para os meninos... —Ana Flávia riu.
— Então porque está roxo? —levantei a taça e olhei para o recheio.
— Gu... —Ana sussurrou.— Azul com rosa dá qual cor?
— Roxo. —encolhi os ombros.— Mas oq... PUTA MERDA! É UM CASAL! —gritei e minha esposa assentiu, chorando ainda mais.
— É a Aurora e o Beni. —cobriu o rosto com as mãos e eu abracei, sentindo suas lágrimas molharem toda minha camisa.— Vamos ter um casal amor, um menino e uma menina.
Chegou, a herança de um grande amor... Ganhei a força e a coragem de um lutador, aquele sonho de menino hoje aconteceu.
O mundo diante dos meus olhos parecia irreal demais, perfeito demais. A felicidade não cabia em mim, terei uma princesa e um príncipe, nós teremos. Tudo parecia estar em silêncio absoluto, apenas o som abafado de nosso choro representava aquele momento.
Enquanto nos afastávamos um pouco, olhei em seus olhos e vi um brilho que nunca tinha visto antes. Era a promessa de uma vida cheia de aventuras, desafios e, acima de tudo, amor. Ali, naquele momento íntimo e intenso, tudo que eu sabia era que estávamos prontos para enfrentar o mundo, juntos, com nossos pequenos a caminho.
Nosso pequenos, nossos gêmeos.
Nossa tão esperada duplinha, Aurora e Benício.
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notas:
> esse capítulo está tão curtinho mas está incrível, vocês gostaram?
> Espero que eu tenha conseguido descrever p vocês direitinho o chá revelação, que foi bem intimista e confesso, sou mais a favor de chás —chás? chá? chá's?— assim do que aqueles grandões. Porém, se eu pudesse eu teria os dois😭
> resolvi por a mídia do capítulo no início, para vocês darem uma atenção maior. Gostaram?